Espaço de atividade literária pública e memória cronista

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Recordando: 40 Anos de Ordenações Sacerdotais assinaláveis no Santuário de Santa Quitéria

Foi num domingo de tarde, já em finais de julho e nas proximidades da tradicional Peregrinação ao Monte de Santa Quitéria, que a comunidade felgueirense teve oportunidade de presenciar as ordenações de jovens sacerdotes que se haviam formado nos Seminários de Felgueiras. Tendo então, a 27 de julho de 1980, acontecido solenemente a Ordenação Sacerdotal de quatro novos padres, da Ordem Vicentina, no Santuário de Santa Quitéria.

Havendo nesse domingo sabido da novidade através da homilia do pároco de Rande, ao tempo, e satisfazendo a vontade de meu pai que logo me manifestou desejo de ir assistir a esse acontecimento, lá fui e estive ali, junto com meus pais, emocionados como sempre em tais ocasiões, a vivenciar tão rara ocorrência de tal numerosa nova vaga de Presbíteros. Entre os quais, no meio desses jovens que davam o sim a sua vocação religiosa, estava um jovem mais tarde meu amigo, o Padre Albertino Gonçalves, que anos volvidos foi Conselheiro Espiritual da Conferência Vicentina de Rande e Sernande quando fui presidente da mesma. Assim como o Padre Agostinho Sousa, que quando Seminarista vinha a Rande ajudar o Padre Joaquim Oliveira, ao tempo administrador paroquial de cá, bem como seus pais e irmãos eram meus amigos de conhecimento de utentes do Centro de Saíde da Longra em que eu trabalhava e trabalhei durante muitíssimos anos. E claro os outros dois conhecia de vista, de os ver em suas andanças por Felgueiras.

Desse dia da Ordenação dos quatro novos Padres Vicentinos, da Congregação da Missão, foi por meu pai guardada a brochura alusiva de guião às cerimónias (que à sua morte me deixou, entre diversas recordações). Da qual para aqui transponho algumas páginas, como ilustração.

Armando Pinto

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sábado, 25 de julho de 2020

Dia de S. Tiago – Fim de semana da tradicional Festa de Rande


25 de julho é o dia dedicado pela Igreja ao Apóstolo S. Tiago, o Evangelizador da Península Ibérica, que em tempo de guerras da Reconquista Cristã, de cristãos contra muçulmanos, era invocado como “São Tago mata mouros”. O S. Tiago Maior, como principal desse nome dos discípulos de Jesus Cristo, filho de Zebedeu e irmão de João, que com seu irmão S. João Evangelista e S. Pedro foi dos prediletos de Jesus. Santo que como primeiro mártir dos Apóstolos e cristianizador das terras de Espanha e Portugal veio a ficar sepultado ao Norte da Ibéria, na Galiza. Cujo sepulcro em Compostela originou as grandes peregrinações da era medieval transportadas ao costume milenar dos Caminhos de Santiago, ao longo de cujo percurso se foram formando comunidades que passaram a ter S. Tiago como Padroeiro. Sendo assim Orago de terras com características particulares desses itinerários. Entre as quais a Paróquia de S. Tiago de Rande, no concelho de Felgueiras, integrante do Caminho Português do Baixo Douro, como consta do livro do Padre Arlindo Magalhães e está descrito no livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras, do autor destas linhas.


Ora, neste dia 25 de julho é pois oportunidade de invocar também por este meio a devoção popularmente comunitária ao Orago de Rande. Sendo que a Festa em honra de S. Tiago ganhou foros de primazia na região em tempos de outrora, como consta de documentos antigos da paróquia, referidos mesmo no aludido livro da história local. A pontos da tradição da imagem do Padroeiro ser engalanada em seu andor com produtos da terra habitualmente colhidos na ocasião, tais como um cacho de uvas, porque nesta altura já S. Tiago pinta o bago, mais um pé de milho com espiga, por ser tempo de amadurecimento dos cereais espalhados pelas cearas dos campos da região. Sendo também e sobremaneira época de regresso de naturais espalhados pelo país e pelo mundo, com muitas pessoas em visita à terra de seus afetos. Como antigamente acontecia, por a Festa Paroquial de Rande estar incluída nas cerimónias da Comunhão Solene das crianças de Rande e Sernande, algo que dava outro ser a toda essa ambiência.


Em registo pessoal, nesta ocasião, recorda-se a Comunhão Solene aqui do autor destas lembranças, por meio do “Santinho” e do livro do Novo Testamento recebidos da mão do saudoso pároco Padre João Ferreira da Silva, no longínquo ano de 1964… Assim como se releva o caso do livro escrito pela era de 2000 sobre a Festa de Rande, em cujas páginas constam algumas destas e outras tradições e recordações.


