Espaço de atividade literária pública e memória cronista

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Curiosidades sobre a Misericórdia do Unhão

Faz este ano já 105 anos que, em 1915, foi aprovado o projeto de obras para ampliação e remodelação do edifício que foi antigo palácio dos Condes e depois sede da Misericórdia de Nossa Senhora do Rosário do Unhão. Cujo plano foi desenhado por Luís Gonçalves, arquiteto que nesse tempo fez muitos dos desenhos de engenharia civil para importantes obras realizadas na região felgueirense. Tendo depois as obras do palacete, onde foi instalado em finais do século XIX o antigo Hospital do Unhão, tido início de grande remodelação em 1916, após o mesmo projeto ter estado em exposição pública – como está historiado no livro “Luís Gonçalves: Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres”, publicado em 2014 e apresentado na apalaçada Casa das Torres, em Felgueiras.

Sendo que atualmente, desde que as Irmãs de Caridade da Ordem Vicentina deixaram de ter convento no Unhão, e a partir de então com o Externato criado pelas mesmas a ter passado para diferente gestão, está o edifício mais voltado à parte social. Englobando a sede da Misericórdia do Unhão, além de ter espaços alugados para o referido estabelecimento de ensino.

Esse edifício não foi sempre a sede da mesma Misericórdia e isso leva por vezes a certas confusões, atendendo a que a Misericórdia do Unhão existe desde o século XVII – fundada que foi em 1630 e entretanto teve sede administrativa com sala de reuniões na casa do abade da freguesia e depois em local anexo à própria igreja, além de também em Lordelo quando a igreja do Unhão ameaçava ruína e inclusive perdeu a sineira original – é de assinalar que o antigo palácio dos Condes passou para a Misericórdia por fim em 1868, e no ano seguinte se deu a mudança efetiva, sendo assim 1869 o ano da instalação dessa instituição naquele prédio histórico (onde em 1871 foi instalado o Hospital). Como está bem explícito no trabalho historiador do Padre Casimiro da Mata, publicado em fascículos no jornal Notícias de Felgueiras nos anos 60 e está também no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997.

Alguns factos de interesse da região, entre lembranças de vez em quando… !

Armando Pinto

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