Espaço de atividade literária pública e memória cronista

terça-feira, 25 de novembro de 2025

NOTA INFORMATIVA aos membros do GRUPO DE COLEGAS DE ESCOLA E AMIGOS

 

Aviso:

  • Está já marcado o dia do próximo encontro anual, cujo almoço de convívio será em maio de 2026. Será anunciado então o dia e restantes informações no respetivo grupo de WhatsApp e na página de Facebook também do grupo. Tenham todos e todas a devida atenção ao que ali vai sendo avisado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Assinalando a passagem dos 127 anos dos Bombeiros de Felgueiras

 

Ao perfazer nesta data de 24 de novembro de 2025 a conta de 127 anos da fundação oficial da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Felgueiras, assinala-se também aqui neste espaço de memorização felgueirense a existência da importante instituição concelhia, fundada em 1898.

Sendo como é esta corporação uma das mais antigas instituições do concelho e pelo seu desempenho na proteção de pessoas e bens digna de louvor, merece pois toda a nossa admiração e grato reconhecimento.

Ora, se em anos anteriores foi por aqui dado a reconhecer aspetos de seu trabalho voluntário e dedicação à causa do serviço público, através de alguns apontamentos constantes em artigos entretanto publicados, de lavra própria, desta feita homenageia-se a mesma Corporação com imagens do que sobre a mesma consta entre adereços guardados pessoalmente.

Armando Pinto

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domingo, 23 de novembro de 2025

À Milinha do Restaurante da Sãozinha

Faleceu a Milinha do Restaurante da Sãozinha, como era conhecida ultimamente desde que sua filha passou a ter o Restaurante Cimo de Vila de Sernande. Anteriormente também conhecida por Milinha das Figueiras, por ter vivido durante anos na casa do lugar desse nome, em Varziela. Senhora muito simpática e sobretudo com quem eu simpatizava muito e sei que ela comigo de igual forma manifestava grande apreço. A D. Maria Emília da Cunha, residente na Travessa de Cimo de Vila, no antigo lugar de Sacotes, em Sernande. Tinha 88 anos.

Desaparece assim mais uma das pessoas idosas que iam ao Posto Médico da Longra, ainda do tempo do Posto Clínico da Casa do Povo e seguinte Centro de Saúde da Longra, sobretudo que me tinham afeição desde esses tempos do Posto Médico da Longra, cuja frequência desses serviços fazia parte das amizades mantidas. No caso da Milinha até, como me lembro, de tal modo que quando lá chegava era a mim que se dirigia logo para a atender. Entre pessoas que depois que saí, por aposentação antecipada (por episódica doença), quando me viam mostravam como gostaram de eu lá ter estado. Enquanto a Milinha ainda me ia vendo com assiduidade, até estes dias. Sempre com seu sorriso misturado com palavras cativantes. A ponto que, ainda há tempos, um antigo empregado do restaurante de sua filha me ter dito que admirava como ela olhava e se referia a mim: «Ela tem-lhe um respeito…!». Mas claro, sabendo ela que eu olhava para ela também com grande amizade, a pontos de gostarmos de conversar um bocado sempre que podíamos. O que, sabendo-se como eu pessoalmente falo pouco, queria dizer muito.

A Milinha, ainda era prima de minha esposa, também - não sei ao certo o grau, quão pouco importa para o caso; e ainda há tempos eu e minha esposa lhe oferecemos um ramo de flores num encontro de família realizado no restaurante da filha - mas para mim era a pessoa simpática que me fica na lembrança.

Até sempre, Milinha!

Armando Pinto

Obs.: VELÓRIO - O corpo estará em câmara-ardente na Capela da Ressurreição de Rande, hoje, Domingo dia 23 de novembro a partir das 15 h 00.

O FUNERAL realiza-se segunda-feira dia 24 de novembro pelas 15 h 30 da Capela da Ressurreição de Rande, para a igreja paroquial de Sernande, onde serão celebradas as cerimónias fúnebres. Irá a sepultar no cemitério de Sernande - Felgueiras.  

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Entre livros e publicações - de vez em quando… o pequeno livro “ELEVAÇÃO DA LONGRA A VILA” /2003.

