Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Algo relacionado com o Dia de Portugal e dos Portugueses


Como é da praxe tradicional, na habituação do calendário estabelecido pelos governantes do país desde há décadas de anos, celebra-se a 10 de junho o Dia de Portugal, dedicado a exaltar a Raça portuguesa e, desde alguns anos já, também as Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo. Sendo o sentimento pátrio algo misturado com espírito e afeição, mas também sentido através da ligação com factos e personagens que nos atraem nessa interligação, incluindo adereços e objetos que remetem a algo carismático da mística nacional.

Nessa perspetiva, por quanto é de valorizar tudo que registe o que seja digno de memória, colocamos a propósito uma fixação visual relativa com um nome que ficou associado a momentos épicos da Nacionalidade, como foi João Sarmento Pimentel – em sua juventude interveniente, em Lisboa, no movimento da Implantação da República portuguesa, em 1910, e volvidos anos herói da manutenção da mesma República, no Porto, como comandante da Derrota da Monarquia do Norte, em 1919 (que lhe valeu reconhecimento público com a oferta da Espada de Honra da cidade portuense), além de outras intervenções político-sociais e cívicas. Um vulto da história pátria que, por motivos políticos, após a instauração do regime do Estado Novo, teve de sair do país e se radicar no Brasil, num longo exílio político que o tornou também figura célebre da comunidade portuguesa com raízes deixadas de outro lado dos mares. 

Ora João Sarmento Pimentel ligado por laços familiares a Felgueiras, onde viveu na casa-mãe de sua família, na solarenga Casa da Torre, em Rande, bem como em Lisboa ajudou Machado dos Santos a proclamar o regime republicano e depois foi personagem histórico na memória heroica da cidade do Porto na revolta de 13 de Fevereiro de 1919, é pois o motivo de mais um registo memorial. Aqui e agora através de memorização que fica, neste caso, por meio de um objeto de apreço, como é um pequeno livro que ficou a assinalar a recente exposição dedicada a homenagear tal figura histórica da Grei, com lugar episódico em Lisboa na Associação 25 de Abril, através de várias vontades, sob a louvável iniciativa da escritora e investigadora Dr.ª Estela Guedes.


Armando Pinto

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