Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 6 de julho de 2024

Livro “Histórias da Nossa Família – nos meus 70 anos!” (oferta à família de casa no dia de meu aniversário natalício)

 

06 DE JULHO DE 2024

Armando Pinto

Histórias da Nossa Família

– nos meus 70 anos!

 

 (Capa - 2 fotos)

 

(verso da capa – foto)

 

(nova página  – foto)

 

= Edição particular do autor, com tiragem restrita de 10 exemplares.

 

 Livro de oferta aniversária familiar.

(foto)

= 2024 =

  

(foto)

 

À minha Família, esposa, filhos e netos:

- Dedico e ofereço este livro, na ocasião comemorativa dos meus 70 anos, a 6 de julho de 2024.

Armando

 

(Início)

 

Histórias da Nossa Família

= Nos meus 70 anos !

(foto)

Por trás de cada um há uma história e histórias sucessivas, de ligação familiar. Quer no sentido mais geral, como essencialmente no caso particular. O poeta Fernando Pessoa escreveu um dia que a Pátria é a língua portuguesa. Ora a Pátria, nação em que nascemos, revendo-nos nos seus e nossos símbolos nacionais, tem em conjunto representatividade na conjugação figurativa da sensibilidade identitária, falando nós por assim dizer a mesma língua, bem como tendo um passado histórico de unidade coletiva. E tal como o sentido pátrio configura a identidade e ligação umbilical terrena, como nação ou lugar com que nos identificamos, também sintetiza a família a que pertencemos. Quão somos portugueses de nacionalidade e pessoalmente da nossa família. Tal qual no caso particular de família há o natural elo a todo um passado que teve influência e fez resultar a realidade chegada a nossos dias, no brotar da natureza saída das raízes de outrora.

Vem assim ao caso correspondente uma cogitação sobre a existência familiar, perante histórias que deram razão de ser à nossa família. Como ficou famosa filosoficamente a questão do ser ou não ser, transpondo-se ao tema, nas nossas histórias, quão felizmente acabou por ser, foi e é – eis a questão. 

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Concedendo-nos a vida instantes mais marcantes no tempo, especiais foram alguns e muitos, afinal: - Quando, jovem ainda, senti a certeza que tinha namorada, por exemplo, num efeito que volvidos anos levou a ter sentido bem que tinha um filho e anos depois uma filha, bem como sucessivamente fui tendo meus netos. Como na verdade fui mais do que antes pensava ir ser e agora sinto que valeu a pena tudo, enquanto sinto o coração a bater por todos os meus, pela minha família, pela minha vida. Estando meus sonhos em todos. Desejando que vençam na corrida da vida. Numa existência em que eu afinal tive participação a dar o sinal do começo. Porque a nossa vida teve o percurso que foi possível e ainda bem que teve.

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Se tivesse sido diferente em quaisquer dos passos no passado acontecido, não seríamos nós os que agora somos família, assim como somos. Por isso lembrei-me de fazer um exercício de memória escrita, sobre isso. Recuando a outros tempos. Tal como em criança ao ouvir no rádio da oficina da bobinagem de meu pai certas músicas, essas melodias me entravam pelos ouvidos e iam ficando na gravação da cabeça. Coisas que ouvia no rádio de meu pai, mas também noutros lados, porque à época na Longra havia um rádio em qualquer loja ou nos vários estabelecimentos existentes e espalhados, para se ouvir notícias, relatos de futebol e de hóquei, radionovelas e cantigas, pois com música, saída desses aparelhos, o tempo passava melhor. Então soava-me bem aos ouvidos certas melodias, ainda que só pela música, e quando em línguas estrangeiras mesmo sem entender nada. Ora, passado muito tempo, quando calha de ouvir alguma dessas músicas, de tempos antigos, a recordação me transporta a tempos de menino. Assim como na nossa história, composta de várias histórias, ficaram resquícios que dão para gravar a nossa unidade familiar.

