Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 31 de outubro de 2021

Reflexão rememorativa por ocasião dos Santos e Finados

Estamos em tempo dos Santos, assim simplificando a indicação da época dos dias chamados de Todos os Santos e Fiéis Defuntos – a quadra dos Santos e Finados, como popularmente é conhecida. Fase anual que coincide com o agravamento meteorológico da estação anual do Outono, pelo abaixamento das temperaturas e ressentimento da humidade, ou seja na chegada dos dias de frio e chuva. Um tempo de introspeção saudosa, no decair do ambiente anímico, à imagem do cair da folha e dias mais pequenos, no ambiente da natureza algo soturna. A que se junta um mais acentuado sentimento de perda, na lembrança dos entes queridos desaparecidos, entre familiares, amigos e conhecidos entretanto falecidos. Passando a recordar tanta gente desaparecida fisicamente mas presente aos olhos dos afetos.

É a vida a andar e continuar, na roda do ano a circular pela seiva do pensamento, pelas veias do espírito e a chegar ao coração do sentimento.

Armando Pinto

sábado, 23 de outubro de 2021

Artigo de cariz histórico sobre eleições em Felgueiras no S. F.

No âmbito do período eleitoral passado das Autárquicas, versa na oportunidade uma visão historiadora de eleições de antigamente, em mais um artigo da colaboração pessoal de índole histórico-cultural no jornal Semanário de Felgueiras. De cuja crónica, publicada no espaço de Opinião do S F, em sua edição de sexta-feira dia 22 do corrente mês, se transpõe para aqui o artigo em recorte digitalizado.


Armando Pinto

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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Mais um (outro) livro para a minha biblioteca doméstica

É mesmo. Mais um livro chegou para aumentar o valor da minha biblioteca pessoal, o segundo oferecido pelo amigo João Maria Neves Pinto: “OS PÁSSAROS TAMBÉM FALAM E OUTROS CONTOS”. Uma obra literária cuja leitura me transporta em boa parte às memórias escritas por seu tio-avô, que em estilo Camiliano narrou existências de seu tempo por Felgueiras, no Douro Litoral, Porto, ainda Trás-os-Montes, Coimbra, Lisboa e Brasil… Enquanto neste caso as lembranças escritas pelo descendente versam sobre vivências africanas de Neves Pinto e da terra portuguesa em que se inseriu após sua vinda para a Pátria de seus antepassados do Norte de Portugal.  

João Maria Neves Pinto, sobrinho-neto do célebre João Maria Sarmento Pimentel, passou assim a letra de forma a sua experiência de vida – conforme é explicado na contra-capa do livro, como fica patente na imagem aqui publicada do rosto e verso do mesmo.

Agradecendo a amável oferta de João Neves Pinto, proporcionando um melhor conhecimento da personalidade deste descendente, por sua mãe, da família Sarmento Pimentel da casa da Torre, de Rande-Felgueiras, aqui fica exarada a muito boa impressão que esta coletânea de contos realistas me causou logo na leitura das primeiras páginas. Num enredo que prende a atenção, através de descrição muito bem conseguida.

Perante este livro e o anterior, recordo, apenas tenho mais a afirmar que bem gostava de poder também retribuir com envio de algum ou alguns dos meus livros, algo que não consigo corresponder por estarem todos esgotados. Mas quando publicar mais algum (embora sem saber quando) não me esquecerei.

Fica assim comigo mais um bom livro, de características personalizadas. Como já eram os livros que tenho do “Capitão” (e depois) General João Maria Ferreira Sarmento Pimentel. Em cujas “Memórias do Capitão” a terra de Rande é tema de boas recordações. Sendo também neste livro segundo de Neves Pinto recordado o mesmo militar, político, escritor e grande português que foi seu avoengo João Sarmento Pimentel. Um senhor que junto com seu irmão Francisco, o célebre piloto-aviador da primeira travessia aérea de Portugal à Índia, muito honrou a amizade do autor destas linhas.   

Este livro, “OS PÁSSAROS TAMBÉM FALAM E OUTROS CONTOS”,  é pois mais um livro de estimação, a enriquecer a minha biblioteca doméstica, cá em minha casa.  