Desta feita, por entre publicações monográficas locais, calha vez de recordar a publicação do pequeno livro “ELEVAÇÃO DA LONGRA A VILA”, de 2003, alusivo à respetiva aprovação oficial. Livro esse escrito em poucos dias, para ser, como foi, apresentado logo na festa comemorativa realizada escassos dias depois da elevação. Tendo a aprovação na Assembleia da República sido na terça-feira dia 1 de julho e a festa, com a apresentação da publicação do livro, sido logo na imediata sexta-feira dia 4, desse mesmo mês de julho, em 2003.


Relembrando assim esse livrinho historiador, ilustra-se a lembrança com imagens de algumas páginas do mesmo, cuja tiragem ficou esgotada na noite da mesma sessão comemorativa. Podendo-se ainda, através dele, rever os antecedentes e como estava a Longra na ocasião, de modo que quem o tem poderá comparar com os tempos que se seguiram, até à atualidade.


Armando Pinto

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sábado, 15 de novembro de 2025

À minha madrinha…!

A vida, no seu desenrolar dos dias e dos anos, vai mudando tudo, incluindo o que nos rodeia e fazendo desaparecer também pessoas de ligação à nossa vida. Como agora, entre quem nos dizia e continuará a dizer muito, faleceu a minha madrinha de batismo, a Celestinha. A minha madrinha que, sei, gostava muito de mim, como eu dela. Assim como, ela que era uma grande bordadeira, das mais apreciadas de Felgueiras com seus pontos de fada do bordo tradicional felgueirense, bordou peças do enxoval que minha namorada levou para o nosso casamento. Como até tinha orgulho de mim, quão demonstrou com sua presença, e logo na primeira fila, na sessão de lançamento do meu livro grande historiador da região, bem como noutras ocasiões, que me recordo bem. 

A minha mãe escolheu-a para minha madrinha, era ela ainda jovem com 16 anos e mais alguns meses, por ser vizinha nossa, de porta com porta por assim dizer. Pois à época, aquando de meu nascimento, no mesmo edifício vivia também a família dela. Visto a casa, que era de meu avô materno, estar então dividida para duas famílias, habitando uma parte a prole de meus pais e na outra a da minha madrinha, em quem recaiu a respetiva escolha graças à boa vizinhança. Sendo eu batizado com vinte e seis dias de vida, quando ela me pegou ao colo na igreja de Rande. Acontecendo que então me deram o nome do namorado dela da ocasião, também da Longra, cujo namoro depois nem durou muito, mas já estava dado o nome e ficou, com que nunca engracei deveras, mas enfim estava o registo feito e claro não houve volta a dar. Enquanto a repartição dos andares da casa ainda continuou assim por mais alguns anos, lembrando-me eu até (teria poucos anos, mas ficou na retina das imagens ténues) de ela me levar a acompanhar a sua ida ao leite, como então aos finais das tardes ia à quinta da vacaria de Rande com o namorado seguinte, com quem veio a casar; e quando ela ia mais cedo e ele aparecia depois, para cair nas boas graças dela levava-me com ele na lambreta com que aparecia, para a ir esperar. Além de outros momentos em que ela, em frente â casa, bordava sentada junto com uma irmã, enquanto sua mãe, a Zéfinha, fazia meias de lã. Volvidos anos a casa passou a ser só habitada por nós, indo a família da minha madrinha, de seus pais, a Zéfinha e o Zezinho carteiro, para outra nas proximidades, dentro da Longra, até que ela casou e foi viver para a então vila de Felgueiras. Mas sempre mantendo contactos, como me lembro de aparecer sempre com sua cara sorridente. Como pela vida além, desde a minha comunhão solene, em que veio e me trouxe a minha primeira camisa de usar com fato, que mandou fazer a uma costureira que andava na Triple Marfel e fazia em casa camisas de popeline (pano branco liso e leve) como as da grande fábrica das camisas; como depois quando eu vinha a férias após ausência de temporadas, quando andava no seminário, ela fazia questão de eu ir a sua casa almoçar como visita de honra; assim como no meu casamento esteve com seu marido e filhos. E quando foram apresentados os meus primeiros livros ela esteve lá. Sendo agora a minha vez de estar com ela, como estive hoje no seu velório, junto a ela. E ela estará sempre nas minhas lembranças afetivas.

Até sempre, Madrinha!