Armando Pinto
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“Mensageiro de S. Vicente de Paulo” – Revista da Congregação da Missão / do Seminário de Felgueiras


Foi por estes dias enriquecida a biblioteca particular do autor, aqui deste blogue, com alguns números muito antigos da também antiga “Revista dos Lazaristas Portugueses e das suas Missões Africanas – das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo – da Associação da Medalha Milagrosa – das Filhas de Maria Imaculada – e de todas as Obras Vicentinas”. Espécie de boletim, com Redação e Administração no Seminário de Santa Teresinha. O famoso “Mensageiro de S. Vicente de Paulo”, que fez história e faz parte da história.

Embora fosse e seja uma publicação de temática relacionada com essa mesma Ordem Vicentina dos Padres da Missão, Irmãs Vicentinas e outras instituições de sua envolvência, tem assuntos de interesse de Felgueiras, sendo de elementos dos também antigos Seminários de Santa Teresinha, no Burgo de Pombeiro, e S. José, de Oleiros-Lagares, dos Padres e Seminaristas, mais santuário e casa conventual do monte de Santa Quitéria, das Filhas de Caridade, como se sabe. Havendo, como sempre em publicações com alguma relação, qualquer coisa de interesse de história local. Tocando deveras à memória coletiva.


Trata-se de 4 números avulsos, obviamente, dos anos de 1947 e 1949, ainda da era do Padre Henrique Machado, ao tempo diretor do mesmo Mensageiro e reitor do Santuário de Santa Quitéria.

Armando Pinto - 25 de julho de 2020

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Curiosidade sobre a Felgaridade de Artur Coelho… em apontamento da Crónica Desportiva em 1957


Ainda relacionado com o livro “Ciclistas de Felgueiras”, apresentado publicamente ao início da Primavera deste ano de 2020, antes ainda do surto pandémico... e, no caso agora a anotar, quanto à naturalidade do ciclista internacional Artur Coelho, visto ser Felgueirense quando muita gente do mundo do ciclismo pensava que era natural de Vizela, onde residiu também… e mesmo porque em Felgueiras eram poucos os felgueirenses que sabiam do facto, visto não haver muita gente já desses tempos e menos ainda conhecedores de muitos factos de outrora… traz-se agora à liça algo de um interessante apontamento publicado na antiga revista Crónica Desportiva, em seu n º 6,  de 19 de maio de 1957 – cuja exposição, sobre os ciclistas que integraram a Seleção Nacional representativa de Portugal na Volta a Espanha, nesse ano, se refere à terra de Artur Coelho de modo curioso, à vista panorâmica da mediatização local, ao tempo.

Dessa coluna retiramos, para este efeito, a parte respeitante ao Artur Coelho, naturalmente com as partes de apresentação e conclusão, também. 


Armando Pinto
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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Padre José Augusto, da Aparecida (Lousada) e conhecido aficionado do “Picadeiro” de Sernande (Felgueiras): Novo pároco para Paços, Lamoso, Meixomil e Penamaior (Paços de Ferreira)


Por deliberação canónica, o bispo do Porto, D. Manuel Linda, nomeou o Padre José Augusto Ribeiro Ferreira para pároco das paróquias de Paços de Ferreira, Lamoso, Meixomil e Penamaior. Assim o Padre José Augusto deixa a até agora sua freguesia da Aparecida, mais a paroquialidade de Aião, na zona de fronteira dos concelhos de Lousada e Felgueiras, e regressa à região da sua terra natal – sendo natural de Ferreira. Saindo da paróquia de Aparecida, em Lousada, onde realizou um trabalho pastoral de excelência.

Estão de parabéns as paróquias que agora recebem o novo pároco e a quem o autor destas linhas deseja as melhores felicidades.

O Padre José Augusto, além de ter ficado conhecido pelas grandes transformações que operou no que com ele passou a ser o santuário da Senhora da Aparecida… era pessoa conhecida e estimada na área da vila da Longra, nas redondezas das até agora suas paróquias, pela também sua ligação afetiva ao picadeiro de Sernande, onde existe um complexo estrutural de escola e local de lazer de cavalos. Sendo que regularmente, nas suas idas aos cavalos, a Sernande, passava e parava na Longra para tomar o pequeno-almoço, ou lanchar, e conviver. Sempre simpaticamente acessível. A pontos que diversas famílias de paroquianos de Rande e Sernande, por exemplo, pediam sua amabilidade para fazer batizados e outras cerimónias na igreja de S. Tiago de Rande, particularmente, dentro das possibilidades do respetivo múnus e aprovação óbvia do pároco próprio. Como no caso pessoal do autor destas linhas, pois que o sr. Padre José Augusto foi quem batizou os meus netos – facto que é de registar, sendo eu amigo e inclusive com diversas afinidades ao pároco local.

O Padre José Augusto ficou ainda celebrizado por sua afeição à iconografia e significado amplo da Senhora Aparecida, como demonstrou no modo como apertou a si a pequenina mas valiosa imagem, de grande estimação na veneração popular de muitíssimas gerações (conforme bem mostraram as imagens televisivas, na ocasião), aquando da queda do andor gigante da romaria da Aparecida.