Armando Pinto

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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Entrevista do Felgueirense Adriano Quintanilha ao Porto Canal, no Programa "VENCEDORES COMO SEMPRE"!

Vi e ouvi bem atentamente a entrevista de Adriano Quintanilha transmitida no Porto Canal na passada quarta-feira 13 de outubro, deste 2021 ano de começo da saída das restrições da pandemia. Com admiração por esse amigo conterrâneo do concelho de Felgueiras e figura pública ligada ao FC Porto, clube maior representante do Norte do País e melhor embaixador de Portugal no mundo, que para mim sempre foi algo especial. Tal como me lembro de sua presença aquando da apresentação do meu até agora mais recente livro, precisamente no último dia (a 7 de março de 2020) antes do surgimento das medidas restritivas da pandemia Covid. Daí que, a mim, a entrevista além de confirmar ideias, mais proporciona um motivo de prolongamento à admiração por esse senhor. Que eu em tempos idos conhecia de longos anos apenas de vista, mas ficara a prezar quando pelos anos de transição 70 / 80 o vi a comandar a equipa do Várzea então participante numa corrida de atletismo na Longra, passando pelo acompanhamento ao futebol de Felgueiras quando ele foi presidente do histórico FC Felgueiras, bem como quando criou a equipa de ciclismo W52 Quintanilha-Felgueiras, até que depois o fiquei a conhecer melhor e pessoalmente desde a apresentação do meu livro sobre as ligações ciclísticas felgueirenses. Revelando a entrevista um Adriano Quintanilha em corpo de grande vulto, enquanto o programa ganhou contornos de forte audiência, tal o impacto de imediato assomado nas redes sociais e meios de comunicação.

Vi no computador o anúncio e depois pela televisão a entrevista, e tenho de aqui registar por ser algo que quero mesmo realçar, porque como tenho por lema gosto de valorizar o que tem valor.


No meu livro “Ciclistas de Felgueiras” falo (por escrito) dum tio meu na minha ligação antiga ao ciclismo. Livro esse em que Adriano Quintanilha também foi e está incluído, como homem do ciclismo, contando que além dos corredores se podem considerar ciclistas não são só os que correm em cima das bicicletas, mas também os que fizerem mover tudo o que rodeia esse mundo encantador. E a propósito do que o amigo senhor Quintanilha diz agora sobre sua conversão portista (algo que muito me toca cá dentro!), leva-me a recordar a terna memória de um outro meu tio, irmão do anteriormente aludido. Como adiante vou contar, enquanto por ora tenho de seguir pelo princípio, sobre a entrevista recolhida por Rui Cerqueira e dada por Adriano Teixeira de Sousa “Quintanilha”, presidente da W52-FC Porto, para o programa “Vencedores como sempre” do Porto Canal – “Programa de entrevista aos Campeões do FC Porto nas diversas modalidades”.

Pois então, em mais uma das grandes entrevistas conduzidas por Rui Cerqueira, feitas com grandes senhores do mundo dragoniano, desta vez coube ser com o homem forte do ciclismo azul e branco, o obreiro da equipa que tornou possível o projeto W52-FC Porto. Dando a conhecer a todo o universo portista o personagem envolto na figura de Quintanilha, através de conversa proporcionadora de alguns pormenores de sua vivência. Ressaltando desde logo a sua confissão de já se sentir dragão, ele que era sportinguista assumido anteriormente, mas que ao inteirar-se do que é o Futebol Clube do Porto interioriza já o sentimento de gostar de algo assim, como é o FC Porto, o clube Dragão. Onde ficou a saber o que é isso de sentir Portismo. E passou a gostar de ser da mesma equipa. Como referiu alto e bom som:

«Ser parceiro do FC Porto é uma grande responsabilidade. O FC Porto está habituado a vitórias, habituado a ganhar e eu sou uma das pessoas que não gosto de perder em nada, também gosto de ganhar, logo acho que se juntou a fome à vontade de comer… Então somos uma parceria que não gostamos de perder.»

