Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 9 de novembro de 2024

A antiga e famosa (felgueirense) sirene da Metalúrgica da Longra ainda a ecoar no jornal O Louzadense…

 

Perpassa na memória do tempo a aura popular da célebre fábrica grande Metalúrgica da Longra. Como em sua vivência perdura a famosa serventia da sua antiga Sirene, cujo toque era ouvido a longas distâncias e fazia parte dos hábitos costumeiros da região, entre os “toques de pegar e largar o trabalho”. Disso mesmo ainda recentemente fez eco o jornal “O Louzadense”, na transmissão que chega ainda até ao conhecimento do vizinho concelho de Lousada. Conforme se pode ler nas páginas desse jornal cativante de atenções por assuntos nele registados. Quão ressalta até neste caso, a propósito dos toques da sirene da lousadense “Famo”, de ligações históricas à felgueirense “Metalúrgica da Longra” de tempos idos e interligação à famosa sirene que esteve na origem de outras, como no caso da Famo de Lousada (e até da Ferfor da Serrinha, acrescente-se), em cuja sonoridade memoranda brada na memória o seu autor, Joaquim Pinto.

Disso tudo ficou registada uma interessante crónica nesse jornal admirável de temática cultural, que se partilha aqui (repartida em imagens de duas partes, para possibilitar melhor leitura). Agradecendo ao autor da bela peça jornalística, José Carlos Carvalheiras, o conhecimento dado, bem como as palavras dedicadas ao correr da escrita. Enquanto aqui se ilustra o tema com imagens de duas peças de estimação pessoal, como é um molde de bobinagem para material metalúrgico desses tempos, de uso do meu pai; e um metálico cinzeiro antigo com o logotipo da Metalúrgica da Longra…


Armando Pinto

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sábado, 2 de novembro de 2024

Lembrança da biblioteca itinerante da Gulbenkian que parava na Longra…

 

Pelos idos anos da década de 60 e ainda durante algum tempo dos anos 70, foi deveras apreciada a vinda da camioneta dos livros, como chamávamos à carrinha do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Contendo muitos e bons livros em estantes no interior das carrinhas. Cujo serviço havia sido criado em 1958, como biblioteca-circulante, através de diversos veículos preparados para o efeito e espalhados pelo país, na ideia de promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, possibilitando a todos os interessados livre acesso às estantes, empréstimo para leitura domiciliária e gratuitidade do serviço.

Não será necessário explicar ou recordar em pormenor o caso, por ainda estar certamente na memória de toda a gente desses tempos.

Não havendo fotografia desse tempo alusiva ao tema, para ilustração, junta-se uma imagem duma dessas carrinhas, conforme consta de algumas publicações.

Ora um desses veículos, que percorria a região aqui de Felgueiras e terras de concelhos circunvizinhos, passava e parava então na Longra. Primeiro junto à Casa do Povo e depois entre a casa do senhor Castro Africano e a Farmácia Abreu (hoje entre a casa da família do sr. Luís Sousa e a fabrica IMO). Tendo ficado na lembrança essa utilidade e derivadas recordações, desde o condutor, um senhor novo, e o bibliotecário, um senhor idoso, até à praxe de requisitar os livros com a apresentação dum cartão próprio, etc.

Pois disso mesmo ainda tenho o meu cartão. Não o primeiro, que tive ainda no tempo da escola primária, pelo menos aí desde 1961,sensivelmente, quando comecei a aprender a ler, e ia lá buscar livros de bonequinhos, para ver e ir lendo. E depois quando comecei a ler livros de histórias infantis, mais livros sem imagens, posteriormente. Ou seja no tempo da escola primária e depois. Até que mais tarde, quando vinha de férias, estando ausente da terra por via dos estudos, mas regressava para passar temporadas, voltei a ir buscar livros à mesma carrinha, quando parava por cá, sendo desse tempo o meu segundo cartão, passado quando tinha 15 anos. Este aqui partilhado em imagem, estando ainda guardado como recordação pessoal.


Armando Pinto

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