Entre frases conhecidas, são de uso público "O Tempo em que você nasceu" e "onde estava quando se deu isto ou aquilo"! Assim, ainda que seja mais costume, quanto ao tempo em que nascemos ou vivemos, as comunicações incidirem os
assuntos interrogativos de enquadramento social a versarem sobre o que era feito
na altura do nascimento próprio, bem como onde e como se estava aquando de
determinado facto histórico, também o mesmo tema pode remontar aos
antecedentes. E tal qual quando algo se realiza é normal situar o tempo perante
dados de referências, tais como indicação de entidades e personalidades dominantes
na época, também cabe referenciar no tempo em que meus pais se casaram, em 1940, algo
sobre o que à época era Bispo do Porto, a diocese a que pertencemos sempre. Havendo assim sido esse bispo que assinou o processo canónico de casamento católico, como era uso.
Pois nesses idos tempos dos inícios da década dos anos 40, do século XX, era Bispo do Porto D. António Castro Meireles, de seu nome completo António Augusto de Castro Meireles, natural do vizinho concelho de Lousada e que pela região de Felgueiras andou em visitas pastorais pelas respetivas paróquias. Bispo que entretanto veio a falecer em 1942, resultando esse acontecimento em sentido pesar diocesano. E após isso ele foi homenageado na vila-sede de seu concelho com uma estátua que é peça escultórica de destaque no coração urbano dessa terra que me diz muito – por ali eu ter andado com livros debaixo do braço no tempo em que estudei no histórico Colégio-Externato Eça de Queirós; bem como, volvidos muitos anos, por fim ainda trabalhei algum tempo por ali, também, na Unidade de Gestão do Centro de Saúde-sede do agrupamento regional.
Pois, na calha de tudo isto, a propósito de D. António Augusto Castro Meireles, o Bispo do Porto do tempo em que meus pais constituíram a minha família, vem a encaixar neste espaço de recordações e curiosidades uma crónica descritiva de quando o mesmo Bispo faleceu. Por meio da narrativa de seu funeral, conforme foi publicado na revista RENASCENÇA, edição de 15 de abril de 1942, com a capa a mostrar ainda como a imagem de Nossa Senhora de Fátima nesse tempo ostentava uma original auréola de estrelas, antes de ter sido coroada com a coroa oferecida pelas mulheres de Portugal em 1944.
Das duas páginas da mesma revista “Renascença”, de “ilustração
quinzenal”, fica um relato deveras ilustrativo, a fazer memória desse grande
Prelado da Diocese Portucalense.
Armando Pinto
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