Com a atual panorâmica jornalística do ambiente noticioso felgueirense, havendo apenas um jornal de papel nos dias que correm, o Semanário de Felgueiras, agora também intitulado SF Felgueiras Jornal, vem a talhe de marcação uma vista de rememoração pelo percurso dos periódicos do concelho de Felgueiras, ao longo dos tempos. Numa atualização a um texto antes publicado noutros meios.
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A memória escrita está
sobretudo presente nos jornais e livros. Os livros são um bem clássico da
cultura, obras de apreço que, reunindo ordenadamente textos de índole diversa
se consideram, relativamente aos jornais, mais propícios a coleção e estimação.
Pese essas e outras virtudes bibliográficas, nomeadamente em comodidade e
durabilidade, por outro prisma os jornais serão contudo instrumentos de leitura
noticiosa imediata, além de sucessivamente atualizada, estando mais à mão na respetiva
função periódica momentânea. Sendo assim bens de consumo relativamente às
vertentes instrutivas e informativas, possibilitando que os leitores andem a
par do que se passa, os jornais, quando preservados os seus números publicados
(dever próprio de arquivos e bibliotecas públicas-municipais e associativas),
tornam-se importantes fontes de pesquisa, como periódicos elementos de
contribuição historiadora mediante os registos que encerram.
É honrosa e deveras significativa a galeria de antigas e atuais publicações periódicas de jornais e boletins do concelho de Felgueiras. Por tal motivo justifica-se rememorar, ainda que num escorço breve, alguns títulos que ficaram e estão gravados na coleção amarelo-púrpura (em sentido figurado por analogia à mística concelhia, pois que os cabeçalhos já foram de diversas cores). Como publicações similares que abarcaram o concelho. Resenha que a seguir se procura recordar, em ordem tanto quanto possível cronológica:
Assim, do que há notícias escritas, o pontapé de saída terá sido dado nos finais do século XIX com um denominado “O Felgueirense”, editado em 1884 e existente até pelo menos 1892, sob a direção de António Pereira Lopes e propriedade do Dr. Ribeiro de Magalhães, com o qual houve surgimento do jornalismo Felgueirense. De permeio, abarcando área de concelhos vizinhos, apareceu em 1885 um jornal semanal intitulado “O Lousadense: semanario político, litterario e noticioso: orgão dos interesses dos Concelhos de Louzada, Felgueiras e Paços de Ferreira” (conforme cabeçalho em subtítulo), de administração de Justino José Rodrigues Loureiro. Por esses tempos ainda existiu o “Folha de Felgueiras”, cujo primeiro número foi publicado em 1893 por esse mesmo pioneiro da Misericórdia de Felgueiras que foi o Dr. Ribeiro Magalhães, durando até 1894. Seguiu-se de 1896 a 1911 o “Semana de Felgueiras”, inicialmente como órgão do Sindicato Agrícola de Felgueiras, à época (ostentando nome diretivo de Francisco António de Medeiros Machado), mais tarde propriedade do próprio fundador, Conselheiro de Rande, como era conhecido o Dr. António de Barbosa Mendonça Pinto de Mahalhaes e Alpoim. Como em 1908 o “Vida Colegial” dos estudantes do Colégio de Santa Quitéria; e em 1909 o “Povo de Felgueiras”, do Dr. João Brandão; jornal sensivelmente contemporâneo do “Vida Nova” do Padre Albino Magalhães, do Unhão, (semanário criado em 1904, com impressão em Felgueiras e Aparecida-Lousada, que se aguentou pelo menos até 1912) e antecessor do “Povo da Longra” (nascido após a extinção do “Semana” do Dr. António Mendonça, como que evitando assim conflitos situacionistas derivados da transição republicana). Jornal este surgido através de entreajuda de alguns bairristas da área sul do concelho, idealizado por José Xavier e mantido com ajuda editorial de um jornalista, possibilitando por via desse então novo periódico que em 1911 houvesse sequência literária do Conselheiro de Rande, famoso monárquico que havia sido presidente da Câmara de Felgueiras alguns anos a fio... Também em 1911 foi fundado o “Jornal de Felgueiras” pelo Dr. Luís Gonzaga da Fonseca Moreira, o qual, em 1917, fundou igualmente o “Defeza de Felgueiras”; título idêntico ao “Defeza da Longra” (que tinha, tal como o anterior da mesma povoação, prelo na tipografia do já referido jornal do Conselheiro de Rande, no Montinho da Longra), então sob a direção de José Avilez - letrado oriundo do sul mas que viveu na Longra e, após a extinção do mesmo jornal Longrino, se viria a radicar posteriormente na Lixa onde casou e veio a criar, em 1924, a primeira experiência do “Jornal da Lixa”. Nesse ano e no seguinte saiu à rua, à responsabilidade de Manuel Bragança, “O Progresso de Felgueiras”. Como, entretanto, em 1925 (aquando das eleições nacionais desse ano) circulou nos concelhos do então círculo nº 10, de Felgueiras e vizinhos, uma publicação sob título “Folhas Soltas”, ostentando como editor Arnaldo Faria, de Felgueiras. E, mais tarde, voltou entre 1930 a 34 “O Povo da Lixa”, novamente da lavra de José Avilez.
