Na continuação desta Quadra Natalícia de 2023 e proximidade
da chegada de novo ano: – Desejo a todos os meus amigos (as), leitores (as) e seguidores
(as), uma boa Passagem de Ano e um Feliz Ano Novo de 2024!
Armando Pinto
Na continuação desta Quadra Natalícia de 2023 e proximidade
da chegada de novo ano: – Desejo a todos os meus amigos (as), leitores (as) e seguidores
(as), uma boa Passagem de Ano e um Feliz Ano Novo de 2024!
Armando Pinto
Crónica em forma de conto, num texto escrito ao jeito de narrativa pessoal e publicado no jornal Semanário de Felgueiras, na sua página 10 da edição de 22 de dezembro, sexta-feira da quadra natalícia.
Um conto de Natal… pessoal
ARMANDO PINTO
((( Clicar sobre a imagem do artigo jornalístico, para ampliar )))
Entre lembranças, de coleção pessoal e de cariz particular
alusiva ao Natal, dos populares “santinhos", como vulgarmente eram e são conhecidas
as pagelas de estampas com motivos de religiosidade cristã:
– “Santinhos” de recordações da infância:
– Pagelas de lembranças paroquiais, ofertadas pelo Natal, em
anos diversos, já no século XXI, durante a paroquialidade do Padre Manuel Ferreira:
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Há 29 anos o dia 17 de dezembro foi ao sábado. Sendo então nesse sábado que houve grande afluência de gente à sala de espetáculos da Casa do Povo da Longra para a primeira apresentação em público do Rancho Folclórico que havia sido criado meses antes, a 5 de maio. Grupo esse que, finalmente, na festa de Natal na Casa do Povo, ia ser visto em estreia, satisfazendo grande curiosidade e entusiasmo que havia entre a população da região.
– Longra, sábado 17-12-1994 / domingo 2023 – Aniversário da 1.ª Apresentação pública do Rancho da Casa do Povo da Longra, então chamado ainda Infantil e passado tempo depois já Infantil e Juvenil. De cujo dia da estreia reporta o quadro de recordação pessoal, guardado em espaço particular.
Foi nesse sábado, dia da realização da Festa Natalícia da Associação Casa do Povo da Longra, realizada no salão de espetáculos da Casa, em que, de parceria com a Junta de Freguesia de Rande, foi organizada essa tarde festiva que entrou pela noite dentro, com a estreia do então novo Rancho Folclórico a ser prato forte do programa, além da entrega de prendas no final às crianças da área.
Efeméride esta que se lembra: Tal como em 1994, também ao fim de semana, embora em 1994 ao sábado e agora domingo em 2023, na passagem do 29.º aniversário dessa bela ocorrência.
Foi isso então já há 29 anos, embora pareça que o tempo passou depressa… Quão nesse sábado 17 de dezembro de 1994 pela primeira vez atuou diante de público o então recém-formado Rancho Infantil da Casa do Povo da Longra – como se chamou inicialmente esse grupo primeiro criado após a revitalização da mesma instituição (cuja casa estivera praticamente sem atividade cerca de duas dezenas de anos e apenas tinha portas abertas pelo funcionamento do Posto Médico local).
Meses depois dessa revitalização, houve a criação do mesmo Rancho a 5 de maio desse ano de 1994...
... e em sequência disso, também, mais alguns meses depois, foi pois em dezembro, naquele sábado dia 17, que se estreou o mesmo Rancho Infantil (assim então, como se chamou de início, relembre-se, e de seguida um ano volvido passou em 1995 a chamar-se Infantil e Juvenil – daí a possível confusão com a data publicada num quadro existente na Casa do Povo, que tem gerado enganos). Tendo a estreia e consequente apresentação pública ocorrido na então Festa de Natal realizada em conjunto pela Direção da Associação Casa do Povo da Longra com a Junta de Freguesia de Rande, incluindo a primeira atuação do Rancho como cabeça de cartaz.
Disso, reportando à “Apresentação Pública” do Rancho, a 17 de dezembro de 1994, recorda-se o facto com recortes das reportagens saídas a público nas edições seguintes dos jornais ao tempo existentes em Felgueiras.
~~~ ***** ~~~
Depois, do que se passou e viveu com a fundação e manutenção desse Rancho, criado por mim e por minha esposa, e mais tarde continuado por mim até à passagem de mãos e testemunho, seguiu-se toda a caminhada que prosseguiu pelo tempo adiante. De cujo trajeto, pressoalmente, se guardam algumas recordações materiais de boas lembranças, incluindo registos físicos de sensibilidade duradoura.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Sábado 16 de dezembro de 2023 – Dia de apresentação pública aos
adeptos felgueiristas dos jovens jogadores das camadas jovens do Futebol Clube
de Felgueiras 1932, o clube de futebol mais representativo do concelho de Felgueiras.
