Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 28 de junho de 2020

Falecimento do historiador Prof. Maurício Antonino Fernandes (1927 - 2020)


Faleceu o historiador Maurício Antonino Fernandes, autor de alguns livros sobre história de Felgueiras e muitos de outras localidades, além de co-autor de volumes de genealogia. Desaparecido do número dos vivos no passado dia 25, com 93 anos, era natural de Aião-Felgueiras e residia em Oliveira de Azeméis, onde foi sepultado no dia seguinte.

Não tendo ainda havido referências ao caso em noticiários de Felgueiras, passados alguns dias do falecimento, a notícia chegou ao conhecimento aqui do autor deste blogue através de notícias surgidas pelo motor informático de busca Google, por via de nota do jornal Correio de Azeméis. Sendo que o Professor Maurício Fernandes era figura da área da zona centro do país, sobretudo Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Cucujães e arredores, onde lecionou e sobre cujas terras publicou grande parte da sua obra historiográfica.

Pela referida nota informática, deu assim notícia o “Correio de Azeméis:

«MAURÍCIO ANTONINO FERNANDES PARTIU AOS 93 ANOS

Correio de Azeméis -25/06/2020

Autor de inúmeras monografias do concelho, nomeadamente de Ossela, Madail, Macinhata da Seixa e Cesar, Maurício Antonino Fernandes partiu aos 93 anos. Professor e escritor, Maurício Antonino Fernandes exerceu ainda funções no pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e foi diretor da Casa Museu Regional. Encontrava-se, atualmente, a preparar uma monografia respeitante à freguesia de Loureiro.»

O funeral realizou-se na sexta-feira dia 26, com cerimónias na igreja matriz de Oliveira de Azeméis.

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Natural de Felgueiras, nascido em 1927, a 12 de março, na freguesia de Aião, foi professor de Filosofia, História e Português. Nas horas livres era estudioso de história local e genealogia. Publicou mais de 20 obras histórico-monográficas e foi ainda diretor da Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis entre 1984 a 1996. Assim como foi também assessor do Pelouro da Cultura do Município de Oliveira de Azeméis, de 1982 a 1996 e fundador da Associação de Defesa e Conhecimento do Património Cultural Oliveirense e da revista UL-VÁRIA. Era ainda sócio da Associação Portuguesa de Genealogia, da Academia Internacional de Généalogie, da ASBRAP-Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia, etc.

= Foto de tempos de sua juventude

Sua bibliografia (com anos de publicação entre parênteses):

Co-autor de “Carvalhos de Basto – 10 volumes” (1977-2007), “Fonsecas Coutinhos de Fonte Arcada” (1983), “Macinhata da Seixa” (1985) e “Valentes da Silva” (2019).

Autor de “Relações geo-históricas das gentes de Arouca com as de Oliveira de Azeméis” (1987), “Felgueiras de ontem e de hoje” (1989), “Pombeiro e o seu fundador” (1991), “S. Nicolau da Feira – Tombo” (1995), “A Comenda de Oliveira de Azeméis – Património e Comendadores” (1996), “São João da Madeira – Cidade do Trabalho” (1996), “Património Heráldico Oliveirense” (1996), “Esteves Rebelo de Amarante” (1999), “Os Magalhães de Heitor de Magalhães” (2000), “Matrículas da Mitra de Braga (Ordinandos)” (2002), “Silvas históricos” (2005), “Famílias Genuínas do Porto, os Beliáguas” (2006), “Ribeiros: Morgados de Torrados e de Idães” (2006), “Os Brandões – Origem e varonia (938-1688)” (2007), “S. Pedro de Ossela – Memorandum” (2009), “Carvalhos históricos” (2011), “Família de Mattos” (2012), “Moreiras – Patronos de Tarouquela” (2013), “A família Cudell em Portugal : ascendência, costados e descendência” (Vila de Cucujães-2015), “Madaíl, S. Mamede, no passado e no presente” (2017), “Cesar: pátria de heroismo e de progresso” (2019) e “Moniz Rebelo”, de Fafe (2019).
Quanto a reedições, há a destacar “Nobiliário de Famílias de Portugal (com Felgueiras Gayo) -12 vols” (1989-1990), “Pedatura Lusitana (Alão de Moraes) – 6 vols” (1997/98) e “Gerações de Entre Douro e Minho (M. Sousa da Silva) – 2 vols” (2000).

= Foto de tempo recente...

Descanse em paz!
(Nota: Fotos da Internet)

Armando Pinto