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Em pequeno, não sei por quê, lembro-me de minha mãe dizer que eu dizia querer ir ser padre. Lembro-me sim de com outros amigos que andavam por minha casa, ter havido dias em que organizava umas procissões, com umas gaiolas de pássaros a fazer de andores, e tendo uns paus entre os arames e com aquilo aos ombros andávamos por onde calhasse da casa. Como mais tarde, já rapazinho de escola, calhou ter feito uma procissão pública, mas essa mais por a minha tua Mília e seu homem, meu tio Zé (da Costa Moreira), me terem levado a isso, como aliás conto numa das historiazinhas do meu livro “Sorrisos de Pensamento”. E o certo é que com isso enraizado na cabeça acabei por ir parar ao Seminário. Porque no ano em que fiz a minha Comunhão Solene, em 1964, como ao tempo havia em género de preparação uma semana de missões populares, e então veio fazer as pregações um frade dos Capuchinhos, esse padre pregador franciscano acabou por entusiasmar alguns jovens, tendo um desses ido logo para o Seminário, o meu primo Rosário, porque já tinha concluído a 4ª Classe da Escola Primária, nesse ano, enquanto outro desistiu antes de ir; e passado um ano, quando fiz a 4ª Classe fui eu, também. Tal qual como um ano depois, de mim, foi o Fernando, meu irmão.

Fui então ao Seminário fazer um estágio de avaliação no verão e, admitido, entrei em setembro de 1965. No dia seguinte ao Porto ter ganho ao Benfica por 2-0, nas Antas, tendo ouvido o relato do jogo sentado junto à cama da minha avozinha Júlia, no rádio da sua mesinha de cabeceira.

Havendo eu entretanto deixado a Cruzada das Crianças de Rande, onde andávamos durante a catequese, e passado a incorporar a Liga Eucarística dos Homens.

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Então depois, no Seminário, em Gondomar, andei uns anos ainda, poucos mas demasiados. Embora em Gondomar nem conseguisse ter visto jogos do Felgueiras, quando o Futebol Clube de Felgueiras lá foi jogar, com o Gondomar Sport Clube, andando os dois clubes de futebol nesse tempo na 2.ª Divisão Distrital, porque não me foi permitido sair lá da quinta murada do Seminário, onde era um dos muitos estudantes internos desse Seminário Seráfico dos Capuchinhos. Acabando daí a tempos por sair, de vez, depois de ainda ter passado pelo Seminário da mesma Ordem no Porto, no Amial, onde ainda consegui por vezes escapar-me para ir às Antas ver jogos do FC Porto. Entre situações que não vêm ao caso, ou até virão porque tudo ajudou a ter saído e passar a estudar como externo, no ensino liceal, inicialmente no Externato de Lousada e depois no Colégio de Vila Meã, até ter conseguido concluir o Curso Geral dos Liceus. Ou seja, com isto dizendo: Se tivesse continuado no Seminário e eventualmente seguisse a carreira canónica, enfim se tivesse sido padre ou frade, simplesmente, não teria mais tarde casado e tido filhos, em suma constituído família, a nossa família.

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No Seminário era tudo em modo de tropa, até na comida que era muito má, com regras rígidas, horários, programação, estando-se lá dentro entre os muros da quinta onde tudo se passava fora do mundo. Salvando-se o ensino, que era bom. Juntando ainda de fraco gosto a realidade da maioria dos padres de lá serem adeptos dos clubes desportivos de Lisboa, num contágio que iam passando a muitos dos estudantes sem noções de quase nada, dizendo-se que eram dos que pensavam que o futebol se jogava de chancas. Com tais ocorrências, pode dizer-se ainda que o gosto pelo desporto acabou por ter certas interferências no que adveio, afinal, pelos resultados verificados, no decurso da vida resultante. Porque tudo tem um norte na bússola da vida.

Ora, com o que estava habituado dentro do ambiente de seminarista, quando passei a ser estudante externo foi um choque. Nada que se parecesse com o antes, passou a ser o depois. Mesmo na convivência e sobretudo ambientação. Mas depressa fui acertando o passo e continuei. Enquanto a guerra dos livros de estudo foi indo, dentro do possível. Sempre gostando muito de algumas disciplinas, como História, Português, Geografia, ah e Desenho, mas detestando matemática e línguas estrangeiras. E depois ainda fiquei uns tempos largos à espera de emprego, por se ter intrometido a idade militar, como se dizia de ir para a tropa.

Entremeando por tudo isso, outro facto teve preponderância: o caso de, ao correr de 1973, haver passado a ter namorada e termos ambos gostado um do outro.