Em dia de jogo da equipa principal do clube felgueirense, entraram os jovens e as crianças da formação do clube do concelho, no intervalo do jogo FC Felgueiras 1932 - AD Sanjoanense, a contar para a fase regular (de apuramento) do campeonato da Liga 3 nacional. Tendo então sido apresentados os escalões de formação do FC Felgueiras 1932, quer das equipas de competição, bem como como das Escolinhas, os “Petizes” - a " Escolinha de Futebol Felgueiras 1932 KIDS".
Então, no último jogo do ano civil de 2023, realizado no Estádio
Dr. Machado de Matos, em Felgueiras, houve interessante despedida do ano, curiosamente
no jogo de confirmação da passagem do FC Felgueiras à fase seguinte da Liga 3,
da época futebolística de 2023/2024. Com a receção à Associação Desportiva
Sanjoanense, em cujo encontro com o clube de São João da Madeira, quando no fim
da primeira parte o FC Felgueiras vencia já por 3-0, e enquanto os jogadores
das mesmas equipas seniores recolhiam aos balneários, entraram no relvado os
jogadores da formação do clube da casa, para a formal apresentação pública aos
sócios e adeptos felgueiristas. Tendo aí, no intervalo do jogo, a juventude da
formação, desde os juniores, juvenis e infantis, até às crianças em
aprendizagem, tido seus momentos de aplausos e saudações, superando na sua
algazarra entusiasta o frio da noite que se fazia sentir. Acrescido de terem
vibrado antes, ainda na bancada, com o evoluir do resultado do jogo, que a meio
já estava feito, com a vitória do FC Felgueiras por 3-0, em 3 golos marcados e
soma de mais 3 pontos, assegurando assim a presença do FC Felgueiras na Fase de
Subida, desde já e ainda a 4 jornadas do final da presente fase em competição.
Pela particularidade de todos esses factos e sobretudo porque entre as crianças das Escolinhas (Petizes), a "Escolinha de Futebol Felgueiras 1932 KIDS", entrou também em campo o meu neto Diogo Pinto, o facto é caso interessante, como algo mais de anotar.
Assim sendo, a ocasião deu ensejo a este registo pessoal. Em mais uma oportunidade
de trazer à nossa praia da memória a maré do mar azul-grená.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Já está feito o presépio familiar cá em minha casa!
Feito todos os anos, não podia também faltar este ano em que
passam 800 anos desde o Presépio inicialmente recriado por S. Francisco de
Assis no Natal de 1223. Tendo sido então que o “Santo Puverello de Assis” criou
o primeiro presépio da história, na cidade italiana de Greccio, em representação
humana através de sua iniciativa, com pessoas que reuniu para ali representarem
o nascimento de Jesus.
Ora, o meu é simplesmente um Presépio Familiar. Feito anualmente, na linha da tradição familiar, vindo desde tempos de casa de meus pais e que eu continuei em minha casa, quão minha esposa e meus filhos sempre apreciaram e hoje é enlevo de meus netos, também. De iconografia doméstica, pessoal e particular. Algo que é mais significativo, imediatamente recordado quando se fala em família no Natal, na representação do nascimento de Jesus, em Belém.
Este é o meu Presépio do Natal de 2023.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Por entre lugares conhecidos de alguns, mas possivelmente de
nem todos os conterrâneos, há sítios menos falados no domínio público e possivelmente
algo desconhecidos. Como é a mata do Calvário, da paróquia de S. Tiago de Rande.
Da qual foi entretanto feita referência no livro “Memorial Histórico de Rande e
Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, deitando olhos aos documentos vislumbrados
aquando das pesquisas para esse trabalho histórico-monográfico, além de algum
conhecimento transmitido por pessoas mais velhas, à época. Vindo isso à ideia
por estes dias, em que nas andanças à busca de musgo e outros materiais para o
presépio natalício, houve oportunidade de andar por esses sítios da freguesia
com réstias ainda visíveis do passado.
Quando fiz pesquisas para a escrita do livro “Memorial…” vi
a escritura respetiva entre os documentos da paróquia, que estavam guardados no
arquivo paroquial feito pelo Padre João (se bem que depois com o Padre Oliveira
e o Padre Jorge aquilo já estivesse muito desorganizado, para não dizer outra
coisa…) e inclusive havia uma relação feita pelo punho do Padre João com os
bens da paróquia, em que a mesma mata estava devidamente descrita. Mais tarde,
por trocas havidas com o proprietário das matas vizinhas, houve trocas de
terrenos, deixando de pertencer à paróquia, aquando da construção da capela
mortuária (por acordo de troca com o terreno mais atrás e assim haver arredondamento e
junção de terrenos dessa parte), para a capela funerária ser edificada junto à
estrada.