Como elemento de cúpula da equipa W52-FC Porto e por inerência homem do clube, embrenhou-se também e bem na mística à Porto. Nuno Pinto da Costa já havia adiantado numa das conversas do recente programa “Ironias do Destino” que o senhor Quintanilha, como ele também se lhe referiu, embora fosse anteriormente sportinguista, antes de se unir na parceria com o FC Porto (após não ter sido bem tratado pelo Sporting nos contactos então havidos), já era agora mais portista que outra coisa. E Adriano Quintanilha confirma, diante das câmaras e microfones do Porto Canal, perante o entrevistador e naturalmente portista sorridente de satisfação, como chega aos olhos e ouvidos portistas pelo ecrã televisivo:

«Hoje eu considero-me um grande dragão. Hoje sofro quando vejo a Porto a jogar, porque eu quero que o Porto ganhe, eu quero que o Porto faça os melhores negócios do mundo, eu quero que o Porto passe por cima das outras equipas todas. E eu senti isso quando o Sporting veio para o ciclismo: quando o Sporting chega ao ciclismo eu não queria que o Sporting ganhasse uma única etapa, sequer uma meta volante, não deixava o Sporting ganhar nada, não queria que o Sporting ganhasse nada…. Aí é que senti que neste momento sou um dragão, sou mais um dragão»!

Não sendo muito usual as mudanças de simpatias de clubes, é caso que apraz muito registar este. E transporta-me nas asas do pensamento, num voo do tempo até há muito tempo, a tempos em que o tal meu tio, que referi, tentou que alguém mudasse de clube. Esse meu tio, irmão do apaixonado pelo ciclismo aludido no livro, era portista de gema e gostava de andar muito comigo, e eu com ele, por sentirmos muita afinidade em diversos aspetos. A ponto de quando ele não sabia ainda o resultado do Porto, nos jogos da bola que ele ouvia pelo seu rádio azul a pilhas, mas quando por qualquer motivo não tinha podido estar de ouvido alerta, mal me via ele sabia pela minha cara se tínhamos ganho ou não. Pois esse meu tio, o meu tio Zé Moreira da Longra, uma vez tentou que uma pessoa de nossa família, que se deixara influenciar por outros, passasse também para o Porto, se tornasse portista. E chegou a fazer um acordo de papel assinado, comprometendo-se a pagar-lhe uma merenda, para o efeito. Só que da outra banda depois da barriga cheia a promessa ficou por cumprir… para desgosto desse meu tio, que acabou por dizer que os adeptos dos outros clubes não tinham palavra, em nada que se parecesse com os portistas.

Ora, o caso de Adriano Quintanilha é mesmo de aplaudir. Aliás eu, pelas conversas que tenho podido ter com ele, sei que é homem de palavra. E mais, é pessoa que inspira confiança. Gerando admiração em quem o fica a conhecer, porque incute seriedade. Qualidades essas aliadas e complementadas pelo seu elevado quociente de inteligência, dotado de espírito de iniciativa e liderança, dum modo que o faz um empresário de sucesso e cidadão respeitado. Autêntico Doutor Honoris Causa da vida. Bem como Felgueirense que até tem num restaurante do concelho de Felgueiras (no Caffé-Caffé, da Refontoura) um espaço que lhe é dedicado, a sala “Comendador Adriano Quintanilha”.


Em suma, como era sabido mas com a entrevista em apreço foi vincado, com a chegada de Adriano Quintanilha ao ciclismo a modalidade depressa progrediu e o ciclismo com o regresso do FC Porto às estradas ganhou outro ser. Tanto que Quintanilha reforça que a melhor coisa que lhe aconteceu foi a parceria com o FC Porto, na constituição do conjunto W52-FC Porto. E na verdade, pese a anterior fama de homem dos Ferraris e de grande empresário, que em tempos antigos inclusive lhe granjeou mesmo até figura alvo de simpatias femininas, foi com o ciclismo e com a sua entrada no FC Porto que ganhou maior visibilidade, simpatias gerais e amizades sinceras. 

Assim, a entrevista transmitida no Porto Canal neste princípio de outono de 2021, é mais um momento alto do programa “Vencedores como sempre”. Que até revelou algumas curiosidades, como a esperança de possível boa sentença no caso Alarcón, inocente mas a precisar de ser mesmo inocentado oficialmente; e no prolongamento futuro do vínculo da W52 com o FC Porto. E sobretudo revelando o homem sincero e aberto que é Adriano Quintanilha, amigo de seu amigo. Também “grande amigo” – como ele me trata a cumprimentar sempre que nos encontramos e eu tenho gosto de o considerar.