Entretanto, em 1974 aconteceu o 25 de abril, movimento militar dos Capitães de Abril, que fez o histórico golpe de Estado que acabou com a ditadura do Estado Novo de Salazar e Caetano, mais seus apaniguados. Que veio a fazer com que acabasse a guerra colonial nas antigas colónias ultramarinas da África portuguesa (que durava desde 1961). Se não tivesse acontecido o 25 de Abril, então, eu teria por certo ido para a tropa e depois como militar seguiria para lá, para a Guerra Colonial na África dita portuguesa, mobilizado para combater e sabe-se lá se regressaria…

Com efeito, o 25 de abril de 1974 ficou na lembrança pessoal e coletiva. E teve repercussão futura. Estando ainda na retina da memória, por toda a envolvência associada.

O dia 25 de Abril em 1974 nasceu de sol aberto no concelho de Felgueiras, assim como pelo resto do País, conforme se viu pela televisão. Estava uma manhã radiosa quando comecei a perceber que alguma coisa se passava por Lisboa, pelas notícias entretanto chegadas. Mas cá na região de Felgueiras, por quanto me lembro, nada de especial sobressaía. Era um dia normal. Daí que só dias depois tenha havido algo diferente, com uma manifestação pública, de apoio ao Movimento das Forças Armadas. A primeira manifestação pública e livre de que há memória em Felgueiras.

Quando se deu o 25 de abril, a meio dessa semana de tempo primaveril, mesmo, fui apanhado de surpresa quando, ao chegar ao café da Longra pela manhã, ouvi que havia uma revolução. Eu nesse tempo estava à espera de ir para a tropa. Havia em janeiro anterior ido à inspeção e tendo ficado apurado para o serviço militar, fiquei em espera de incorporação para o exército, ou seja de ser chamado, como se dizia. E, por via disso, com o curso dos liceus mas em idade militar, estava sem conseguir emprego, pensando que mais mês, menos mês, lá iria para um quartel e depois para a guerra. Mas, afinal, com o 25 de abril já não fui… e, depois, após oficialização de passagem à reserva, já consegui emprego.

Ora, voltando atrás, no dia, propriamente, no 25 de abril de 1974, como nos emissores de rádio e televisão só davam músicas de marchas militares, ao início da tarde fui até à então vila de Felgueiras, para no Café Albano (Jardim) ouvir quem saberia melhor qualquer coisa, pois ali se costumavam juntar alguns senhores em tertúlias que até metiam assuntos políticos. Alguns dos quais entretanto, como também não sabiam ainda grande coisa, foram até ao monte de Santa Quitéria para lá no alto captarem melhor algo de emissoras estrangeiras. Depois disso tudo, ao chegar a casa mais para o final da tarde, já ouvi alguns comunicados radiofónicos do MFA e pela noite dentro chegou a ocasião de ver na televisão a comissão da Junta de Salvação Nacional. No dia seguinte os jornais esgotaram e por isso apenas pude ler no café o diário que lá estava, na sexta-feira; e no sábado seguinte devorei as páginas do jornal nas reportagens sobre o 25 de abril, mais a mais porque já eram referidos os irmãos João e Francisco Sarmento Pimentel, da casa da Torre, como exilados políticos que em breve regressariam a Portugal. Dias depois ainda dei uma vista de olhos por um dos jornais de Felgueiras, mas sem conseguir ficar com ele. O resto é História.

Nesse sábado seguinte ao 25 de abril, ou seja no dia 27, fui até Felgueiras com a minha namorada, sendo que ao tempo as manhãs dos sábados eram ocasiões de muita gente ir passear à vila, como se dizia, aproveitando para fazer compras e conviver. E então, pelas conversas com quem nos deparamos, apercebi-me que pouca gente ainda estava ciente do que tinha verdadeiramente acontecido, fruto de ninguém até então saber nada de política, por assim dizer. Daí que, entretanto, valeu o resultado de conversas entre algumas tertúlias de gente sociável e estudantes, sobretudo, para depois ter havido uma crescente ideia da manifestação que acabou por ir para a rua, dias depois. Ora, tendo o dia 25 de Abril de 1974 sido na última quinta-feira do mês, depois na terça-feira seguinte, dia 30, houve então a histórica manifestação em Felgueiras, na véspera do então já proclamado oficialmente feriado nacional do Dia do Trabalhador, que veio a ser o efusivo 1.º de Maio em Portugal. Sendo da manifestação a memória que perdura mais. Além das memórias pessoais, naturalmente.

