Espaço de atividade literária pública e memória cronista

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

“Coisas” de estimação memorável do sentimento de Longra – Rande

Tudo passa, tudo passará, como diz uma velha cantiga, mas não passa o verdadeiro sentimento do que faz que a vida ainda tenha sentido. Podendo dizer-se que felizes serão os que têm raízes, pois sem princípios de seiva de estirpe morre a natureza da vida. Podendo esses princípios originais brotarem de pés diversificados, incluindo no caso telúrico a afeição ao que identifica e representa uma coletividade, no caso da terra natal ou afetiva. Tal o que se passou em tempos com a existência do antigo Futebol Clube da Longra, derivado de anteriores experiências e concretizado em 1969, cuja duração teve pilhas humanas até aos finais dos anos 90, mais precisamente por volta de 1997.

Obviamente que hoje em dia será mais difícil a reedição dessa e outras antigas existências, nomeadamente porque devido à infeliz criação da incompreensível união de freguesias houve generalizada perda de interesse por assuntos coletivos e praticamente deixou de haver apelos de sentimentos bairristas. Ficando assim a memória, para quem tem memória, ao menos. De modo que havendo memorização poderá um dia, quem sabe, ressuscitar o antigo apego ao que é da própria terra.

Como tal, como lembrança pessoal, ao correr dos olhos pelas “coisas” de estimação, recorda-se algo que relaciona os sentidos com o antigo Futebol Clube da Longra, desde a flâmula que, em jeito de pequeno galhardete, representava o clubismo local, mais uma camisola ainda guardada do clube e um diploma que remete memórias a uma organização da coletividade, dum sábado com asas de vento…

Armando Pinto

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