Armando Pinto

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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Efeméride de uma partitura dourada da Banda de Música de Felgueiras

Na página pessoal da rede social Facebook do amigo sr. Mário Pereira, figura pública do ambiente da cidade de Felgueiras, vem publicada a seguinte

« Efeméride:

Foi ao fim do dia 18 de outubro de 1971 que, uma girândola de foguetes anunciou a chegada da Banda de Música de Felgueiras, vinda de Lisboa, após ter participado no II Grande Concurso Nacional de Bandas Civis, promovido pela F.N.A.T. Nas ruas da então Vila de Felgueiras, a nossa Banda foi recebida em festa. No Salão Nobre da Câmara Municipal foi recebida pelo presidente Prof. Francisco Assis que se encontrava acompanhado pelas seguintes individualidades: pároco de Margaride, Pe. Urbano de Castro, Comandante do Posto da G.N.R., cabo Arlindo Pinto e, um representante do Bombeiros, que não nos foi possível identificar. Foi há cinquenta anos! O acontecimento merece ser comemorado.»

Como tal, dá-se aqui, por este meio, destaque à data comemorativa e sua recordação, com partilha da mesma, incluindo o texto, entre parênteses, e fotografias acompanhantes – para uma possível mais ampla expressão. Porque acontecimentos destes merecem larga divulgação e devido registo à posteridade. Sendo assim uma página escrita a letras de ouro na história da filarmónica de Felgueiras, melhor dizendo, uma partitura dourada da Banda de Música de Felgueiras.


Armando Pinto

Obs.: Fotos do arquivo de Mário Pereira, com seus respetivos direitos.

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sábado, 16 de outubro de 2021

Tomada de Posse da nova Presidente e respetiva Equipa da Autarquia Local da área da Longra – 15 de outubro

Entrada oficialmente já em funções esta sexta-feira, dia 15, a Presidente Lúcia Ribeiro escreve na sua página de facebook uma mensagem significativa, que apraz registar:

«Afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas.

Assumi as funções de membro da Assembleia Municipal!

Horas mais tarde, tomei posse como Presidente de Junta da União de Freguesias de Pedreira, Rande e Sernande. 15 de Outubro um dia especial, muito orgulho, com um grande sentido de responsabilidade pelo compromisso assumido.

Obrigada a todos que me apoiaram»

Desejo natural e obviamente felicidades à Lúcia para esta missão de representante da nossa terra, com votos das melhores venturas!

Armando Pinto

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Livro “Ciclistas de Felgueiras” na Biblioteca da FPC

O livro “Ciclistas de Felgueiras” que escrevi em 2020, ano em que foi lançado publicamente em março, antes ainda da pandemia, entretanto esgotado na edição normal, tem um exemplar na Biblioteca da Federação Portuguesa de Ciclismo, por oferta pessoal, de cá do autor.  

Com efeito, correspondendo a uma conversa pessoal com o senhor presidente da FPC, aquando duma das etapas iniciadas em Felgueiras na Volta a Portugal, enviei o livro para a biblioteca oficial da entidade federativa da modalidade. De cujo envio agora recebi confirmação da entrada nos respetivos serviços, por correspondente ofício.



Obs.: - Recorde-se que o livro, embora esgotado na edição normal ao público, está contudo ainda agora em modo de poder ser pedido pela página informática da editora Bubok - encomendando-o diretamente à página da editora (Bubok), clicando na ligação abaixo. Depois, terá de se registar no site da editora (pode fazê-lo com a sua conta do Facebook) e selecionar/clicar em "Acabamento em capa mole", pois a outra opção é somente uma versão digital em ficheiro pdf.

Armando Pinto

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Mais um Livro a enriquecer a minha biblioteca!

 

Recebi hoje, por amável oferta – após recentes contactos proporcionados por conhecimento recente – um livro que muito vem enriquecer a minha biblioteca pessoal doméstica. Um livro de um senhor amigo, João Maria Neves Pinto, cuja ligação deriva de nossas afinidades por telurismo pátrio, por assim dizer. Sendo ele familiar descendente da fidalga família Sarmento Pimentel, da Casa da Torre, de Rande-Felgueiras (a minha terra). Residindo ele atualmente em Portugal, na encantadora Gondomar onde também eu passei uns anos, embora poucos, sob o frondoso ambiente da quinta antiga dos Capuchinhos mailo seu emblemático Jingo, árvore muito grande, muito agarrada à vida.