Seguiram-se tempos de entusiasmo pelas situações político-partidárias e todo o manifesto mediático que adveio, incluindo momentos engraçados e entusiásticos, até começar a sentir-se a noção mais terra a terra da política e resultar certo desinteresse, na sensação da realidade.

De permeio, resolvida a situação social, com a entrada no primeiro e único emprego profissional que tive, tudo mais foi evoluindo, com a experiência adquirida no percurso vivenciado. Culminando no que se vive, presentemente e enquanto pulsar o sentimento e a vida.

*****

Chegado este dia, de perfazer 70 anos de vida, passa-se a escrito e a imagens permanentes algo relacionado. Neste dia que quando era criança e jovenzinho muito gostava de passar e agora gosto de modo diferente, já mais por saber que ainda posso contar com afeto acrescido. Desde que me lembro e sinto. Sendo o dia de fazer anos mesmo um dia especial, como sei, em que a minha mãe muito gostava de me ver contente, tanto que, era eu de tenra idade e tal festejo não era ainda muito usual em gente comum, ela me festejou os anos com bolo e velas na primeira vez que tal aconteceu em nossa casa, no meu 6.º aniversário. Coisa que, passados já tantos anos, depois disso até agora, ainda tenho nos olhos da minha recordação terna lembrança desses tempos. Como pela vida adiante e sempre tenho ainda comigo, revendo os seus olhos nos meus. Quão, nos sentidos da vista, tenho do seu colo, comigo e com meu pai ao nosso lado…

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Não havia então máquina fotográfica em mãos de ninguém da família, há algumas décadas, sendo por isso raras as fotografias existentes da nossa prole pelos idos anos cinquentas e até mais, ainda à entrada dos idílicos tempos de sessenta… Porém captei na retina da memória e não mais me esquece da primeira vez, que me lembro, nessa tal ocasião, de me ter sido festejado o aniversário natalício, com festa de anos simples mas bonita, quando fiz seis anitos. Algo que à época não era até muito acotiado e que em nossa casa também não tinha acontecido entretanto, apesar de antes haver cinco filhos mais velhos, e a seguir a mim ainda um mais novo. Saltando-me à vista, como que vendo ainda, toda a alegria da minha mãe quando, na tarde desse dia, num quente início desse Estio, me pegou pela mão e me fez a surpresa de irmos buscar um bolo feito por pessoas amigas (na Casa da Quinta, onde fomos e passamos a tarde enquanto lá o bolo era feito, entremeado com muita conversa entre as meninas, como lhes chamávamos, da casa, amigas de meus pais, que como tal ofereceram a confeção do bolo). Onde foram colocadas seis velas, pequeninas, e de cor azul como eu disse logo que queria. Doce aparato que à noite foi um encanto aos meus sentidos, em roda familiar. Como sempre foi depois, na sucessão dos anos, até passar a ter a minha esposa e filhos e agora os netos. Tendo sempre também os meus pais presentes em mim, com o sorriso de minha mãe a dizer-me que valeu a pena ser heroína naquele longínquo dia de inícios de Julho, já lá vão uns anos bons. Tendo à minha volta, na roda familiar, quem de mim gosta e de quem eu tanto gosto, no gosto doce do amor.

Marcado está pois esse tempo, vindo isso tudo de um tempo, segundo valorizamos, em que o saber, os modos de fazer, os costumes, tudo o que tem a ver com tradição e valores do espírito, se transmitiam de geração em geração. O passado, qual candeia que seguia à frente dos caminhantes em noites de breu, iluminava o presente e apelava a um avançar na manutenção da mesma direção. Ao invés do que por vezes vai acontecendo, quando avançar já tem mais de inovar. Num futuro que, de qualquer maneira, formata o presente, à medida da evolução do caminho da vida.

