Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dia do Pai...


Em tempo de renovação da natureza, à chegada da Primavera, é Dia do Pai. Data dedicada a S. José, chefe de família tradicional e patriarca da Sagrada Família. Dia em que sempre lembramos nosso herói, em seu Dia do Pai.

Um dia, este, que não é muito de explicar, por quanto basta entender quão encerra de nossos sonhos de menino e sonhos de nossa descendência, nossos meninos e meninas para sempre!


Armando Pinto

»»» Clicar sobre as imagens, para ampliar «««

terça-feira, 17 de março de 2015

Na aproximação comemorativa do Foral do Unhão…


Atendendo ao que noutras ocasiões se descreveu, em reconstituição histórica, há notícias escritas da organização político-social da área desta região da antiga Honra Unilanense  à Idade Média, sensivelmente. Nesse período feudal a zona estava administrativamente dividida, havendo terras ligadas à Honra do Unhão e mais tarde ao seu Julgado, outras ao Julgado de Felgueiras, posteriormente transformados em concelhos, como também algumas estiveram adstritas ao Couto de Pombeiro e houve ainda antigo Couto do convento e depois Priorado de Caramos, além de outros Coutos circunscritos a antigos lugares, que deram origens a freguesias.

Isto para situar no tempo a ocorrência atualmente em período evocativo, como é a passagem de 500 anos sobre a atribuição régia de Foral ao antigo concelho do Unhão, a que pertenceram as freguesias circunvizinhas, depois felgueirenses, e algumas de Lousada, também. Como já explanamos anteriormente em estudos diversos.


Da antiga Honra do Unhão era toda a genealogia dos Condes primitivos da família Sousã, iniciada com D. Gonçalo de Sousa (no tempo de quem foi construída e sagrada a igreja românica do Unhão, em 1165 da era romana).

Para efeitos de evocação, ainda que relanceada, recua-se assim aos alvores da fundação nacional, atendendo à presença de um membro da família “dos de Sousa”, os Sousões, no acompanhamento de D. Afonso Henriques na luta pela independência do Condado Portucalense. Tal se passou com Soeiro Mendes de Sousa, “o Grosso” (irmão de D. Gonçalo Mendes de Sousa, o primeiro Sousão), tendo aquele nobre estado ao lado do então Príncipe Portucalense «no cerco de Guimarães. O seu papel de “adjuvante” do nosso primeiro rei, para utilizar uma expressão de V. Propp, surge com grande relevo na gesta de Afonso Henriques...» (conf. José Matoso-“Identificação de um País”). Também D. Gonçalo de Sousa, o Bom, foi lugar-tenente de D. Afonso Henriques, que acompanhou na batalha de Ourique, como depois esteve à conquista de Sevilha com D. Sancho I, de cuja peleja de Ajarafe tomou aos mouros algumas das bandeiras com que armou as paredes do mosteiro de Pombeiro (conf. Eduardo Freitas). Aliás são vários os exemplos de membros da família Sousa, dos Sousões, que se incorporaram em expedições dos primeiros reinados da nacionalidade, desde o acompanhamento na expedição contra os mouros em Elvas e na conquista de Lisboa, de que, aliás, D. Gonçalo Mendes de Sousa foi temporariamente governador, tendo o mesmo estado na conquista do Algarve, assim como D. Mendo de Sousa esteve incluído na defesa de Silves.

Muita água correu depois pelos fios de água do rio Sousa, sabendo-se dum célebre caso que meteu cenas menos condizentes da mulher dum dos condes que vivieram entretanto no Unhão, aquando da visita do rei a seu domicílio, etc. e tal – como falam os livros de linhagens.  E tudo o mais que se foi sucedendo e já está escrito há muito.


Da relação ao antigo concelho, ainda tentaremos uma diferente referência escrita, por estes dias…

- Entretanto, fica o programa comemorativo oficial.



Armando Pinto

== Clicar sobre as imagens, para ampliar ==

segunda-feira, 9 de março de 2015

Páginas de História - Nos Primórdios da Nacionalidade e Identidade Felgariana…


Sendo evidente que a história escrita de Felgueiras ainda está muito incompleta, com diversos hiatos cronológicos pouco aprofundados e havendo mesmo certo desconhecimento quanto à cronologia histórica de épocas diversas (o que deve merecer cuidado às entidades oficialmente representativas da terra), clama sempre atenção quando se descobrem referências pouco ou nada aferidas, entretanto, nos estudos de permeio havidos sobre a história da região e sobremaneira do concelho completo.

