É dos livros, como se costuma dizer, ser Felgueiras a terra capital
do pão de ló, através do afamado Pão de Ló de Margaride fabricado há séculos em
fabricos familiares. Contudo, pelos tempos fora outros géneros de doces foram
passando a ser considerados com esse nome, havendo por isso atualmente outras
terras com outros assim chamados. Atendendo ao facto, chamamos aqui a atenção para um livro
antigo, onde está definido o Pão de Ló de Margaride como sendo o original, e como tal sendo Pão de ló o de Felgueiras –
conforme se pode ver nesse livro datado de 1928, sob título “O DOCE nunca
amargou” e com subtítulos de “ Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário”,
da autoria de Emanuel Ribeiro, mais chancela da Universidade de Coimbra.
Acresce ainda ser no mesmo livro também referido o
tradicional Pão Podre, indicado ali pela sua proveniência originária do Porto, dando outra luz também
sobre esse doce típico que sempre foi muito usual nas romarias da região sousã
e muito acotiado em terras de Felgueiras. Doce este que pelas bandas felgueirenses é
típico com sabor a canela, enquanto noutras regiões, onde ganhou outro nome, é
com limão. Sendo esse bolo de formato retangular e de cor acastanhada, que no
referido livro editado em 1928 pela Universidade de Coimbra não é considerado como biscoito ou outra coisa, mas pelo seu nome de Pão pôdre.
("O Doce Nunca Amargou" foi publicado pela primeira vez em 1923 com o subtítulo «Alguns motivos ornamentais da doçaria portuguesa». E, 1928 a Imprensa da Universidade de Coimbra publicou a segunda edição, ampliada, com o seguinte subtítulo: «Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário». Em cujo conteúdo ficou impresso a assunto em apreço. Este livro, como obra de referência, da autoria do antropólogo, etnógrafo e historiador português Emanuel Ribeiro, nascido em 1884 e falecido em 1972, foi mais tarde reeditado em 1997 e ainda mais recentemente teve uma nova edição em 2016.)
("O Doce Nunca Amargou" foi publicado pela primeira vez em 1923 com o subtítulo «Alguns motivos ornamentais da doçaria portuguesa». E, 1928 a Imprensa da Universidade de Coimbra publicou a segunda edição, ampliada, com o seguinte subtítulo: «Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário». Em cujo conteúdo ficou impresso a assunto em apreço. Este livro, como obra de referência, da autoria do antropólogo, etnógrafo e historiador português Emanuel Ribeiro, nascido em 1884 e falecido em 1972, foi mais tarde reeditado em 1997 e ainda mais recentemente teve uma nova edição em 2016.)
Armando Pinto
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