Com alguns raios da luminosidade passada da Festa do
Concelho e na passagem do 13º aniversário da vila da Longra, calha oportunidade
de novo artigo de nossa lavra, aqui do autor, nas páginas do Semanário de
Felgueiras.
Com efeito perfaz agora 13 anos que na Assembleia da República,
em Lisboa, foi aprovada a elevação da antiga povoação da Longra ao estatuto de
vila. Passavam poucos minutos das 18 horas dessa terça-feira do sétimo mês de
2003. Motivo porque durante anos (através de iniciativa de um conterrâneo,
entretanto falecido) era costume ser assinalado o facto, sensivelmente à hora aniversária, com tantas bombas de
fogo, ou seja de foguetes, conforme o número de anos do respetivo aniversário, sempre pelas seis e
pouco da tarde de cada dia 1 de julho.
Relacionado com o caso, em jeito de rememoração, juntam-se algumas imagens históricas, quer da presença na Assembleia nacional, bem como do livro alusivo publicado na ocasião.
Por fim, a propósito da efeméride em apreço, e extensivamente com outros motes, na pertinência da atualidade, ficam alguns laivos deambulantes ao
tema - através de recorte da coluna do artigo, publicado na edição desta sexta-feira do SF, mais o correspondente texto datilografado.
À laia do “Brexit”…
Estamos dentro do tempo dos tradicionais festejos dos santos
populares, cujos ecos da festa concelhia de Felgueiras ainda ecoam, como que
vindo monte abaixo agora, como ainda há dias se ouvia pela encosta acima no
acompanhamento ao cortejo das flores. Estando assim de fresco esta época das
orvalhadas que costumam surgir em manhãs de acalmia retemperadora. As tais orvalhadas
que em cantigas populares alusivas à quadra sanjoanina se associa a mulheres
casadas. Tanto como a História tem muitos pontos de contacto, conforme diz a
teoria de se poder repetir, por vezes. Quando, por outro lado, não fica
solteira.
Ora, como orvalhadas de refrescar memórias, acresce que
ainda nas réstias da passagem da festa do concelho, de encerramento à época dos
santos populares, calha também a passagem de mais um aniversário da elevação da
Longra a vila. Coisa que em tempos era como um bom naco de carne em churrasco
próprio da época, e agora mais parece sardinha a que não é puxada a brasa. À
falta de algo mais para além de festinhas, pela necessidade de obras e
preservações que bem são precisas em certos aspetos, antes que seja tarde.
E na mesma proximidade, está ainda presente a recente façanha da segunda equipa de futebol felgueirense, no facto do FC Felgueiras B ter subido à 1ª Divisão da AFP, prestigiando Felgueiras em tal mais valia para o desporto concelhio, daqui em diante com a equipa A na Divisão Sénior Nacional e a B na 1ª Distrital. Curiosamente fazendo lembrar a primeira subida de divisão do original clube, quando o FC Felgueiras em 1965 ascendeu à divisão acima da que estivera desde a inscrição nas provas associativas. Num tempo em que os jogadores do Felgueiras até tiveram horas de estágio na Longra, em casa e a expensas dum felgueirista dos bons, que recordamos como exemplar associado do clube (e só não referimos o nome por não sabermos se isso será de aprovação da família).
E na mesma proximidade, está ainda presente a recente façanha da segunda equipa de futebol felgueirense, no facto do FC Felgueiras B ter subido à 1ª Divisão da AFP, prestigiando Felgueiras em tal mais valia para o desporto concelhio, daqui em diante com a equipa A na Divisão Sénior Nacional e a B na 1ª Distrital. Curiosamente fazendo lembrar a primeira subida de divisão do original clube, quando o FC Felgueiras em 1965 ascendeu à divisão acima da que estivera desde a inscrição nas provas associativas. Num tempo em que os jogadores do Felgueiras até tiveram horas de estágio na Longra, em casa e a expensas dum felgueirista dos bons, que recordamos como exemplar associado do clube (e só não referimos o nome por não sabermos se isso será de aprovação da família).
Curiosidade que até virá a talhe, entre recordações nesta ocasião
aniversaria da vila da Longra, sempre ligada a bons momentos felgueirenses,
também.
Tudo isso e mais acontecendo por estes lados, enquanto lá
por fora as estruturas políticas sofreram forte abanão, com o resultado do
referendo que ditou nas urnas a saída do Reino Unido da União Europeia, de modo
expresso da vontade da maioria dos súbditos da velha albion. Estando no ar
eventualidade de saída da comunidade europeia. Dando-se o já famoso "Brexit",
que ainda paira na surpresa geral e não é certo quanto ao porvir. Porém, no
cenário político-partidário, será doravante recorrente, pelo menos, e deverá
merecer atenção em todos os quadrantes e sítios. Perante constatação que a
chamada União Europeia, com o que levou à perda de identidade e crise monetária
e social, etc. e tal, tem de ter outro rumo. Contando com as derivações e
situações decorrentes. Veja-se o exemplo da tal malfadada união de freguesias
que levou ao desinteresse geral e desaparecimento de afinidades... e dividiu
pessoas. Podendo então o “Brexit” ser um safanão de que a Europa precisa. A tal
Europa política que inicialmente era apresentada como Europa das regiões, mas
afinal tem sido a Europa de uns quantos papões, dos países mais poderosos que
trazem os mais pequenos acomodados a seu mando. Enquanto o povo em geral perde
qualidade de vida e os representantes políticos passam temporadas à sombra das
estrelas europeias com boas compensações.
Vive-se então tempos de indefinição e reflexão, de
perspetivas várias, qual arco-íris após tempestades, na profusão de tonalidades
ressaltadas. Sendo Brexit uma abreviatura para saída britânica, mas que já soma
outras contas, não faltarão daqui em diante mais abreviaturas, para lá e para
cá do horizonte.
ARMANDO PINTO