Como simples curiosidade, trazemos desta vez à liça uma referência de Felgueiras haver estado na linha de delimitação do antigo Condado Portucalense, ao tempo da morte de D. Fernando I de Leão. Como se pode ver por uma página de um livro de 1935, “Elementos de História de Portugal”, da lavra de Alfredo Pimenta.


Atendendo ao tema, merecedor de ilustração, realça-se o assunto com uma ilustrativa imagem constante em página de outro livro antigo, da História de Portugal de J. Gomes Ferreira, J. J. Correia da Silva e Antonino G. Amaral.


Armando Pinto


((( Clicar sobre as imagens, para ampliar)))

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Artigo com a Biblioteca Municipal em estante... no Semanário de Felgueiras


Numa ligação ao artigo anteriormente aqui tratado, continua-se nos contornos da biblioteca municipal de Felgueiras, desta vez com texto publicado na mais recente edição do jornal Semanário de Felgueiras. 

Assim sendo, não só por presentemente não acontecer nada de novo, de enfoque especial, cá pela nossa região, mas também porque o que existe vale mais, voltamos atrás no tempo para mais uma rememoração, na ciência comprovativa que a memória deve fazer justiça. 

Eis então a coluna, do que foi publicado no SF desta sexta-feira 27 de Fevereiro, seguindo-se o texto normal, para facilitar a leitura:

((( Clicar sobre a imagem, para ampliar )))

Hernâni Cidade

Estamos com Fevereiro a dar seus últimos toques, com noites enluaradas, de modo que no dizer popular o luar de Fevereiro quem o dera o ano inteiro. Apesar do frio e tempo instável, como época das “Febreiradas”, na voz popular quanto às Fevereiradas a condizer, em que tanto chove como faz sol. Além de ser o mês mais pequeno, mas mesmo assim dando para as costumeiras andanças de dia e pela noite dentro, com os festejos de Carnaval (época móvel, que calha mais neste mês), tal qual primeiras manifestações populares da Quaresma.

Ora, assim sendo, pode ver-se bem como o que parece de menor abrangência e nem sempre com tempérie estável, também tem seus atrativos. Quanto no caso da cultura de interesse mais local, relacionada à identidade concelhia.

Vem ao caso a lembrança dum personagem que teve alguma influência em Felgueiras, mas por motivos diversos tem sido injustiçado nos contornos históricos felgueirenses, como foi o Prof. Dr. Hernâni Cidade. Pessoa que já nem é de nosso tempo, mas deve merecer consideração.

Houve e há quem se admire por Hernâni Cidade ter escrito, em princípios da década de quarenta, do século XX, que desconhecia a história de Felgueiras, afirmando, no que se entende de suas palavras impressas, que os felgueirenses eram dos povos felizes que não tinham um passado a reter-lhes o futuro. Sabendo-se que esse homem de cultura foi o iniciador duma pioneira biblioteca municipal, sobretudo. Mau grado opiniões contrárias, contudo com alguma verdade a constar duma publicação do antigo jornal Primeiro de Janeiro, em caderno-suplemento de edição especial vindo a público em 1979, contendo informações recolhidas precisamente com dados constantes na antiga biblioteca municipal, quando ainda estava implantada no edifício dos paços do concelho.

A relação com a falta de conhecimentos do passado felgueirense nem é de estranhar, verificando-se que nesses idos anos de quarenta e até de cinquenta praticamente nada havia a historiar Felgueiras. Temos em mãos, por exemplo, um álbum editado em 1953 pelo antigo jornal O Século, com o país de lés a lés, por distritos, incluindo imagens e informações cinquentonas de cidades, vilas e aldeias, com alguma importância. E ali, no distrito do Porto, lá estão as cidades e quase todas as vilas cabeças de concelho, mas de Felgueiras nada, mais parecia nem andar no mapa, nesses tempos…

