Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Carvalha da Padaria da Longra


Como é do conhecimento geral, entre a população que vislumbra o que rodeia o ambiente, há imagens retidas nas memórias que são deveras características do que é identificado com o meio em que se insere uma comunidade. Tal o caso local, aqui para nós que andamos e gostamos de estar por aqui, pela zona sul do concelho de Felgueiras, de, entre diversas particularidades, haver a existência na Longra daquela árvore muito antiga conhecida por Carvalha da Padaria. Uma réstia de outros tempos, depois que foi derrubada em 1982 a árvore central da Longra, como era o célebre espécime de cedro, mais conhecido por pinheiro do Largo da Longra. 

A essa velhinha árvore se associam diversas curiosidades, na boca do povo e da tradição. Da qual nem seria necessário dar muito enfoque, por ainda ser bem de nosso tempo e andarmos sempre com ela nos olhos, passando sob suas ramagens e vendo suas landes e posteriores folhas caducas caírem. Porém a imponência e vetustez dessa árvore não deixam indiferente o olhar interessado. 

Em vista disso, como lembrança dessa árvore mais que centenária, guardamos à posteridade uma imagem das que publicamos no livro da História da região, o Memorial Histórico, que aqui anexamos.


Ora, é sabido que esse exemplar da natureza, a carvalha da Longra, representa autêntica recordação para muitas gerações, atendendo a ser uma árvore muito antiga, cuja memória se perde na penumbra dos tempos. No livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” fizemos-lhe diversas referências, chamando agora até aqui, para este efeito, a visão duma página (que se anexa)...


...Assim como no início deste artigo colocamos, como imagem de abertura (ao cimo), uma visualização interessante, reportando a captação fotográfica feita por volta do ano de 1947, já então considerada essa árvore muito velha na tradição popular, quando ainda estava de pé o barracão da antiga fábrica MIT (a que o povo depois chamava fábrica velha, quando se deu a transferência para a nova Mit / Metalúrgica da Longra).


Pois recentemente a mesma árvore mudou de visual, após ser podada, numa poda vasta levada a cabo pela primeira vez - para que possa manter-se de pé por muitos anos, sem perturbar nada nem ninguém, de modo a não representar qualquer perigo público. Porque dias antes, ao chegar os primeiros efeitos do Outono, havia caído um dos seus grossos ramos, por sinal um grande “cano”, ruidosamente tombado com aparato numa noite, sem grandes danos felizmente. Mas para evitar que eventuais outros “braços” se partissem, podendo cair sobre algo ou alguém, em boa hora foi procedido ao desbaste das respetivas ramificações pendentes sobre as vias públicas. Estando agora, então, com novo aspeto, pronta a mesma árvore para fortalecer e renovar.


Foi em Setembro – como também diz uma conhecida canção, da chegada do Outono. E a Carvalha da Padaria da Longra está como se registou em captação fotográfica atual, aqui e agora. Qual ilustração acrescida às demais sugestivas imagens fixadas. 

© Armando Pinto 

»»» Clicar sobre as imagens, para ampliar «««