Faleceu o historiador Maurício Antonino Fernandes, autor de alguns
livros sobre história de Felgueiras e muitos de outras localidades, além de
co-autor de volumes de genealogia. Desaparecido do número dos vivos no passado
dia 25, com 93 anos, era natural de Aião-Felgueiras e residia em Oliveira de Azeméis,
onde foi sepultado no dia seguinte.
Não tendo ainda havido referências ao caso em noticiários de
Felgueiras, passados alguns dias do falecimento, a notícia chegou ao conhecimento
aqui do autor deste blogue através de notícias surgidas pelo motor informático de
busca Google, por via de nota do jornal Correio de Azeméis. Sendo que o
Professor Maurício Fernandes era figura da área da zona centro do país, sobretudo
Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Cucujães e arredores, onde lecionou e
sobre cujas terras publicou grande parte da sua obra historiográfica.
Pela referida nota informática, deu assim notícia o “Correio
de Azeméis:
«MAURÍCIO ANTONINO FERNANDES PARTIU AOS 93 ANOS
Correio de Azeméis -25/06/2020
Autor de inúmeras monografias do concelho, nomeadamente de
Ossela, Madail, Macinhata da Seixa e Cesar, Maurício Antonino Fernandes partiu
aos 93 anos. Professor e escritor, Maurício Antonino Fernandes exerceu ainda
funções no pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e foi
diretor da Casa Museu Regional. Encontrava-se, atualmente, a preparar uma
monografia respeitante à freguesia de Loureiro.»
O funeral realizou-se na sexta-feira dia 26, com cerimónias na igreja
matriz de Oliveira de Azeméis.
*****
Natural de Felgueiras, nascido em 1927, a 12 de março, na freguesia de Aião,
foi professor de Filosofia, História e Português. Nas horas livres era
estudioso de história local e genealogia. Publicou mais de 20 obras
histórico-monográficas e foi ainda diretor da Casa-Museu Regional de Oliveira
de Azeméis entre 1984 a 1996. Assim como foi também assessor do Pelouro da
Cultura do Município de Oliveira de Azeméis, de 1982 a 1996 e fundador da
Associação de Defesa e Conhecimento do Património Cultural Oliveirense e da revista UL-VÁRIA. Era ainda sócio da Associação Portuguesa de Genealogia, da Academia
Internacional de Généalogie, da ASBRAP-Associação Brasileira de Pesquisadores de
História e Genealogia, etc.
= Foto de tempos de sua juventude
Sua bibliografia (com anos de publicação entre parênteses):
Co-autor de “Carvalhos de Basto – 10 volumes” (1977-2007),
“Fonsecas Coutinhos de Fonte Arcada” (1983), “Macinhata da Seixa” (1985) e
“Valentes da Silva” (2019).
Autor de “Relações geo-históricas das gentes de Arouca com
as de Oliveira de Azeméis” (1987), “Felgueiras de ontem e de hoje” (1989),
“Pombeiro e o seu fundador” (1991), “S. Nicolau da Feira – Tombo” (1995), “A
Comenda de Oliveira de Azeméis – Património e Comendadores” (1996), “São João
da Madeira – Cidade do Trabalho” (1996), “Património Heráldico Oliveirense”
(1996), “Esteves Rebelo de Amarante” (1999), “Os Magalhães de Heitor de
Magalhães” (2000), “Matrículas da Mitra de Braga (Ordinandos)” (2002), “Silvas
históricos” (2005), “Famílias Genuínas do Porto, os Beliáguas” (2006),
“Ribeiros: Morgados de Torrados e de Idães” (2006), “Os Brandões – Origem e
varonia (938-1688)” (2007), “S. Pedro de Ossela – Memorandum” (2009),
“Carvalhos históricos” (2011), “Família de Mattos” (2012), “Moreiras – Patronos
de Tarouquela” (2013), “A família Cudell em Portugal : ascendência, costados e
descendência” (Vila de Cucujães-2015), “Madaíl, S. Mamede, no passado e no
presente” (2017), “Cesar: pátria de heroismo e de progresso” (2019) e “Moniz
Rebelo”, de Fafe (2019).
Quanto a reedições, há a destacar “Nobiliário de Famílias de
Portugal (com Felgueiras Gayo) -12 vols” (1989-1990), “Pedatura Lusitana (Alão
de Moraes) – 6 vols” (1997/98) e “Gerações de Entre Douro e Minho (M. Sousa da
Silva) – 2 vols” (2000).
= Foto de tempo recente...
Descanse em paz!
(Nota: Fotos da Internet)
Armando Pinto
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