Natural de Moçambique, onde formou família seu avô, o mais velho dos irmãos Sarmentos Pimenteis da Torre, dos quais eu fui amigo pessoal em seus últimos anos, quando se me proporcionou conhecimento com esses famosos João e Francisco, tios-avôs do autor do livro, João Maria (nome que lhe foi dado em homenagem ao famoso militar ancestral de seus maiores), tem assim também sangue felgueirense. Acrescendo que Alfredo, avô do referido autor do livro, foi e está deveras evocado no livro “Memórias do Capitão” de João Sarmento Pimentel.

Deste livro, "Moçambique Os Padres da Minha Vida", de João Maria Neves Pinto (em 2ª edição acrescentada à 1ª publicada em 2013), coloco aqui, como amostra e apresentação, umas imagens de suas páginas iniciais, pelo que fica anotado no mesmo. Porque tudo tem razão de ser e nada é por acaso. Agradecido ao autor e grato a tudo o que ainda vai acontecendo nesta vida.

Armando Pinto

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Dia 15 de Outubro - Tomada de Posse dos Órgãos Autárquicos Felgueirenses na data de aniversário do Foral de Felgueiras

Na próxima sexta-feira deste mês e ano, a 15 de outubro do corrente 2021, é dado início a mais um mandato da gestão concelhia para o quadriénio de 2021 a 2025, precisamente na data da efeméride da outorga do Foral de Felgueiras, na passagem de 507 anos que em 1514 o Rei Venturoso D. Manuel I atribuiu a Felgueiras o seu Foral.

Tal facto calha a preceito, resultando numa interessante coincidência, pelo significado paralelo e conjunto de ambas as atribuições: à imagem de 1514, em que Felgueiras se ficou a reger pelas normas régias da época, agora em 2021, pelo resultado das recentes Eleições Autárquicas, tomam posse a 15 de outubro os membros da Assembleia e Câmara Municipal que vão gerir o futuro de Felgueiras durante os próximos anos.

Segundo o que tem sido publicamente divulgado, a cerimónia da tomada de posse dos membros da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Felgueiras, para o mandato 2021/2025, está marcada para o dia 15 de outubro, às 16 H 00, no Auditório dos Paços do Concelho. Nuno Fonseca é então reconduzido a um segundo mandato na Presidência da Câmara de Felgueiras, em virtude das eleições de 26 de setembro, acompanhado por seis vereadores eleitos de sua lista. Conforme ditou o sufrágio que elegeu sete mandatos da coligação vencedora Sim Acredita - PS/Livre, mais dois que em 2017, enquanto a coligação Juntos por Felgueiras do PSD/PPM fica apenas com dois mandatos, menos dois que anteriormente, no novo executivo municipal. Bem como para a Assembleia Municipal José Campos é também reeleito, igualmente pela coligação PS/Livre. Sendo extensivamente instalada a nova Assembleia Municipal, onde a Coligação Sim Acredita terá maioria absoluta com 20 eleitos diretos e o PSD contará com sete eleitos diretos. A estes juntar-se-ão, os eleitos por inerência das presidências das Juntas e Uniões de Freguesias.

Será assim esse dia uma data assinalável pela conjugação de factos históricos na “coisa pública” felgueirense.

Desejamos ao Presidente Nuno Fonseca e a toda a sua Equipa as melhores venturas, que o mesmo é desejar o melhor futuro para o concelho e para a nossa terra, por quanto gostamos de nosso rincão e queremos o bem estar de todos nós felgueirenses.

Armando Pinto

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Temas de (algum) interesse geral – Um artigo proveitoso no Voz Portucalense

Nos dias que correm muitas coisas concorrem para alguma confusão e indefinição mental, assim como para algum distanciamento de valores que fazem parte do ser duma nação, no sentido de ligação mátria em todos os aspetos da afinidade pátria.  Tendo um destes dias se nos deparado, aqui aos olhos e sentidos do autor destas linhas, um interessante artigo publicado na página de Cultura do semanário Voz Portucalense, órgão da Diocese do Porto.