Armando Pinto

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Lendas do imaginário antigo em Rande (Felgueiras)


Como ficou narrado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, na página 430, diversas lendas povoam a memória popular das gentes de Rande desde longínquas épocas. Desde na meia encosta da freguesia, em Janarde, entre a antiga fonte e a mata da Bouça (em sítios recentemente cortados e atravessados pela auto-estrada), onde está enterrada uma grade de ouro, que os mouros enterraram aquando da sua fuga após a expulsão que sofrearam nas lutas travadas durante a Reconquista Cristã. Grade essa, no formato das antigas grades de lavoura, em tamanho diferente claro, que assim como outros objetos, fazia parte dum tesouro que ali ficou soterrado então, entre coisas escondidas. Por entre curiosidades diversas contadas na transmissão oral, de geração para geração em tempos idos.

Na ocasião da escrita do livro, e entretanto noutros escritos, não foram referidas outras lendas por ser assunto que pode mexer com sensibilidades e crendices. Mas, porque foram temas contados em tempos de nossos arquiavós e chegados ao conhecimento dos sucessores nossos antecessores, que viveram na nossa terra em eras recuadas, têm sempre algum interesse de revivalismo. Havendo, por exemplo, as lendas de "Correr o fado" e as "lendas das bruxas" que se lavavam e conviviam em certos lugares, à noite ou em dias de chuva misturada com raios de sol. Tanto que os antigos diziam que estando a chover e a fazer sol, ao mesmo tempo, estavam as bruxas a pentear-se.

Assim, diziam que havia quem tivesse visto numa presa, em que as pessoas lavavam roupa, além de sua água servir de regas de consortes (pequenos lagos antecessores dos tanques), estar um grupo de “bruxas” a pentear-se depois de terem tomado banho, ainda com partes do corpo à vista, em modos de provocar os homens. E num desses dias, um homem mais corajoso que viu isso, da janela de sua casa, deu um berro a condenar o comportamento delas; e, num ápice, como resposta elas atiraram-lhe com um pente, pelo ar, mal ele tendo tempo apenas para fechar depressa a portada da janela, onde ficou cravado esse mesmo pente, de ferro.

Outro caso era das bruxas à noite se juntarem numa outra presa, numa mata, a conviverem e a fazerem petiscadas, com danças de roda pelo meio, para atraírem homens que andassem ao brejo, como se dizia de à noite andarem na borga à procura de raparigas. Fazendo-se elas passar por moças normais. Tanto que num caso, como se contava, um rapaz foi atraído para ali com elas a fazerem um magusto e como tal com elas também comeu castanhas. Tendo, por acaso, guardado algumas no bolso do casaco, na manhã seguinte quando deu por ele e meteu a mão ao bolso deparou-se com caganitas ali metidas - como eram popularmente chamadas as pequenas bolas das fezes de cabras e ovelhas, que normalmente têm a forma de pequenas bolas secas e duras.

Outra é a lenda do "correr o fado". Ligada a seres possessos, então que eram forçados a correr incessantemente durante a noite, percorrendo locais como cruzamentos de caminhos, riachos e regatos por montes e vales. Cuja maldição era muitas vezes imposta a um filho quinto de uma prole que não tivesse os nomes dos primitivos povoadores da terra, de modo que quando nascia um quinto filho (em famílias em que nascessem cinco filhos seguidos) esse quinto devia chamar-se Adão, se fosse menino, e Eva se fosse menina. Quando havia esquecimento disso o infeliz depois acabava por ter de correr o fado, transformando-se à noite em cavalo ou égua, conforme os casos. Dizendo-se que de noite se ouvia um rasto barulhento de trote cavalar, levando o povo a deixar-se ficar em casa, ou debaixo das mantas da cama ou ao calor da lareira, com medo, sem sair fora. Enquanto a pessoa assim tolhida só se salvava disso quando houvesse alguém com coragem para aparecer e lhe quebrar o enguiço do fado, em jeito de fazer sangrar o ser corredor do fado. Acontecendo que a maldição podia ser quebrada então. Como no caso, sendo que era uma criatura transformada em cavalo ou égua, se alguém conseguisse picar ou cortar o rabo do cavalo ao quadrúpede, a pessoa possessa assim ficava salva, aparecendo nua, liberta de tudo, logo quebrando-se o feitiço.

