Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Dia de lembrar S. Francisco de Assis

Sendo 4 de outubro o dia litúrgico dedicado a S. Francisco de Assis, é pois dia de lembrar este S. Francisco, o santo do canto à natureza de todas as coisas. 

Assim como há quem queira separar tudo, havendo até quem imagine à sua maneira haver incompatibilidade de interesses em assuntos culturais perante o desporto, por exemplo, também haverá quem pense num distanciamento entre história, cultura geral, clubismo desportivo e religiosidade em geral, enfim interesse pela vida. Mas há muita e boa gente para quem tudo o que é bom tem interesse, merecendo atenção apaixonada, sem redutora visão de intelectualidade supérflua. Tanto assim que pessoalmente foi isso também tido em conta, incluindo na colaboração escrita de autoria pessoal aqui do autor, mesmo no jornal O Porto, em tempos recuados órgão oficial do FC Porto, onde havia uma página de assuntos históricos-culturais e então, além do mais. também coube um artigo sobre um santo, por sinal numa crónica do autor destas linhas a elevar um santo da predileção muito pessoal – S. Francisco de Assis.


Sobre esse caso, no dia de S. Francisco, vem agora a talhe, por lembrança particular, recordar  que num dia de finais de setembro, dum dos idos anos de meio da década de 60, começou uma ligação mais afetiva com a entrada do autor deste blogue num estabelecimento de ensino de regras franciscanas e em cujo ambiente, apesar de curta convivência, ficaram laços que perduram de memórias e afetos. Quanto esse santo nos diz muito.


Francisco de Assis nasceu a 26 de setembro de 1181, na cidade de Assis, em Itália, com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone. Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernardone dei Moriconi e de Pica Bourlemont, e tinha origens francesas. A família fazia parte da rica burguesia de Assis, detendo prestígio no nome e nas posses financeiras. Francisco era chamado pela família de “Francesco”, e ficou na religiosidade mundial como S. Francisco de Assis.

Após sua vida pública de frade religioso carismático, fundador duma ordem religiosa que se desenvolveu depois em diversos ramos, ele faleceu a 3 de outubro de 1226 e no seguinte dia 4 foi sepultado, sendo o dia das exéquias dedicado pela Igreja no calendário litúrgico a este santo "Poverello" dos estigmas sagrados. 

Vem assim ao caso, mais uma vez, sobre São Francisco de Assis, lembrar tal crónica feita há muitos anos, numa evocação especial escrita nos primeiros tempos de colaboração do autor n’ O Porto. Tendo então, através desse artigo, correspondido ao apelo do diretor do mesmo, Dr. Paulo Pombo, antigo presidente do FC Porto e nos anos 70 diretor do periódico informativo do FC Porto, que então estava a dar um rumo também cultural ao jornal do clube. Tendo para o efeito seguido uns apontamentos pessoalmente tirados anos antes, do que ouvi numa conferência do diretor do Seminário dos Padres Capuchinhos de Gondomar, naquele tempo de mil novecentos e sessenta e tal (ainda hoje um amigo que perdura da vida entretanto vivida, após contactos tornados possíveis pelas atuais possibilidades proporcionadas pelo Facebook).  


Pois assim recordamos agora, por meio de recortes desse texto inserto em O Porto, corria o ano de 1975, o artigo de fundo histórico-cultural que dedicamos ao fundador da Ordem Franciscana e patrono dos Frades Capuchinhos. Santo que nos é muito querido, por assim dizer, sendo um dos mais admirados, com uma aura especial na simpatia de devoção pessoal, também.

Na calha do memo tema, é de referir também que felizmente já pude estar entretanto junto aos restos mortais de S. Francisco, em Itália, tendo estado na sua igreja de Assis, num passeio paroquial realizado há uns bons anos, corria agosto de 2003. De cujo momento, fora o que foi passado intimamente, ainda ficaram umas fotografias no álbum familiar.

 
ARMANDO PINTO
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