Sendo o tema algo despertador, para mais surgido assim num periódico de cariz particular de motivos religiosos (em sinal que quando se quer, tudo tem lugar), merece sobre ele um olhar mais vasto. Dando o mote a mais uma partilha neste espaçozinho acolhedor de tudo que nos mereça apreço e atenção.

É autor deste belo artigo M. Correia Fernandes, diretor do próprio jornal diocesano Voz Portucalense. Um senhor Padre que conhecemos pessoalmente já em ocasiões relacionadas com o saudoso felgueirense Padre Luís de Sousa Rodrigues, em evocações ao Reitor da Lapa e compositor de música sacra “L. Rodrigues”. Como ocorreu na Casa do Povo da Longra em 2004, aquando dos 25 anos de seu falecimento, numa conferência e lançamento do livro biográfico “Uma Vida de Prece Melodiosa”.

Eis então o artigo, a merecer devida atenção:


Armando Pinto

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terça-feira, 5 de outubro de 2021

"Carvalha da Padaria" da Longra – árvore centenária que fica para a história da região

 

O dia 5 de outubro, que desde 1910 está na história de Portugal pela proclamação da República e como tal é motivo de fazer lembrar esses tempos de antanho, fica também localmente, aqui na Longra, como data que 111 anos depois faz o povo da Longra lembrar a árvore grande conhecida por Carvalha da Padaria, assim chamada por ser vista dentro dos muros da casa do mesmo nome. Árvore grande que, de tão habituados que todos estávamos a ela, é daquelas coisas que se nota mais quando acaba. Apeada que foi esta terça-feira, no feriado de 5 de outubro, devido aos efeitos da sua longa idade. Tendo sido necessário derrubá-la, para evitar algum desastre, visto estar a ameaçar cair, com o pé a ficar apodrecido (como se verificou e comprovou mesmo depois de cortada)

Era uma árvore centenária, contemporânea da centenária antiga dona, havendo sido sempre conhecida desde sua infância pela saudosa D. Maria Amália Castro Verdial, senhora da Padaria da Longra e esposa do saudosíssimo sr. Verdial Horácio de Moura, o edificador da casa e um senhor que fez falta na Longra, desaparecido muito cedo quando tinha muitos projetos para a Longra.

= Visualização por meio de imagem da década dos anos 90 (em tempo de Outono/Inverno, pelo cair da folha). Foto que  foi incluída no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997. 

Não se sabe ao certo o tempo da existência da Carvalha da Padaria, que vinha do tempo das iniciativas de José Xavier do Outeiro, quando começara a haver na Longra oficinas de ferraria e serralharia, originando a inicial fábrica de utensílios de ferro e móveis metálicos. Calcula-se que tivesse muito mais de um século, possivelmente perto de século e meio. O que sei (expondo pessoalmente), por em tempos ter ouvido dizer aos mais antigos, é que quando começou a antiga fábrica do Largo da Longra (a "Móveis de Ferro da Longra", antecessora da MIT e posterior Metalúrgica da Longra), em 1920, já esta árvore ali existia, ainda jovem possivelmente. Bem como os operários da MIT diziam que pelos anos da década de 40 já era uma árvore grande. Desses tempos, por exemplo, tenho uma foto de minha avó paterna com os meus 2 irmãos mais velhos, por volta de 1946/47, em que se vê esta carvalha junto ao antigo barracão da antiga fábrica.

Pois a Carvalha teve de desaparecer, por ser perigoso continuar de pé, tal o estado em que estava a ficar, conforme se notava por conter já fungos grandes em certos sítios do tronco. E estar a ficar oca, com falhas no interior da parte mais larga. Situação antevista, felizmente, evitando-se a queda que estava iminente.

Na lei da vida, pois que nada é eterno, desaparece assim esta árvore de grande porte. À qual, como homenagem, pelo que representa nas recordações Longrinas, se regista a sua existência e grava à posteridade. Através de reportagem fotográfica, em imagens captadas neste dia chuvoso, a memorizar o dia em que pela lei natural teve de desaparecer. Mas fica na História da Longra e da região, afinal.


Armando Pinto

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