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Um ano houve, passados alguns, cuja ocasião ficou também marcada, quão foi em 1965 o caso do aniversário ter sido festejado no dia seguinte à prova oral do exame da 4ª Classe; depois de anteriormente ter decorrido no dia 1 a aprova escrita. Havendo na véspera ido fazer esse exame final, tendo então ficado aprovado e assim concluído o ensino escolar primário.

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Minha família em 1969. Tinha eu (em 1º plano, à esquerda), então 15 anos.

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( 2 fotos ao início da página)

Ao invés de comemorações usuais, em casa, durante anos à mesa com pais e irmãos, normalmente a seguir ao jantar, também houve alguns aniversários comemorados em modo diverso, conforme no dia de perfazer 21 anos foi com a então ainda e sempre namorada, num piquenique no parque florestal de Vizela, junto com as também ainda futuras cunhadas e cunhados, então todos solteiros. Como mais tarde, quando casados, passou a ser em nossa casa e com familiares, em anos para recordar.

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Como era eu normalmente que “tirava” as fotografias, fazendo de fotógrafo da casa, como os filhos eram ainda crianças e então nem pegavam na máquina fotográfica, por esses tempos nas fotos que foram sendo captadas obviamente eu não fiquei nas imagens, além que as próprias máquinas eram pequenas e algo fraquitas. Mas de qualquer forma foram ficando registados os momentos possíveis.

  (2 fotos)

Muito mais tarde, já como avô, também um aniversário marcante foi em 2013 quando durante o dia do 59.º aniversário fomos ao Porto fazer de manhã uma visita ao estádio do Dragão, no “tour” oficial que de tarde teve continuação com percurso turístico pela cidade. Existia apenas ainda o primeiro neto, Gonçalo, e desse dia ficou a assinalar o facto, ente tudo mais, uma foto de família dentro do estádio e em pleno relvado do Dragão.

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Anos depois, entre os diversos passeios de família que se costumam fazer no dia do aniversário em apreço, foi deveras interessante e marcante a ida à Casa de Camilo, a antiga habitação de Camilo Castelo Branco, o meu escritor predileto. Ainda se estava dentro do período de cautelas derivadas à pandemia Covid, daí que se usavam as máscaras, como ficou nas imagens fotografadas, da respetiva recordação.

Porém, como em tudo na vida, também houve aniversários comemorados de modo diferente, conforme lembra quando o aniversário foi comemorado em casa do Fernando, em Alfândega da Fé, para onde fomos logo pela manhã desse sábado propositadamente, de modo a festejar com ele esses meus anos de 2019, devido ao seu estado de saúde, cuja doença que o mirrava levaria pouco tempo depois ao seu falecimento. Mas assim passei ainda com ele o meu último aniversário com ele vivo.

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Então, depois disso, nesse mesmo dia viemos ainda festejar “os anos” também em casa, ao fim do dia, assinalando também em nossa casa o apagar das velas, em modo mais consentâneo à imaginação dos netos.

Estavam ao tempo ainda presentes apenas 3 netos, como antes estiveram um e dois, conforme foi sendo acrescentada a família, até estarem os quatro netos, em volta do avô e família. Nesses dias de festejar o dia do nascimento, afinal, do começo da família.

Com exceções pontuais, tem sido felizmente tal facto dias de família. Tendo entre os casos diferentes também se intrometido a pandemia do Coronavírus, levando a que em 2020 não tivesse sido possível juntar a família pelas restrições sociais que vigoraram nesse tempo “Covid” de uso de máscaras de proteção na cara e confinamento. Mas logo que foi possível uma aberta, houve retoma e cá estamos.

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Enquanto isso tudo e entretanto os anos decorreram e foram passando, assinalados anualmente a apagar as velas, como mais popularmente se diz, soprando nas chamas das velas sobre o bolo de cada aniversário. Em sopros de vida. Como por estas recordações fica a cintilar nas velas acesas da ocasião, que se dão a soprar a todos por esta via. E sopram em uníssono através da descrição escrita e extensiva sequência das imagens cronológicas, de alusivos momentos familiares. 

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Como as imagens valem por muitas palavras, continua a narrativa seguidamente em modo visual. Quais sopros em fotografias!

