Como habitual interessado em tudo o que se relacione com
memória histórica e extensivamente tentando possuir o que seja possível
reportando o que possa fazer história do que me desperta atenção (exprimindo na primeira pessoa), soube há dias
da publicação dumas páginas insertas num caderno de jornal lisboeta reportando divulgação
de potencialidades felgueirenses. Apesar de ser num jornal que não me seduz,
por ser de fraca credibilidade, noutros assuntos sobretudo, procurei dotar meu
arquivo com tal edição, mas depois desisti ao ler na Internet o texto
respetivo. Sem estar em causa possíveis patrocínios e seus patrocinadores, nem
quaisquer outros considerandos, e muito menos a autoria, pois julgo que nunca
vi nem conheço pessoalmente quem escreveu aquilo, mas apenas por não gostar de
trabalhos feitos de modo estandardizado, sem sumo, afinal, e de modo
superficial, para não dizer outra coisa. Passando levemente sobre o que relaciona o concelho,
até que, quanto à sede concelhia, diz taxativamente que a cidade tem muita
história para mostrar…
Ora, quando se faz um trabalho desses com frases feitas,
é no que dá.
Pois bem, isso da cidade e história para mostrar, tem que se lhe
diga. Sem estar em causa outras vertentes, mesmo porque sou admirador e amigo
de longa data do atual presidente da Câmara Municipal e tenho respeito pelo
trabalho que sua equipa procura realizar. Mas quando nos mexe com
sensibilidades devemos acionar nossa
cidadania e não pode ser questionado o bom relacionamento de munícipe.
Felgueiras é terra com muita história efetivamente, com testemunhos do românico rústico em cerca de cinco ou seis freguesias no território do concelho, enquanto na cidade propriamente não existe réstia desse estilo e aliás doutros também ancestrais, acrescendo que ao longo dos tempos tenha perdido muitas referências, como ainda recentemente
foi o caso da antiga casa do Conde de Felgueiras. Assim como muito material
histórico se poderá perder caso não seja edificado um museu do concelho, cuja
localização deverá obviamente ser na sede do concelho, até para haver algo que
os visitantes possam ver demoradamente, além do existente numa das freguesias circunvizinhas, mas de
características diferentes dum museu concelhio. Pois, quanto à cidade atual,
uma coisa é ter história e outra é haver para mostrar.
Em suma não se pode confundir cidade com concelho. Sendo que no concelho de Felgueiras há duas cidades e duas vilas, em território com muitas freguesias.
Em suma não se pode confundir cidade com concelho. Sendo que no concelho de Felgueiras há duas cidades e duas vilas, em território com muitas freguesias.
Armando Pinto
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Tem razão. Na cidade de Felgueiras só há para ver a casa do pão de ló, bem bonita mas que será mais museu do fabrico do mesmo e da família, com objectos antigos de colecção particular. Depois há o museu do Assento muito longe da cidade e baralhado nos assuntos, tendo coisas de pesca marítima, quando Felgueiras está longe do mar. E há o santuário da Santa Quitéria, onde não há mesas por enquanto para passar uns bocados a merendar. Tem razão na falta do museu e mais, sim.
ResponderExcluirAinda bem que há quem não vá na conversa de quem escreve a mando de cartilhas. A cidade de Felgueiras está descaracterizada e não tem nada de especial para mostrar atualmente.
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