30 de setembro de 2020 é data que fica nos anais da memória
felgueirense como um dia de particular promoção da nossa terra, o rincão
felgariano do doce pão-de-ló genuíno, que marcou viva presença na Edição
Especial de 2020 da Volta a Portugal em Bicicleta, a prova rainha do desporto
que passa à porta de muita gente. Tendo sido esse belo nome de Felgueiras levado
até onde chegam imagens televisivas da estação estatal portuguesa, visto a
emissão da RTP 1 e RTP Internacional haver chegado bem longe, a pontos de ter batido
os picos de audiências durante algumas horas.
Pois então no último dia de setembro, quarta-feira dia 30,
Felgueiras foi local do início da terceira etapa da Volta a Portugal, ao quarto
dia da edição especial da Grandíssima Portuguesa, sendo como tal ponto de
encontro das atenções nacionais por quanto a prova mais popular do desporto
ambulante das bicicletas de corrida mobiliza entusiasmo geral. E Felgueiras não
fugiu à regra, antes suplantou mesmo as expetativas.
No âmbito desse acontecimento a manhã começou com a
transmissão de um programa televisivo a partir de Felgueiras, o popular “HÁ Volta”
da RTP 1, emitido também em sinal da RTP Internacional. Cujo delineamento foi
decorrendo ao longo da manhã, atraindo encanto da população na curiosidade e
apreço de se ver as nossas coisas no ecrã mágico, perante grande audiência
registada. Tanto que durante essa emissão a mesma bateu as marcas da
visibilidade diante da concorrência. Se nos primeiros dias da Volta já
registava recordes, nesta quarta-feira foi surpreendente, inclusive batendo o
programa tão badalado da locutora Cristina, que vai para o ar às quartas-feiras.
Tendo os locutores da RTP, Tiago Góes Ferreira, Catarina Camacho e Joana Teles feito
trabalho saliente, cativando o público nos horários antecedentes à corrida.
Entre o que despertava natural atenção sobre motes de realidades
locais, mais motivos de produtividade e demonstração de potencialidades, foi
também passado no pequeno ecrã um encontro televisivo pessoal, por meio de
entrevista com o autor destas linhas, em reportagem efetuada no local de labor caseiro,
a propósito do livro recentemente publicado sobre os CICLISTAS DE FELGUEIRAS.
Desse momento televisivo, ficaram imagens a registar o
facto, através de fotografias particulares captadas na ocasião da entrevista, diante
do locutor Tiago, como bom comunicador, a puxar a conversa com o entrevistado. E
depois também fotos diante do televisor, fixando partículas da transmissão.
Os ciclistas felgueirenses que até agora participaram na Volta a Portugal, os que foram biografados no referido livro, foram também homenageados pela Câmara Municipal de Felgueiras com pendões contendo imagens e resumos curriculares de cada um. Conforme foi também difundido pelos meios informáticos de comunicação, assim:
Acresce a tudo isto Felgueiras ter pergaminhos no ciclismo, como terra de valorosos heróis da estrada que fazem parte da história da Volta Portuguesa, além de atualmente estar sediada em Felgueiras a equipa que tem dominado o panorama ciclista nacional e ser felgueirense o seu patrocinador, Adriano Quintanilha. Sendo nos dias que correm Felgueiras já associada a esse desporto de resistência, à imagem da resiliência felgueirense em lutar contra rótulos menos simpáticos, como no caso do início da recente pandemia do Covid-19.
Entretanto, como demonstração de civismo e apoio a mais essa
iniciativa, especialmente sendo como era algo ao gosto da maioria do povo,
houve boa adesão dos munícipes felgueirenses, espaçando-se pelo percurso
citadino boa mole humana, com distanciamento e inclusive toda a gente com máscara
derivada da atual pandemia.
Do local da meta de partida da etapa, onde estive (exprimindo
na primeira pessoa, para não querer dizer nada por outros, mas pessoalmente… de
mais essa boa experiência, da qual ficou para recordação a pulseira oficial e o
crachá da ocasião), pude verificar in loco todo o interesse que o acontecimento
mereceu.
Foi pois um dia fora do normal. Esse dia 30 de
setembro de 2020. Algo que Felgueiras e o povo felgueirense merecia e
justificou assim. Felizmente que também temos direito a coisas dessas. Mesmo em
tempo de confinamento pode abraçar-se a vida com sentido.
Armando Pinto
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