Armando Pinto
(((Clicar sobre as imagens )))
Está apanhado o musgo para fazer o Presépio Natalício caseiro, na linha familiar cá de casa desde que há memória pessoal da família. Mantendo assim a tradição. Tendo desta vez a ida ao musgo haver sido sem os netos, diferindo do que normalmente tem sido costume em bons momentos de convívio, por de momento não estarem cá, connosco. Havendo sido mais prudente ter andado já com isto, para antecipação à chuva que se antevia. De modo que poderá assim o musgo secar ainda antes de ser colocado no seu destino. Para então, daqui a dias, ser feito o presépio familiar cá em casa, como é hábito e faz parte do ambiente natalício doméstico.
Já anda o Natal famíliar no horizonte !
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Já cá estão em casa as agora minhas “lembranças” mais recentes relativas à Paróquia de S. Tiago de Rande. Estas alusivas às “Festas em Honra de S. Tiago-Rande 2024” – a caneca e o íman decorativo com imagem do Padroeiro S. Tiago Maior e legenda da Comissão das “Festas S. Tiago-Rande 2024”. Mediante aderência à campanha natalícia efetuada nesta quadra de 2023, com disponibilidade de artigos relacionados, numa interessante iniativa da atual Comissão de Festas de Rande, tendente ao reforço da mística bairrista e ao mesmo tempo para angariação de fundos destinados à realização da próxima Festa Paroquial de Rande.
Com estas aquisições, estão já os novos adereços de simbologia
local junto com outros ornatos guardados e preservados, entre objetos
acondicionados pessoalmente, aqui no escritório doméstico.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Na continuação de anteriores partilhas de trabalhos de teor histórico-cultural, como são também os da lavra
de Mário Pereira no Semanário de Felgueiras, desta vez transpõe-se o artigo
publicado na edição do passado dia 24 deste mês de novembro: “VISITA À
HEMEROTECA DE FELGUEIRAS”. Na pertinência da sua publicação coincidente ao 125º
aniversário dos Bombeiros de Felgueiras e até calhar bem na sequência do artigo
aqui publicado anteriormente sobre o Conselheiro Dr. António Mendonça.
Vem ainda a talhe lembrar que na criação do Sindicato Agrícola de Felgueiras, em Varziela, tal organização associativa ficou sediada na Casa do Bom Repouso (daí essa mansão ter sido conhecida por Casa do Sindicato), até que mais tarde teve transferência para a então vila de Felgueiras. Bem como, situando no tempo, o Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça, senhor da Casa de Rande, na freguesia do mesmo nome, às portas da então povoação da Longra, era o Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras no tempo dos inícios dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Entre fotografias históricas das Casas do Povo, em tempos
houve costume de colocação de quadros com fotos emolduradas de figuras de relevo
com ligação a essas instituições, como foi costume durante o Estado Novo. Além
das dos governantes máximos do tempo, os sucessivos Presidentes da República da
era de tais organismos, ao tempo chamados Chefe de Governo (primeiro Óscar
Carmona, depois Craveiro Lopes, seguindo-se Américo Tomás), mais o 1º Ministro,
ao tempo chamado Presidente do Conselho (António Oliveira Salazar durante dezenas
de anos e por fim Marcelo Caetano). Tendo, por exemplo na Casa do Povo da
Longra, também havido um quadro com a fotografia do Governador Civil do Porto
do tempo da inauguração das obras de ampliação do edifício. Além de haver um
quadro com o então Administrador do Concelho, Antero Teixeira da Cunha, mais o
Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, da época, Dr. José Leal de Faria.
Vem à ideia este tema por ser merecedor duma homenagem do
género o benemérito doador do terreno onde está implantado o edifício da Casa
do Povo da Longra. Tendo sido o famoso Conselheiro de Rande, como era conhecido
o Conselheiro Dr. António Mendonça, quem deu o terreno para a construção da sede
da pioneira Associação Pó-Longra, fundada em 1928, à qual sucedeu em 1939 a Casa
do Povo da Longra criada por Despacho Governamental, e que passou a usar a
mesma casa, para a substituição de continuação verificada.
= Conselheiro de Rande, Dr. António de Barbosa Mendonça, em quadro na galeria dos retratos dos Beneméritos da Misericórdia do Unhão.
