Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 6 de julho de 2013

Evocação Natalícia do Padre Luís Rodrigues


Há muitos anos já que nutríamos admiração, por via conterrânea, pelo Padre Luís de Sousa Rodrigues, desde que soubemos que era um compositor musical natural da minha freguesia de Rande... de ouvirmos falar dele ao pároco que nos batizou e acompanhou pela infância adiante e ainda na juventude, o inesquecível Padre João de Rande; assim como meu pai contava que o conheceu, ao Padre Luís Rodrigues, e se lembrava ainda da sua missa nova e do banquete que seus pais deram, metendo muita gente da paróquia; bem como, especialmente, por ter ouvido a minha saudosa avozinha, Júlia de Jesus Pinto, que ele nascera precisamente na casa onde ela também vivera antes, na Fonte…


Entretanto chegamos a vê-lo, de quando uma vez por outra vinha à igreja de Rande, nomeadamente para celebrar casamentos e outros sacramentos a pessoas de família e amigos de relações mais pessoais, sem no entanto havermos tido oportunidade de contactos pessoais.


...Um dia, também assistimos a um género de concerto que ele levou aos Capuchinhos de Gondomar, por volta de 1967 ou 68, se a memória não nos atraiçoa, e reparamos que ele olhava e sorria muito para o então pequeno ouvinte que fixou bem isso, aqui o autor destas linhas (julgo que alguém o informou da nossa proveniência natal). 

Mais tarde fomos aprofundando estudo sobre sua vida e obra, passando a conhecer o seu currículo e sobretudo a dimensão do seu percurso vivido. Mas não sabíamos antes duma coincidência, quanto à data de seu nascimento, ou seja, de ele fazer anos curiosamente no mesmo dia do aniversário do autor. Naturalmente ele nasceu muitos anos antes, em 1906, vindo em 1954 a dar-se depois a referida coincidência quanto ao dia da chegada ao mundo. Contudo, logo que descobrimos esse acaso, ficamos muito honrados com tal efeméride simultânea.


Ora, passa hoje mais um aniversário do nascimento do Padre Luís de Sousa Rodrigues, entretanto já falecido em 1979, mas a sua memória perdura. A pontos de o lembrarmos neste dia. Sabendo que ele que luziu cá em baixo, há-de lá em cima, no céu, luzir sempre e continuar a velar pelos que estimam os valores que legou à eternidade.



Armando Pinto
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