Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 30 de dezembro de 2018

Sinais natalícios exteriores na igreja de Rande


Passou já o Natal, estando-se contudo ainda dentro da quadra festiva, antes da chegada da passagem de ano. Mas a tempo de referenciar marcas de expressão relevante  do espírito natalício, sendo que fora de época há maior perceção. Tal como se costuma dizer que antes e depois se apreciam mais as rabanadas e os formigos, pois durante o período natalício há mais atrações e fartura de tudo.

É assim de registar alguns dos sinais natalícios que exteriormente marcaram o tempo de Natal no ambiente externo da igreja paroquial de S. Tiago de Rande. Através da colocação de decoração assinalada por uma estrela na testeira da igreja, e seus raios extensíveis até um dos lados, no adro defronte, mais um presépio de feição peculiar, no exterior (além do tradicional dentro da igreja). Com destaque para o referido presépio do adro lateral, entre a igreja e o campanário, no âmbito da campanha dos presépios da Diocese do Porto e da Vigararia de Felgueiras.


Disso, registamos tudo em algumas imagens, que se anexam em legado à posteridade memorial.


Armando Pinto
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sábado, 29 de dezembro de 2018

Uma recordação melodiosa - A propósito de lembranças... Canção d' A Moleirinha (cantada por Maria de Lurdes Resende, pelos anos 60's)



Com o ano a caminhar para o fim, vem alguma nostalgia pelo tempo que corre tão depressa, ao longo de mais uns passos da caminhada da vida. Sendo época de alguns laivos de saudade, mas sobretudo de recordações. De memórias que molham os olhos do pensamento. Calhando assim, em mais um ano quase ultrapassado, recordar uma canção ouvida na infância. Que em passos largos faz recuar o tempo à lembrança de minha avó. Mas também a meu pai, que muito gostava de ouvir rádio pela manhã, ao acordar, antes de ir trabalhar. E de quanto eu gostava de ouvir, de minha cama, ainda no afago de meio sono, essas músicas saídas do rádio de meu pai. O resto são lembranças pessoais. Uma das quais esta canção, da Moleirinha…

Armando Pinto

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Presépio na Rotunda da Longra, a assinalar a ambiência do Natal



Numa interessante iniciativa, dentro da quadra natalícia e no âmbito dos presépios públicos colocados nas rotundas do concelho de Felgueiras, está exposto na rotunda da Vila da Longra, junto à reta da Arrancada da Longra, um presépio da lavra da Associação de Cicloturismo de Felgueiras. Sendo que a mesma associação felgueirense, criada em 1991, está desde 2004 instalada no edifício da Associação Casa do Povo da Longra, onde tem sua sede, em sala própria oficialmente inaugurada em 2005.

Essa representação monumental da gruta tradicional do presépio está pois desde meio deste mês de Dezembro a ilustrar a devida representatividade, embelezando a rotunda que desde a Vila da Longra dá acesso à via rápida para a cidade de Felgueiras e liga à auto-estrada A11. Com impacto visual – conforme a imagem documenta.

A. P.

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sábado, 15 de dezembro de 2018

Advento natalício caseiro


Aproximando-se na rapidez do tempo a boa nova do Natal, no espírito familiar e comunitário, eis  que chega a entrada da época natalícia também em nossos lares. E, se atualmente volta a haver ideia de construção  de presépios nas casas das famílias, em feliz lembrança da diocese do Porto, na representatividade da Igreja Portucalense, há muito que é feito pelo autor, na linha da tradição familiar.

Assim, mais uma vez, este ano já chegou ao domicílio do autor o ambiente decorativo próprio da quadra. com a construção do presépio natalício, onde o Menino Jesus abre os seus bracitos de aconchego aos netos e restantes membros da família.  

Armando Pinto
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

"Sapatinho Natalício" expresso em (mais um) artigo no Semanário de Felgueiras


Artigo publicado na edição de 14 de dezembro do Semanário de Felgueiras, em cuja versão normal se pode ler na sua página 16. Crónica essa que para aqui se transpõe, como de costume em registo da colaboração do autor ao mesmo jornal felgueirense, com o texto por extenso ladeado por imagem da respetiva coluna.

Sapatinho Natalício

Aí está o Natal quase a chegar, mais uma vez regressado o período natalício de animar semblantes interna e externamente. Acendidas que já estão de novo as luzes coloridas da quadra, depara-se natural envolvimento por encenações comunicantes aos sentimentos relacionados. Num ambiente com certa comunhão a reminiscências do Natal de tempos felizes, como por norma são guardadas nos arcanos da memória as lembranças da infância, e mesmo outras fases marcantes da vida, nas recordações comuns à época.

Tal a ideia mantida dos sonhos chegados ao sapatinho de Natal pela noite da consoada dentro, antigamente por idílica graça do Menino Jesus e posteriormente por mais prosaica obra do Pai Natal. Até à fase em que deixa de se acreditar num Pai Natal socialmente nada convincente, seja qual for a cor e meios com que apareça simbolicamente.

Ligadas então as luzes e instalados cenários das aldeias e praças natais de cada ambiente, paira ainda alguma esperança que pouse no sapatinho comunitário, também, algo que reforce o espirito da quadra, sobretudo por gestos de concretização. Na confiança do encanto que continua nos presentes que possam advir.

