24 de junho é dia de São João, o segundo dos três santos
populares. Chegando a vez das muitas terras portuguesas onde é festejado o santo
popular que batizou Cristo, mas que na tradição popular ficou associado às
atenções das raparigas solteiras e outras curiosidades da ficção memoranda. Cuja
festividade atinge ponto mais alto na noite sanjoanina do Porto, de cariz
popular espontâneo e algo mágico, como é sabido, além do mais folclórico São João de
Braga e outros ainda. Enquanto na tradição histórica o dia 24, deste mês de entrada do verão, é também o dia 1º
de Portugal, como até é assinalado em Guimarães sobre a data atribuída à
batalha de São Mamede, de que resultou a independência do reino de Portugal.
Então, na batalha de São Mamede defrontam-se um exército do
conde Fernão Peres de Trava, fidalgo galego partidário e chefe do governo provisório de D. Teresa,
contra um grupo armado dos barões portucalenses. Estes últimos ao vencerem passaram
o governo do condado portucalense ao príncipe herdeiro D. Afonso. Tal
intervenção dos barões portucalenses, liderada pelos senhores de Sousa e de
Ribadouro (entre os quais estiveram os condes Soeiro Mendes de Sousa «O Grosso»
e Gonçalo Mendes de Sousa «Sousão»), teve papel importante na vitória que deu a
Afonso Henriques autoridade compatível, ao tempo.
Ora, na passagem dos 891 anos portucalenses e à entrada para
a soma da década em que a independência parcial do país irá perfazer 900 anos, cá
se vai cantado e rindo em dia de São João, até para esquecer o mal que tem sido
feito ao país, quer monetariamente como na própria identidade pátria. A partir que
veio a aberração da falsa união de freguesias e o país deixa à solta os
corruptos e ladrões, enquanto prendem quem tenta desmascarar a podridão que
reina no Portugal do sistema emanado de Lisboa.
Em vista disso, e como legenda emblemática, sabendo-se como
em muitas terras e inclusive em Felgueiras há um Cruzeiro-Padrão da
Independência, legendamos uma missiva atinente à atualidade, como em tempo de inverno, perante
ambiente cinzento, se espera que advenha melhor brancura de bom futuro.
Armando Pinto
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