(sequência de 28 fotos)

 

2024

Armando Pinto


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Bibliografia DO AUTOR

Obras publicadas:

- Livro (volume monográfico) «Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras»; publicado em Novembro de 1997. Edição patrocinada pelo Semanário de Felgueiras.

- Livro «Associação Casa do Povo da Longra – 60 Anos ao Serviço do Povo» (alusivo ao respetivo sexagenário, contendo a História da instituição – Abril de 1999).

- Livro (de contos realistas) «Sorrisos de Pensamento» – Colectânea de Lembranças Dispersas; publicado em Outubro de 2001. Edição do autor.

- Livro (alusivo da) «Elevação da Longra a Vila» - Julho de 2003. Edição do autor.

- Livro (cronista do) «Monumento do Nicho Nas Mais-Valias de Rande» – Dezembro de 2003 (oferecido à Comissão Fabriqueira paroquial, destinando receita a reverter para obras na igreja). Edição do autor.

- Livro «Padre Luís Rodrigues: Uma Vida de Prece Melodiosa» – Na passagem de 25 anos de seu falecimento; publicado em Novembro de 2004. Edição do autor.

- Livro «S. Jorge de Várzea-História e Devoção», publicado em Abril de 2006. Edição da Paróquia de Várzea.

- Livro «Futebol de Felgueiras – Nas Fintas do Tempo» (sobre Relance Histórico do F. C. Felgueiras e Panorâmica Memorial do Futebol Concelhio, mais Primeiros Passos e Êxitos do Clube Académico de Felgueiras) – pub. Setembro de 2007. Edição do autor.

- Livro “Destino de Menino” – dedicado ao 1º neto – Dezembro de 2012, em edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente.

- Livro “Luís Gonçalves: Amanuense – Engenheiro da Casa das Torres”, patrocinado pela fábrica IMO da Longra – biografia de homenagem ao Arquiteto do palacete das Torres, de Felgueiras – Janeiro de 2014.

- Livro “História de Coração” – dedicado ao 2º neto – Novembro de 2015, em edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente.

- Livro “Torrente Escrita – em Contagem Pessoal”, ao género autobiográfico – Dezembro de 2016 – edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente (apenas para partilha familiar).

- Livro “História dum Brinquedo que não se pode estragar”, dedicado ao 3º neto – em Fevereiro de 2019, edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente.

- Livro “Luís de Sousa Gonçalves O SENHOR SOUSA DA IMO” – Patrocinado pelo IESF-Instituto de Estudos Superiores de Fafe – biografia de homenagem ao fundador da Fábrica IMO da Longra – Novembro de 2019.

- Livro “Ciclistas de Felgueiras” – sobre os homens do ciclismo português naturais de Felgueiras que andaram na Volta a Portugal e provas importantes – publicado pela editora Bubock Publishing S.L. Janeiro de 2020.

- Livro “Um tal Covid na história familiar… num sorriso de vida”, dedicado ao 4.º neto, em Dezembro de 2022, edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente.

- Livro “50 ANOS DE NAMORO! – Primavera / Verão de 1973 a 2023”, dedicado à esposa, em edição restrita apenas para a família. Abril de 2023.

- Livro “Tomás Gonçalo: Em passeio no tempo afetivo”, dedicado ao sobrinho especial Tomás… em edição restrita também para distribuição familiar. Abril de 2024.

 (Mais este, “Histórias da Nossa Família”, de Julho de 2024. Além da autoria de anteriores livros oficiais alusivos a realizações de eventos locais, entretanto também publicados.)

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(contra-capa – 2 fotos)


Um comentário:

  1. Boa tarde srº Armando Pinto
    Sabendo que fez 70 anos e por o acompanhar no que escreve na Weeb blogosfera, nos jornais, sobretudo nos livros, quero transmitir-lhe agradecimento admirador. O Armando Pinto é um tratado. Não inventa, é simplesmente o que é, único e genuíno. Seja do que for que escreve, sobre a Longra e Rande, Felgueiras, Futebol Clube do Porto e sua família e amigos, pessoas que admira e heróis do desporto ou da sua terra, histórias locais, usos e costumes, é sempre alguém que nunca quer enganar com aquilo que não é, por sempre preferir ser próprio, verdadeiro. Um grande escritor e historiador.
    A. Medeiros

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