Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Artigo no SF sobre um Livro Especial…


Ainda dentro da sensibilidade da quadra natalícia de fresca memória (e para enquadramento, a quem não foi contemplado, na particularidade do caso), escrevemos para o Semanário de Felgueiras, na habitual crónica, desta vez, sobre um livro particular, como fica explanado no próprio artigo. Do qual, publicado no número desta semana do Semanário de Felgueiras, para aqui transpomos recorte da respetiva coluna incluída na página 12 da edição impressa do SF desta sexta-feira 11 de Janeiro.

(Clicar sobre este recorte digitalizado, para ampliar e ler) 

Do mesmo, para mais fácil leitura, colocamos o texto revertido conforme o original datilografado: 

Um Livro particular… 

Tal como reconheciam Camões, Camilo e Fernando Pessoa, entre grandes escritores e poetas clássicos que moldaram a escrita portuguesa, a nossa Língua é uma das principais bases de união dos que são e sobretudo se sentem portugueses. Sendo assim uma fonte da vida, como algo interligado, pois toda a vida, quão proclamava o Padre António Vieira num dos seus célebres sermões, não é mais que uma união - tal se for de pedras estas formam uma construção, enquanto de tábuas podem formar um navio e de homens até um exército, ao passo que no ser humano a junção de corpo e alma forma o corpo e sem essa vida de união passa a cadáver. 

Com a transformação que vem acontecendo ultimamente, na junção à crise de valores manifestada das mais variadas formas, a linguagem portuguesa passa atualmente por uma fase inovadora, através das mudanças verificadas perante o recente acordo ortográfico oficialmente imposto. O que nem admira, estando-se em tempos de impostos… derivados das sobrecargas políticas legisladas; e em tempo de poupanças… porque assim, agora, a nova ortografia reduz espaço, com a retirada de letras não lidas, para economia de escrita e consequente paginação. Porém, apesar de tudo continua, a língua portuguesa, como uma das principais identidades da Pátria. 

Melhor ou pior, é assim, então, em português que naturalmente nos expressamos. E numa destas formas de expressão, em português escrito, quisemos fazer um presente de Natal diferente, na ocasião das prendas natalícias, por meio duma singela publicação editada a nível privado. De cuja existência damos conta, aqui e agora, apenas para não deixar de água na boca quem teve conhecimento mas não chegou a poder ter em mãos esse livrinho, com que aumentamos nossa autoria bibliográfica. 

Com efeito, na quadra do Natal de 2012 a prenda mais terna oferecida pelo autor destas linhas foi um livro. Um livro específico, em forma narrativa de estilo romântico-realista, ao género de conto personalizado, com uma dedicatória especial. Numa junção de folhas, somando 24 páginas (incluindo sequência de fotos constantes na paginação), cuja materialização teve simplesmente uma edição reduzida, sendo de distribuição restrita como “Presente de Natal” oferecido ao meu neto e partilhado com escasso número de pessoas presentes na distribuição efetuada à beira do presépio familiar, como edição particular. Qual impressão sempre viva, numa ideia de perpetuar minutos de vida, como quem pinta quadros por letras. Porque as palavras voam, enquanto as letras escritas perduram. Podendo então permanecer, numa energia escrita com júbilo de paz interior. 

Nota: Recorde-se que, devido ao livro não ter sido de acesso público, colocamos o respetivo texto para leitura no nosso blogue (clicar sobre este link seguinte, para aceder), em


© Armando Pinto