Armando Pinto


sábado, 8 de novembro de 2025

Sessão de homenagem ao meu amigo artista plástico-escritor Naia (António Magalhães)!


Hoje, sábado 8 de novembro de 2025, com muito gosto e terna ponta de sentimento emotivo, estive na homenagem póstuma realizada na Biblioteca Municipal de Felgueiras ao meu amigo Magalhães, o artista plástico Naia e escritor Berto da Vinha, como respetivamente ele assinava suas obras. Homenagem sentida, que se realizou no dia em que passava seu aniversário natalício, com uma exposição de suas obras de pintura e construções de esculturas plásticas, entre diversas facetas patentes, mais a apresentação de seu último livro publicado postumamente. Num programa bem organizado pela equipa do Dr. José Ribeiro e da família do homenageado. Tendo, além do convívio com pessoas amigas e conhecidas, podido então assistir a uma sessão que teve muita vida através da enternecedora alocução da Dr.ª Adriana Henriques, curadora da exposição e autora da capa, mais das ilustrações do livro. Como o António Magalhães merecia, ele que era todo vivaço, tal como em tempos e por algumas vezes pude manifestar em artigos aqui publicados neste meu blogue. Sentindo-me honrado por também constar coisas minhas no livro dele, como aliás sabia de antemão pelos muitos contactos que mantivemos. Livro esse, com textos originais de 2017 e acrescentos de 2019, em que ele colocou muito do seu ser e ansiava ver publicado. Como, onde estiver, terá muito gosto em sentir que foi publicado e teve tanta gente presente na homenagem com que foi aplaudido.







= Fotos do autor do blogue - A. P.

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- O evento através de algumas fotos do Município de Felgueiras:





Armando Pinto

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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Lembranças da antiga Escola da Longra


Havendo atualmente o grupo de "Colegas de Escola e Amigos" da Longra e arredores, que se reunuiu já em maio passado (cujo encontro será para continuar, de modo que até está em preparação novo encontro para o próximo mês de maio de 2026, como tem sido noticiado no respetivo grupo de WhatsApp), virá a talhe avivar mais uma lembrança relacionada, quanto a temas de mote escolar. Recordando-se desta feita o caso de ter havido pelos idos anos de inícios da década de sessenta uma biblioteca interna da antiga Escola Primária da Longra, com empréstimo de livros aos alunos para leitura em casa.

Dessa benesse de tempos de escola do signatário destas linhas (escola velha, mais tarde apeada para crescimento da fábrica IMO), juntamos imagem de comprovativos de algumas requisições, de livros requisitados, com a devida chancela da minha professora primária, D. Fernanda, esposa do então presidente da Câmara Municipal de Felgueiras… em 1964.


Armando Pinto
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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Decoração caseira dum "Halloween" à maneira antiga...

 

Decoração caseira, alusiva à tradicional recriação com botefas (abóboras)… à maneira antiga.

Conforme tradições regionais, como se pode recordar (clicando em)

 http://longrahistorico.blogspot.com/2015/11/desfolhadas-e-culto-dos-mortos-nas.html

Armando Pinto

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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Quadra dos Santos - Dias de Todos os Santos e Fieis Defuntos: Informações de horários de missas e seguintes romagens aos cemitérios de Rande e Sernande

Estando-se na época dos “Santos”, como é conhecida a quadra também popularmente referida por "Finados”, sendo este um tempo de romagem à terra, de muita gente para visita aos “campos santos” em que jazem familiares e outros entes queridos, interessará prestar informação sobre as cerimónias alusivas que se realizarão aqui na nossa região. Costumando ser quase sempre no dia 1 de novembro, por ser dia feriado, juntando o Dia de Todos os Santos com o Dia dos Fieis Defuntos. Mas este ano como o feriado calha ao sábado e há também o seguinte dia a coincidir com o domingo, as romagens aos cemitérios de Rande e Sernande serão então distribuídas por esses dois dias 1 e 2 de novembro (em Serrnande dia 1 e em Rande dia 2). Podendo assim haver mais tempo para os paroquianos e visitantes de Sernande e Rande, visto que uns e outros têm alguém dos seus nos cemitérios de ambas as paróquias vizinhas. Sucedendo ainda que este ano podem assim ser comemorados os dias das respetivas solenidades. Como consta dos “avisos” do serviço informativo paroquial, sobre as paróquias a cargo do Padre Manuel Ferreira (além de Rande e Sernande, também Idães e Revinhade) - cuja informação respetiva aqui se partilha, para os leitores deste espaço de memorização local.