Aquele jornal, “O Povo da
Lixa”, teve de realce, entre outras realizações, a publicação de uma separata,
em 1931, com um trabalho do Dr. Fernando Cerqueira Magro: Egas Moniz-Notas
sobre a sua descendência e naturalidade/Adenda ao livro Fonte de Juvêncio, de
A. Cerqueira Magro.
A partir de 1935 passou a
publicar-se o “Notícias de Felgueiras”, de que foi primeiro diretor Antero
Cunha, mais tarde continuado por José da Mota Cardoso e de que foi último
proprietário Nuno Mota. De cuja atividade tipográfica, ao longo dos anos,
também se salientaram diversas edições literárias, como por exemplo em 1982 um
livro de poemas intitulado “Versos da Avó” de Maria Celeste P. de Sousa; como
também uma brochura de roteiro patrimonial sob título “Monumentos e obras de
arte de Felgueiras”, do Dr. José de Barros Carneiro, em 1983 e ainda os
primeiros livros de poemas de Arlindo Pinto e Alfredo Estebainha, “Migalhas da
vida” e “Do fundo da mina”, respetivamente, em 1991.
Entretanto, quanto ao
surgimento de jornais, após a década de trinta (séc. XX), num longo ínterim sem
novidades, dentre o panorama conhecido das letras noticiosas, cuja
representação à época estava nos resistentes O Jornal de Felgueiras e Notícias
de Felgueiras, apareceu já com a década de cinquenta a caminhar para o fim um
outro periódico de cariz diferente, “O Infante”, jornal dos estudantes do
Externato Infante D. Henrique, de Felgueiras. Inicialmente com feição
artesanal, em 1958, de forma dactilografada, ou seja escrito à máquina, mas
depois impresso, tendo durado pelo menos até 1959.
Antes, mas contudo de âmbito diferente, houve publicação em género de revista do “Mensageiro de S. Vicente de Paulo”, de periodicidade mensal e iniciado em 1941 sob a direção do Padre Henrique Machado (embora com sede de publicação no Porto, era escrito e dirigido em Felgueiras e sobretudo continha assuntos de interesse local, como sobre o santuário de Santa Quitéria, mosteiro de Pombeiro e atividades da Ordem Vicentina em terras de Felgueiras), cuja duração se estendeu até 1960.
Os então escassos jornais
concelhios, como que para alteração do ambiente, depois (além de revitalização
d “O Jornal de Felgueiras”, que entretanto passara para propriedade do Dr.
Machado de Matos e tendo A. Garibaldi como diretor), ficaram a ter companhia, a
partir de 1961, também do posterior “Jornal da Lixa”, fundado pelos Padres
Custódio Silveira e José Monteiro, mais tarde mantido por António Vasco
Fonseca, ao qual sucedeu depois na direção seu filho Dr. José Rui Fonseca, até ser extinto.
Nesse ínterim O Jornal de Felgueiras teve algumas iniciativas editoriais, através de edições próprias que serviram para publicar pequenas brochuras. Entre as quais tiveram vez: em 1958 «Um sonho» por Balbino Miarca; em 1965 «Atitudes» de Francisco Augusto da Silva; em 1968 «Famalicão: Primavera de 68” – edição comemorativa do V Encontro da Imprensa Regional de Aquém-Douro, por A. Garibaldi; em 1969 «Lembrança Lírica de Felgueiras» também de A. Garibaldi, e, em 1970, do mesmo Artur Garibaldi, «Discurso» pronunciado em Monção a 8 de Março de 1970 na reunião dos antigos estudantes do Liceu de Braga.
Nesta lista algo extensa, para os hábitos e possibilidades de leitura nessas eras, pode juntar-se, em âmbito diverso, o jornal do pessoal da Metalúrgica da Longra, órgão também de temática concelhia saído à liça de Novembro de 1962 a Outubro de 1963, intitulado “Boletim MIT”; e de Março a Junho de 1978 o “Mensageiro da Longra”, jornal do Centro Cultural e Recreativo da Longra.
Tal como a partir de 1982, em fases irregulares, o “Boletim
Municipal” da Câmara Municipal de Felgueiras, que (sempre de distribuição
gratuita) em séries posteriores passou a “Informação”, “Informativo” e
“Felgueiras Municipal”, até que a partir de Março de 2000 voltou a ser “Boletim
Municipal” (entretanto transfigurado em revista) e em Novembro de 2006 passou a
jornal mensal (contendo no cabeçalho o nome “Felgueiras”, seguido de legenda
“município com futuro” sobre indicação de Boletim Municipal). Até seguintes
fases, passando pelo título de “Atualidade”, em formato sensivelmente A4 que
durou 3 números, de Dezembro de 2018, Março de 2020 e junho de 2020; e depois
em novo formato, passou ao titulado “Felgueiras”, cujo nº 04 ficou com data de
dezembro de 2020, seguindo-se em abril de 2021 o nº 05, e assim sucessivamente.