Ora, com essas e outras, não virá mal algum ao mundo em se recuar nos trilhos da história. Remetendo à evocação do Prof. Hernâni Cidade, personagem oriundo do sul (do Redondo-Évora) mas que viveu temporadas em Felgueiras com familiares, nas férias de professor das Faculdades de Letras do Porto e Lisboa. Acontecendo então que foi ele quem criou a primeira biblioteca municipal da vila de Felgueiras, dedicando-se durante tempos de descanso a juntar livros espalhados e ordenando algum material literário e documental existente na Câmara. Apesar de desconhecer a história de Felgueiras, mas sabendo-se que vinha a Felgueiras visitar amigos e passava temporadas com a família, conforme recordava sua filha, a ativista política Helena Cidade Moura. Entretanto gerou-se uma ideia de certo menosprezo, passado muito tempo, derivado a um escrito em que ele expressou desconhecimento pela história felgueirense (crendo mesmo, como escreveu, que pertencia «à categoria dos povos felizes que a não têm...»), como resultado da falta de informações enfeixadas que à época se fazia sentir localmente. Tendo contudo Hernâni Cidade, escritor e jornalista de renome, transmitido apenas as suas impressões com “Felgueiras e seus arredores”, artigo datado de Lisboa em 1941 e publicado na coleção «Portugal Económico Monumental e Artístico», que serviu para diversos fins em publicações locais, onde teve transcrições ao longo de muitos anos.

Isto da cultura, quanto à vertente histórica, é quase como a lua, que a todos encanta mas não é de ninguém.

Armando Pinto

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Uma vista por tempos antigos da Biblioteca de Felgueiras...


Passemos os olhos, parcialmente neste caso, sobre umas páginas amarelecidas, mas estimadas, como temos ainda, dum caderno-suplemento do antigo jornal “Primeiro de Janeiro”, sob pomposo título de “FELGUEIRAS indústria conduz ao progresso” - em plenos tempos de transformação social ocorrida nos anos setentas, do século XX. Bastando depois ler com atenção o artigo respigado, que aqui vamos partilhar. 

Mas antes, convirá umas linhas de marcação, ao tema.

Como é do conhecimento público, a atual Biblioteca Municipal de Felgueiras passou recentemente por obras de remodelação, em adaptação a novas valências, inclusive com a implantação do Arquivo Municipal. Ampliando-se assim o edifício construído nos inícios da década de noventa e aberta ao público em Outubro de 1993. Transformando desse modo completamentre as condições, muito diferentes das antigas instalações, originariamente situadas num espaço  dos baixos da Câmara e depois no edifício Vila Baía, na então vila e depois cidade de Felgueiras.


Ora, porque por vezes aparecem opiniões que chegam ao público algo diferentes da realidade, e não vindo mal nenhum ao mundo em se recordar outros tempos, avivamos agora a memória de ocorrências passadas, para relembrar como era a biblioteca municipal noutras eras. Para o efeito, recolhemos para aqui matéria que veio publicada em 1979 no Suplemento d' O Primeiro de Janeiro, do Porto, em caderno intitulado PJ Terça, numa edição especial de 13 de Março daquele ano de 1979.

Sem necessidade de muita explicação, além do que fica exposto como enquadramento, repare-se no que veio então explícito em artigo referente à biblioteca...


Armando Pinto


((( Clicar sobre os recortes digitalizados )))

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Uma curiosidade: Desfile de moda... à Felgueiras!



Vídeo de um desfile em que a Elisabete (Felgueirense vencedora da Casa dos Segredos, da TVI) participou, há anos já, mais precisamente em 2009, enquanto jogadora da então equipa feminina do F. C. Felgueiras. Segundo suas palavras: "Heart emoticon. Sou a primeira, número 19" ...

Pois é, interessante. Isto a propósito de aqui, neste blogue, também há tempos termos mostrado orgulho em ser Felgueirense ("Je Suis Felgueiras"), em tudo o que represente Felgueiras. Sendo interessante ficar a conhecer situações em ocasiões diversas, de interesse felgueirense.

Armando Pinto

((( Clicar sobre a seta central, para acesso ao vídeo )))

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Carnaval da Longra - Felgueiras / 2015


Algumas imagens do Corso Carnavalesco, da tarde do dia de Entrudo, como é tradicional, do Carnaval da Vila da Longra.


Ora digam lá se este desfile não é algo especial ?!


Armando Pinto