Em tempos de deitar mão a tudo o que fosse possível, sem
grandes despesas mas com bom gosto, devido às condições de vida da generalidade
das pessoas em eras recuadas, também, houve, entre diversas maneiras populares,
o uso de papel decorativo para embelezar o ambiente doméstico.
Tal derivava da necessidade de forrar prateleiras e ao mesmo tempo decorar essas e outras estantes de uso caseiro. Sendo normalmente coladas tiras de papel recortado, para o efeito, quer cortado de modo rendilhado, em casa, por processos pessoais, através de páginas de jornal, então de grande formato, ou embrulho com cores garridas, ou ainda por meio de papel apropriado, comprado com esse fim.
Tal derivava da necessidade de forrar prateleiras e ao mesmo tempo decorar essas e outras estantes de uso caseiro. Sendo normalmente coladas tiras de papel recortado, para o efeito, quer cortado de modo rendilhado, em casa, por processos pessoais, através de páginas de jornal, então de grande formato, ou embrulho com cores garridas, ou ainda por meio de papel apropriado, comprado com esse fim.
Porque vulgarmente era colocado nas prateleiras dos louceiros,
de guarda da louça da cozinha e limpezas, móveis esses normalmente suspensos nas paredes,
para que a bicharada lhes não chegasse, o referido padrão de papel decorativo
era vulgarmente chamado por papel de louceiro – conforme se pode vislumbrar
dois exemplos parcelares, nas imagens aqui colocadas. Constando esses papeis alvo entre as curiosidades
narradas num dos contos do livro “Sorrisos de Pensamento”, na descrição da Loja
da Ramadinha da Longra… como se pode rever no separador da barra lateral
direita deste blogue.
Esses resguardos de papel, como estavam sujeitos aos
efeitos da fumarada do ar das cozinhas e mesmo pelas rodas de conversa nos
serões de fumadores, entre familiares e amigos, eram anualmente mudados, sendo
habitualmente substituídos por novos aquando das limpezas da Páscoa – quando,
para receção festiva ao Compasso Pascal, se aproveitava para arejar e limpar as
casas, na chegada da Primavera.
Armando Pinto