Em deambulações pela pesquisa memoranda sobre Felgueiras é
fácil notar da situação da história felgueirense estar algo deficitária em
estudos de eras antigas; e sobremaneira nos tempos em que já havia imprensa
escrita, através da qual será possível descortinar diversa informação. Não
sendo de estranhar que em tempos passados diversos escritores de estudos locais
desconhecessem a história de Felgueiras. Inclusive um meritório autor de
diversos estudos académicos como foi o Pof. Dr. Hernâni Cidade, organizador do
acervo da primeira biblioteca municipal de Felgueiras, chegou a pensar que
Felgueiras pertencia à espécie de terras que não tinham história, praticamente,
tal a falta de informes tratados nessas antigas épocas. De modo que não admira
que num dicionário enciclopédico de inícios do século XX apenas apareça uma
muito leve referência a Felgueiras, contrastando com outras vilas e mesmo
localidades. Como um destes dias se nos deparou, ao ver a correspondente página
(pois nestas coisas vamos logo à descoberta onde aparece Felgueiras), no caso e por acaso num
volume já com perto de um século.
Assim, no DICIONÁRIO PRÁTICO ILUSTRADO ("Diccionario Prático Illustrado"), publicado sob a Direção
de Jayme de Séguier, em 2.ª edição datada de 1928, com sub-título de Novo Diccionário
Encyclopédico Luso-Brasileiro, edição da revista Livraria Chardron Lello &
Irmão - Porto, a nossa Felgueiras ficou referenciada como vila e cabeça de concelho, do
distrito do Porto, Portugal, com 2. 178 habitantes a sede do concelho e 33 freguesias e
22. 846 habitantes o território concelhio. Isso entre matéria profusa ao longo
das suas 1. 720 páginas, contendo “6. 000 gravuras, 110 quadros e 90 mappas”.
Armando Pinto
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