Armando Pinto

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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

De vez em quando… Entre pessoas populares e figuras públicas de outras eras: Lembrança do “senhor Amorim do Correio”.

Havia ideia de não retomar aqui os temas de homenagens a figuras públicas de tempos idos, por normalmente se ter de indicar apelidos deveras familiares, com que as pessoas eram e ainda são por vezes mais conhecidas. Mas, por entretanto ter havido ecos de amigos a incentivar a continuação, em princípio haverá alguma continuidade, mas mais sobre pessoas cujos apelidos populares, vulgo alcunhas, possam ser de mais fácil tratamento. De modo a não haver constrangimentos. Como desta feita, em que o homenageado era conhecido por um tratamento derivado de sua função.

Então desta vez, vem à lembrança fazer aqui uma evocação de alguém que foi conhecido da vida pública da Longra, sendo até conhecido pelo seu desempenho na repartição em que esteve durante uns bons anos: o senhor “Amorim do Correio”. Como foi Chefe de Estação do Correio da Longra, no concelho de Felgueiras (Estação com carimbo do correio de LONGRA-DOURO I). 

Ora o senhor Manuel Amorim foi mesmo figura pública e deveras apreciado, como Chefe da Estação CTT dos Correios, Telégrafo e Telefones da Longra. Em que esteve desde algures dos anos sessentas. Dando continuidade à boa dotação do Correio que na Longra começou em 1911 e teve instalação oficial a partir de 1914. Cuja repartição da Estação do Correio era um local de convívio autêntico, para lá do serviço normal, servindo para conversas de amigos e conhecidos. E aí o senhor Amorim era um bom conversador e pessoa de muitos amigos. Juntando a isso ainda outra função conterrânea, como foi na área paroquial no exercício de membro da Comissão de Obras da Paróquia e cumulativamente de presidente da Comissão Fabriqueira da Paróquia de S. Tiago de Rande, de 1985 a 1992. Num tempo em que se fizeram boas obras, a pontos de mais tarde, quando aconteceram certas mutilações na igreja, se ouvir na voz popular que se fosse no tempo do senhor Amorim aquilo não seria assim.

Antes ainda, o senhor Manuel de Carvalho Amorim viera para a Longra para chefiar a histórica Estação do Correio e ficou a residir na mesma então povoação, onde criou sua família e os filhos cresceram. Juntando a isso mais o seu coração humano, que o levou até a criar um jovem vizinho da família e que na família se fez homem, também. Sendo a vivência dentro do correio naturalmente que mais o tornara conhecido, nesse local de serviços públicos. Cujo mister é escusado descrever, por tudo estar devidamente anotado na narrativa da respetiva referência historiadora no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”. Sendo depois do senhor Amorim se ter aposentado e consequentemente ter mudado de residência, depois de ter sido substituído, que o Correio da Longra perdeu seu antigo e histórico estatuto e deixou de estar sediado, inclusive, na casa em que esteve tantos anos, quando o Executivo da Junta de Freguesia de Rande desse tempo não conseguiu melhor que apenas ficar com um Posto de Correio no edifício-sede da mesma Junta, após as transformações ocorridas depois dos Correios de Portugal terem sido privatizados e a nível municipal não ter havido defesa desse bem público na Longra.

É pois da mais elementar justiça lembrar o senhor Amorim do Correio – como ele mesmo gostava de se apresentar e era referido. Como foi, por exemplo, no Anuário Nacional, uma publicação que ao tempo registava anualmente os dados históricos das terras mais salientes, incluindo referências de figuras públicas e enumeração identificada de responsáveis de serviços. Sendo que o senhor Manuel Amorim foi figura pública e é um personagem popular de constante recordação.

Armando Pinto

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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

De vez em quando… Um livro ou publicação de temas felgueirenses: “História da USAF Universidade Sénior e do Autodidata de Felgueiras”, de Amélia Noronha, editado em 2011.

