Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Artigo no S. F. sobre Festa Concelhia de Felgueiras e Aniversário da Longra…


Reprodução do espaço habitual de colaboração no jornal Semanário de Felgueiras, da nossa crónica regular ao mesmo órgão de imprensa regional, desta vez na sua edição desta sexta-feira dia 29 de Junho (cuja distribuição pública já teve lugar ontem, quinta-feira, devido ao feriado municipal deste dia 29).


(Clicar sobre a digitalização, para ampliar)

Do mesmo trabalho, também como vem sendo normal, transcreve-se o original texto datilografado, para melhor leitura neste meio informático. 

S. Pedro e Aniversário da Longra… no horizonte. 

As memórias são uma forma eloquente de exaltar a vida. Máxima possível de ser vincada quando se conjuga possibilidade de assinalar determinados motivos que farão memórias no futuro. Como se vislumbra, entre nós, na área territorial de Felgueiras, diante da proximidade de algumas datas festivas e extensivas motivações. Levando a que se associe o chamado S. Pedro de Felgueiras e o aniversário da Longra, em forma de exaltação da vida local. 

Ora, Felgueiras passa estes dias por mais algumas datas significativas, quer no presente com as festividades do S. Pedro, enquanto festa municipal, bem como com a próxima passagem de mais um aniversário da vila da Longra, uma área urbana do concelho sistematicamente esquecida das grandes realizações urbanísticas e intervenções oficiais que deixem marca. 

Efetivamente ocorre por estes dias o programa da festa do concelho, antiquíssima romaria cuja memória remonta ao tempo da existência local duma primitiva ermida, dedicada ao santo considerado pedra angular da Igreja. Cuja essência, além de diversos números anunciados no cartaz, se continuará a manter na expressiva manifestação coletiva que tem sido patente através do cortejo das flores, tão tradicional ponto alto e dos momentos mais apreciados pelos felgueirenses e visitantes que acorrem a Felgueiras na ocasião, em demanda do local próprio da festa, ao monte de Santa Quitéria. 

 Pois, a importância destas festas sempre foi deveras tida em conta na identidade comum, pelas instâncias oficiais concelhias e naturalmente pelo povo felgueirense. A pontos de continuar com um rol de números que abarcam diversos dias, desde o antecedente dia 27, quando se inicia um vasto leque de realizações públicas em que estará presente arte e cultura popular, prolongando-se por sucessivos dias, até ao domingo 1 de Julho, coincidindo assim com o dia próprio do aniversário da Longra como vila. Dia que naturalmente deverá merecer algo marcante, na interligação das diversas vias promotoras que estão a levar a cabo tais organizações, em casos similares, nas terras de Felgueiras. 

Chegado aí, à falta de conhecimento público atempado sobre o que vai acontecer, para assinalar o 9º aniversário da vila da Longra (não havendo nada anunciado, até ao momento em que escrevemos, ao início desta semana em curso), não nos poderemos alongar muito em considerações relativas. Sabendo-se unicamente, e bastará, que tal como foi referido na comunicação social quanto à comemoração do aniversário da Lixa e nos restantes próximos eventos, serão as representações locais a promover atividades comemorativas, permitindo uma junção entre autarquia e forças vivas na realização tendente à respetiva celebração. O que deverá querer dizer, igualmente, que tal como ali, também a Longra deverá receber obras que venham a deixar uma marca deste tempo, desde a tal escola que continua a faltar, até mais qualquer coisa do muito que tarda em ser feito. Para que igualmente se possa assinalar. Enquanto por ora tende que seja devidamente mostrado, na prática. De nada servindo haver intenções, se não houver evidências. Como diria um filósofo que queria envelhecer amando alguém que lhe era querido, mas não queria morrer sem lho dizer e demonstrar…! 

Armando Pinto