Armando Pinto

quarta-feira, 15 de julho de 2020

segunda-feira, 13 de julho de 2020

"Remembrança" do livro ELEVAÇÃO DA LONGRA A VILA, publicado em julho de 2003


Correspondendo a diversos pedidos, sobretudo de gente nova, em virtude de há muito estar esgotado o livro sobre a "Elevação da Longra a vila", recordamos o caso da edição desse livro que na ocasião foi escrito e publicado pelo autor, tendo logo ficado esgotado na própria noite de apresentação. Contando também o facto de sua edição ter sido em número reduzido de exemplares, atendendo ao curto espaço de tempo da escrita e publicação, mais por ser edição de autor, sem ajudas de custo. Acrescendo até que na saída inicial da tipografia teve impressão de apenas 50 exemplares, número que acabou por ser alargado a 100 à última hora em vista do interesse notado. Sendo assim simplesmente de 100 o número de livros desses existentes, naturalmente, como ficou a constar na ficha técnica.

Assim sendo, esse livro ficou a historiar a inesquecível ocorrência de 1 de Julho de 2003. Cuja envolvência ficou então descrita em livro, logo apresentado publicamente no imediato dia 4, em festa comemorativa, na Casa do Povo da Longra.


Ora, por tais motivos, desse pequeno livro depressa ter esgotado, numa tiragem algo limitada devido a ter sido escrito em corrida contra o tempo - e como tal foi apresentado dias depois da elevação, na festa levada a cabo na sexta-feira imediata, ao início do fim de semana seguinte, portanto – repõe-se aqui e agora uma singela visão da respetiva edição.

Para o efeito, procurando corresponder aos desejos de pessoas interessadas, apresenta-se o respetivo conteúdo em digitalização. Quer para possibilitar reimpressão, a quem não teve possibilidade de aquisição, bem como oportunidade de leitura em moldes clássicos, através de formato em papel - apresentado também em 2003, como se recorda em visualização acima

Eis as páginas do livro em questão de apreço:


























Armando Pinto 

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 Podendo recorrer-se ainda a aumento do zoom ===


30.º Aniversário da Cidade de Felgueiras


Perfaz nesta data 30 anos desde a elevação da antiga vila de Felgueiras à categoria de cidade. Facto ocorrido a 13 de julho de 1990, quando se deu a aprovação oficial na Assembleia da República, em Lisboa. Sendo assim naquela sexta-feira aprovada a respetiva proposta apresentada, cujo texto esteve a cargo do então jovem advogado felgueirense Dr. Miguel Mota, naquele tempo com funções ao género de assessor da presidência da Câmara Municipal, na gerência do Presidente Júlio Faria, eleito em lista do PS. Havendo essa que foi a primeira proposta entrada na AR em Lisboa, para efeitos legais, sido apresentada pelo Grupo Parlamentar do PCP, seguida depois por outras de outros partidos  de teor idêntico, também (projectos de lei n.ºs 211/V (PCP), 301/V (PS) e 476/V (PRD), foi a correspondente elevação aprovada então na V LEGISLATURA, 3.ª SESSÃO LEGISLATIVA (1989-1990), em REUNIÃO PLENÁRIA DE 13 DE JULHO DE 1990, sob presidência de Vítor Pereira Crespo.

(Para MEMÓRIA: Teve interferência na apresentação da respetiva proposta o então deputado comunista Júlio Antunes, ao tempo residente em Felgueiras, cidadão de naturalidade minhota que veio para Felgueiras trabalhar na Metalúrgica da Longra. Sendo Júlio José Antunes, na época da respetiva ocorrência, deputado do PCP com funções de  um dos secretários da Assembleia, a proposta teve legalmente como primeiros signatários outros deputados do mesmo partido. Como as idênticas propostas dos restantes partidos tiveram diversos deputados proponentes, de apoio a Felgueiras)


Lei essa depois publicada em Diário da República a 10 de agosto seguinte, com assinaturas do Presidente da República Mário Soares e do 1º Ministro Aníbal Cavaco Silva..


Está pois de parabéns Felgueiras cidade e o sentimento felgueirense, na ocasião deste XXXº Aniversário da elevação da antiga vila de Felgueiras à categoria de cidade. Assim como Barrosas, já que na mesma data se comemora também a elevação a vila da antiga povoação de Barrosas (cuja aprovação em 1990 respeitou à proposta do projecto de lei n.º 456/V, apresentado na AR pelo PCP).

De tal facto, para este caso de rememoração sobre a sede do concelho, anota-se a transcrição dessa lei, como se registou também no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras, à página 98. Enquanto em ilustração cimeira se anexa imagem do cartaz oficial divulgado publicamente pela Câmara Municipal de Felgueiras.


Armando Pinto
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