 

O título sintetiza esse trabalho, feito pela D. Maria Amélia Noronha e chegado a público em 2011, numa espécie de diário historiador e sumário das atividades da USAF, popularmente mais conhecida por Universidade Sénior de Felgueiras. Uma obra que, segundo penso, foi dirigida aos seus colegas/alunos desse tempo da referida organização cultural, visto não ter chegado a ser do conhecimento de muita gente. Mas que, apesar disso, chegou anos depois às mãos aqui do autor destas anotações, por oferta de um amigo. Sendo um trabalho desenvolvido a historiar os primeiros anos da mesma Universidade Sénior, numa narrativa da lavra da histórica professora do ensino primário que desde os anos 50 mais tempo lecionou na Escola da Longra, a D. Maria Amélia Noronha, esposa do senhor Luís Sousa da IMO.


Armando Pinto

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domingo, 19 de outubro de 2025

(Próximo) Almoço-convívio comemorativo dos 25 anos do Padre Manuel Ferreira em Rande e Sernande

 

Aproximando-se a celebração das Bodas de Prata da Paroquialidade do Padre Manuel Joaquim da Costa Ferreira em Rande e Sernande, está em organização um almoço de convívio comemorativo, do qual se partilha a imagem do respetivo cartaz de anúncio, com e em apreço. Com indicações alusivas, incluindo prazos de inscrição e pessoas responsáveis, para os contactos precisos.

Sendo esta uma efeméride assinalável, ilustra-se a pertinência de mais esse momento histórico com imagens alusivas de recordação pessoal do dia da chegada do Padre Manuel.


E a propósito, recorda-se também uma outra comemoração, essa acontecida aquando da comemoração dos primeiros 10 anos do Padre Manuel em Rande e Sernande – clicando em

http://longrahistorico.blogspot.com/2024/01/a-proposito-dos-23-anos-de-paroco-do.html

Armando Pinto

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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

511 anos do Foral de Felgueiras: Documento régio outorgado por D. Manuel I em 1514

Passa agora em 2025, nesta data de 15 de outubro, a efeméride da atribuição do Foral de Felgueiras, passado pelo rei Dom Manuel Primeiro em 1514 às terras da então circunscrição administrativa de Felgueiras  ainda sem ser concelho completo, mas um dos Alfozes da região. Sabendo-se que também, ao tempo, por exemplo, existia o Julgado do Unhão, que seguidamente teve Foral em 1515 e entretanto também foi concelho durante algum tempo. Entre outras peripécias históricas da evolução político-administrativa do que é atualmente o concelho de Felgueiras.

Anota-se assim a data e sua significância. Cuja lembrança em anos anteriores já teve neste blogue outras remembranças. Como se pode rever, clicando em

http://longrahistorico.blogspot.com/search?q=foral+de+felgueiras

Armando Pinto

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

A propósito das Autárquicas/2025: Vislumbre memorando por candidaturas das eleições ao longo dos tempos em Rande e na atual união de freguesias

Com a atualidade das Eleições Autárquicas no ar, calha a propósito dar uma vista de olhos pelas candidaturas que concorreram antigamente na freguesia de Rande e na continuidade também pelos últimos anos da malfadada união de freguesias ainda vigente. Sendo as anteriores, aqui expostas e recordadas, naturalmente respeitantes a Rande, por ser a freguesia do eleitor e munícipe que é o autor destas lembranças. Conforme foi possível ter e guardar, como estão em arquivo pessoal todas essas "papeladas" e outras, incluindo manifestos também para a Câmara e Assembleia Municipal. Contudo, apenas para aqui ficam fotografadas e mostradas as publicidades respeitantes às candidaturas às Juntas e Assembleias de Freguesia, para não alongar a vista. E também só das que houve acesso, ou seja as das listas das quais foram recebidos os chamados prospetos. (Tal como este ano, por exemplo, ainda nem todos aqui chegaram às mãos do autor.) 

O arquivamento destas publicações de tempos idos, a juntar às do tempo corrente, são interessantes por quanto se pode relembrar, através de tal material histórico. Além das curiosidades de se poder rever as promessas feitas e o que ficou por cumprir pelas Juntas das listas vencedoras respetivas. Então se fosse a inumerar o muito que ficou só no papel, ao longo dos muitos anos... das eleições livres!

Eis aqui uma vistoria de memorização, em jeito de filme fotografico, pelas capas, primeiras páginas e rostos dos manifestos eleitorais.




























Armando Pinto

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