Ora, o Conselheiro de Rande, proprietário do solar e extensiva quinta
da Casa de Rande, de nome mais alongado António Pedro de Barbosa Mendonça Pinto
de Magalhães e Alpoim, nalguns documentos também referido por Conselheiro
António Barbosa Mendonça, é conhecido por suas facetas políticas e culturais. Tendo
sido chefe do Partido Regenerador em Felgueiras, bem como Presidente das Câmaras
Municipais da sua região, primeiro do antigo concelho de Barrosas e depois do
concelho de Felgueiras, bem como fundou o jornal Semana de Felgueiras e foi um
dos fundadores do Sindicato Agrícola de Felgueiras. Mas também foi o doador do
terreno da primeira cabine de corrente elétrica edificada na Longra, foi benemérito e "Protector não eclesiástico" da Misericóridia de Nossa Senhora do Rosário do Unhão (quando, por iniciativa de sua esposa, D. Carolina, foi edificada a capela da casa, onde funcionava o antigo hospital e depois convento, onde também mais tarde ele foi homenageado com seu nome na avenida de ligação ao mesmo casarão); bem como foi um dos impulsionadores do Comboio do Vale do Sousa, da "Linha Ferro-Viária de Penafiel à Lixa e Entre os Rios", que teve então estação também na Longra. E, no que
vem aqui ao caso, também o Conselheiro Dr. António Mendonça foi o benemérito que doou o terreno onde está implantada a
Casa do Povo da Longra.
Honra ao mérito !
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
A foto desta vez em apreço, a merecer atenção particular,
reporta à época de exílio político do então titular Bispo Diocesano do Porto, D. António
Ferreira Gomes, durante seu afastamento politicamente forçado no estrangeiro. Captando
um grupo de padres da diocese do Porto em visita a seu Prelado, então em
Espanha. Entre os quais esteve presente o Padre João Ferreira da Silva, pároco
de Rande e Sernande nesse tempo e que assim está também na foto como se vê na
imagem, dos sacerdotes rodeando o seu admirado Bispo, em pose de conjunto e recordação.
Essa foto consta no livro Fotobiográfico “Dom António
Ferreira Gomes (1906-1989) BISPO DO PORTO AO SERVIÇO DA LIBERDADE-Fotobiografia e
testemunhos”. Sendo o “Padre João de Rande” (como era mais conhecido por
habitar na Residência Paroquial de S. Tiago de Rande), o primeiro do lado esquerdo
dessa gravura.
D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto desde 1952, estava
então já desde 1959 fora da sua diocese e do país, por ditames do ditador
Salazar, numa situação que se manteve até 1969, apenas alterada com a substituição
de Salazar por Marcelo Caetano no Governo da Nação, nesse período do chamado
Estado Novo. Sendo a fotografia do ano de 1962, em Valência-Espanha.
Ora o Padre João Ferreira da Silva, natural do Unhão e desde 1944 pároco de Rande e Sernande, em Felgueiras (onde faleceu em 1973), havia sido colega de Seminário de António Ferreira Gomes, embora não do mesmo curso (ano) mas de frequência interna, vivendo e convivendo juntos como colegas (seminaristas, nas mesmas casas dos colégios diocesanos de regime interno seráfico). Bem como o felgueirense natural de Rande Padre Luís de Sousa Rodrigues. Ambos ordenados padres dois anos depois da ordenação presbiterial de António Ferreira Gomes, mas tendo colegas comuns nos cursos de Filosofia e Teologia, também. Como foram também colegas de Curso Teológico os felgueirenses Artur Teixeira da Fonseca e Inácio da Cunha Machado, naturais de Caramos e Macieira da Lixa, respetivamente. Enquanto, mais tarde o depois reitor da igreja da Lapa, no Porto, Padre Luís Rodrigues, pertenceu a grupos de sacerdotes que apoiaram o mesmo amigo Bispo do Porto D. António Ferreira Gomes, durante essa sua ausência forçada da diocese. A situação mexia com a sensibilidade de quem admirava o famoso Bispo do Porto. A ponto de esses mesmos e mais outros padres terem formado uma comissão que ofereceu ao seu Prelado um carro para uso próprio na terra do exílio.
Isso... Numa relação que teve ainda ligação à visita (agora aqui recordada) que alguns desses sacerdotes, incluindo o Padre João Ferreira da Silva, também fizeram ao exilado Bispo do Porto, indo em comitiva de padres da diocese portucalense que se deslocaram a Espanha para estar com o seu Bispo. Fazendo-lhe essa visita de cortesia e amizade em Valência, onde D. António se encontrava.