Ora, nesse sortilégio, não será demasiado que qualquer ser comum possa sempre aspirar a algo do género, mesmo que mentalmente em figurada ideia. Qual será de no sapatinho felgueirense serem depositadas concretizações dalguns dos anseios comunitários. Mas também alguns desejos mais personalizados. Na extensão da iluminação citadina, normalmente deveras circunscrita ao centro das duas cidades do concelho, quando parece que ainda não é desta vez, pelo que se tem visto, ao tempo destas anotações, que (não) chega qualquer estrela cintilante ou outra peça decorativa de iluminação ao centro histórico duma das vilas, por exemplo. Acontecendo aí até só aparecer decoração iluminada em frente dum edifício, a dar ideia de ser por iniciativa privada e não de feição oficial, senão não se entende tal.

Enquanto isso, no sapatinho junto à lareira, deixado para as prendas, a comemoração espiritual celebrará outros desejos, para que algo fortaleça a segurança anímica. Quantas vezes terá vindo à mente possíveis ocorrências, no pensamento que será de prever tudo e qualquer coisa que possa acontecer. E disso o que possa ser feito. Porque pontes e locais problemáticos não há só noutras regiões e a necessária revisão deve ser tomada em conta, pois por cá também há pontos de passagens para outras margens e mesmo estrangulamentos de confluências de vias terrestres. Assim como passeios onde as pessoas não podem passar, por servirem de estacionamentos que até vão destruindo as guias das bermas ainda em obras inacabadas. Neste acidentado ambiente, cuja paisagem lembra colinas da figuração dos presépios também próprios da festividade. Sendo que o presépio de Natal se revela um símbolo, transfigurado no espírito afetivo como “lugar de encontro entre todos e por todos os meios possíveis”.

Simbologia que, por outro lado de visão, além dos pratos e doces tradicionais, para a afetividade felgueirense lembra o pão de ló que não costuma faltar nas mesas da consoada, mas falta ainda em expressão pública. Podendo ser um outro desejo que venha a calhar para o sapatinho comunitário, de finalmente passar a haver em Felgueiras formas simbólicas, quais alusões como da histórica rosca, nalgum dos espaços apropriados de acesso, em modos de representatividade geral.

É pois este tempo de celebrações do Natal. Época em que aparecem à cena também espetáculos e filmes a preencher espaços de lazer. E, pelo que a magia natalícia representa, tudo se entende no significado de sonhos e grandezas aos olhos das crianças; que mais não são, afinal, que uma representação do mundo dos adultos.

ARMANDO PINTO
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Notícia duma festa de outros tempos… em Rande


Já vem de longe a máxima afirmativa que ler jornais é saber mais. Quão, com efeito, se pode ficar ainda a saber algo mais de coisas caídas no esquecimento, quais antigas existências desaparecidas e hoje desconhecidas das gerações atuais.

Assim, entre exemplos vários, em pesquisas por jornais de outras épocas, depara-se por exemplo uma curiosidade relacionada com o tempo de Advento em eras passadas, já também de Natal à vista, noticiando uma festa que pelos idos anos finais da década de trinta ainda se celebrava na igreja paroquial de Rande.

Ora, por notícia publicada na edição do jornal Notícias de Felgueiras de 26 de Dezembro de 1939, fica-se a saber que no dia 10 de Dezembro desse ano (portanto dois dias após o Dia Santo de 8 de Dezembro, dedicado a Nossa Senhora da Conceição, que antigamente era dedicado a assinalar o Dia das Mães), de seguida teve então lugar uma festa em honra do Sagrado Coração de Jesus, plena de brilho religioso e importância comunitária, conforme o respetivo articulista à época descrevia.

Recorde-se que em 1939 era pároco de S. Tiago de Rande o Padre Alberto (muito lembrado durante largos anos adiante pela geração de nossos pais), como era popularmente conhecido o Padre Alberto Brito, de nome completo Alberto do Nascimento Costa Brito. Padre Alberto que esteve na paróquia de Rande em grande parte da década dos anos trintas, do século XX, e mais tarde foi destacado elemento do clero da cidade do Porto, tendo pertencido a grupos de sacerdotes que apoiaram D. António Ferreira Gomes durante a sua ausência forçada da diocese (pelo seu exílio no estrangeiro, ditado por Salazar, por motivos da política do Estado Novo). Ligação essa que teve ligação à visita que o Padre João de Rande, entre finais dos anos cinquentas e na década dos anos sessentas, também fez ao exilado Bispo do Porto, indo em comitiva de padres da diocese portucalense que se deslocavam a Espanha confortar o seu Bispo.

Situando agora a ocorrência de 1939 e porque melhor que mais palavras será deitar os olhos pela referida notícia, anexa-se imagem da mesma, tal qual ficou impressa a pequena crónica do colaborador de imprensa concelhia que enviava “Notícias da Longra” como correspondente assinalado por S.

Atente-se então nessa curiosidade, que agora aqui se recorda, através de recorte dessa mesma notícia (dividida em dois recortes, para melhor leitura).


 Armando Pinto
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Musgo para o Presépio Familiar do Natal / 2018


Raiando uma alvazelha no tempo de início de Dezembro, com um dia de tarde soalheira, após dias intermitentes de chuva, foi esta quarta-feira a ocasião propícia para ir ao musgo, em vista à construção do tradicional presépio cá de casa.

Assim, já ficou a secar o musgo, que dentro de dias irá cobrir a lapinha de Belém costumeira na anual decoração do ambiente na época natalícia, tal como em tempos com entusiasmo perante o pensamento nos filhos… agora também pensando nos netos.

Daqui a dias, como é da tradição, voltará então a haver o presépio cá de casa, na casa-mãe da família do autor destas linhas, na Longra.


Armando Pinto
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