Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Nós e o 25 de Abril... Recordando o 25 de Abril de 1974 nesses tempos da vila de Felgueiras


Passaram já 44 anos desde que aconteceu o 25 de Abril, desde o dia do golpe militar que derrubou o regime do Estado Novo, que por sua vez durara 48 anos.

Assim sendo, já estamos quase há tantos anos no chamado sistema da democracia, como os que viveram esse tempo conheceram e afinal o país esteve no chamado regime fascista, a ditadura de Salazar e que Caetano ao lhe suceder chegou a entreabrir com a primavera Marcelista, entretanto depressa desaparecida, ante recuo político que deu origem a descontentamentos e consequentemente ao derrube, em 1974.

Passados estes anos, contudo, o espírito de Abril de 74 que abriu novos horizontes, como se dizia, também despareceu entretanto e hoje já nem se sabe ao certo em que regime se vive em Portugal, a não ser que está a ser um país de corrupção de altos poderes, a pontos de ser considerado um regime de domínio de sistema, quer politica, como social e até desportivamente, com a capital do país a dominar tudo e o resto a ser paisagem, apenas.

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De permeio, o 25 de abril em Felgueiras foi um tempo romântico, de grandes esperanças. Tendo passado demasiado tempo sem se cumprir tais anseios. Bastando ver que à época a vila de Felgueiras não era inferior a outras vilas vizinhas e os concelhos se equiparavam, enquanto até anos ainda bem recentes se acentuaram diferenças, como se sabe. 


Exemplo disso é a imagem que a anexa foto transmite, em coeva reprodução fotográfica, vendo-se parte do terreiro do antigo campo da feira – onde nesse tempo, ao que se dizia, ia haver uma intervenção urbanística condizente a dar outro aspeto ao centro da então vila, quando passados anos foi feito o que foi… até a estragar a fisionomia do cenário de enquadramento (por trás) ao edifício da Câmara Municipal, que por sua vez também sofreu por tabela, depois, como é familiar aos olhos da atualidade.


E pelas freguesias, em parte, então nem é bom falar, chegando ao cúmulo de terem feito desaparecer algumas oficialmente, estando para se saber ainda como foi o diferente tratamento entre umas e outras – assim como estará a ser ou não feita qualquer coisa para repor a justiça e igualdade que se pensava advir do 25 de abril.

Coisas que são do domínio público. Algo que um dia a história analisará devidamente com distância de tempo. Com culpas não apenas de um partido, mas vários, afinal dos partidos e políticos ao tempo no poder e com representações nas Assembleias, mais memnbros das Juntas e Assembleias de Freguesia da época, etc. 


Posto isto, recorde-se o discurso do Dr. Machado de Matos, figura localmente associada a esses tempos, na sua oração entusiasta na primeira manifestação ocorrida em Felgueiras, passados dias, sobre os novos tempos dessa época.


ARMANDO PINTO
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