= Frontispício (fragmento) do nº 1 – Março de 82 =
Quanto a periódicos,
juntou-se ao panorama em 1983 o “Gazeta de Felgueiras”, por iniciativa de Artur
Garibaldi e mais tarde continuado com Gualter Sousa. De cariz diferente em 1987
apareceu fugazmente em quatro números “O Felgueiras”, órgão oficial do Futebol
Clube de Felgueiras. Entretanto, em 1988, apareceu o nº 1 de um “Informação-CDU
Felgueiras”. Surgindo depois, também episodicamente à ribalta, em 1989 o “RF
Informativo”, de temporária comunicação escrita da Rádio Felgueiras através de
três edições mensais, de Março a Maio desse ano. Nos finais desse mesmo ano
existiu ainda um jornal intitulado “Dinâmica Laranja”, dedicado à campanha do
PSD-Felgueiras nas Autárquicas/89.
Em 1990, no princípio de
Junho, veio a público, para ficar, o jornal “Semanário de Felgueiras”,
inicialmente sob a direção da Profª. Emília Ribeiro, e depois, com o Dr. Manuel Faria a Administrador e Diretor – desde a
primeira hora a pugnar pelo interesse coletivo, transformado com o decurso do
tempo na principal tribuna de informação escrita do concelho de Felgueiras. Jornal atualmente que tem como Diretora a Drª Susana Faria.
Logo no início o mesmo
jornal teve diversas iniciativas, entre as quais editou um “Suplemento
Felmostra-S. Pedro/90”, dedicado à Mostra Concelhia que se realizava e à Festa
do Concelho. Como, anos mais tarde, teve uma diligência inédita em substituir o
que deveria ser dever da Câmara Municipal (de apoio e incentivo a estudos sobre
o concelho, sem olhar a políticas), acontecendo que o Semanário de Felgueiras,
através de Ação do seu administrador Dr. Manuel Ferreira de Faria, patrocinou a
publicação de um livro monográfico, “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de
Felgueiras”, publicado em Novembro de 1997. Como no ano seguinte, em Dezembro
de 1998, editou um suplemento alusivo ao Centenário dos Bombeiros Voluntários
de Felgueiras (“100 Anos”). Bem como em 1999 editou um “Suplemento Especial
Felgueiras Cidade”, dedicado às comemorações do 9º aniversário da cidade de
Felgueiras e à inauguração da sede da Junta de Freguesia de Margaride. Anos
depois, em Junho de 2002 teve um Suplemento (destacável, mas integrante do respetivo
número) sobre o 3º Aniversário do Clube de Andebol de Felgueiras. Tal qual, em
Junho de 2003, o mesmo jornal editou uma revista (“13 Anos-Semanário de
Felgueiras”), a assinalar o respetivo 13º ano de existência, comemorando
condignamente esse número mágico com energia positiva. Como no seguinte Julho
de 2003 colocou em suas páginas centrais um suplemento sobre a Elevação da Vila
da Longra. Em Junho de 2006 também um suplemento do 11º Aniversário da Cidade
da Lixa. E depois em Março de 2007 um destacável caderno especial/SF sobre a
subida de Divisão do CAF, na sua primeira participação no campeonato da AFP,
intitulado PARABÉNS CLUBE ACADÉMICO DE FELGUEIRAS/Académico de Felgueiras: Uma
época de honra e glória”.
De permeio, em 1991 teve
publicação, apenas durante esse ano, o “Jornal Escolar de Felgueiras”, da
delegação escolar local e sob direção da profª Emília Ribeiro, também.
Convirá notar que,
chegada no tempo esta fase mais próxima e produtiva, apesar de sabermos as
datas precisas da correspondente aparição de cada primeiro número das
publicações, se continua a indicar apenas os respetivos meses e anos, para
manter a linha de apresentação, sem diferir dos títulos mais antigos.
Assim, continuando a indicação dos sucessivos surgimentos, em 1993 foi dada à estampa a periódica revista “Felgueiras-Cidade”, da Câmara Municipal de Felgueiras (publicação editada durante alguns números mas depressa suspensa), bem como durante a campanha eleitoral para as Autárquicas/93 foi distribuída uma revista denominada “Continuar Felgueiras”, publicada num único número pelo Partido Socialista local. De permeio surgiu, ainda em 1993, um periódico intitulado “Contraste”, da Escola Profissional de Felgueiras. Depois, em 1994 apareceu “O Sovela”, jornal de vínculo municipal, embora oficialmente dependente da denominada Associação para o Desenvolvimento, Educação e Cultura de Felgueiras, que teve como primeiro diretor o Dr. António Pereira. No decurso de 1993, ainda, teve fugaz aparição um apelidado “Informativo” do Departamento de Relações Públicas do Futebol Clube de Felgueiras, o qual, apresentado numa única folha colorida nessa época futebolística de 1993/94, não teve continuidade.
Em 1995, nos seus números
semanais, os jornais então saídos regularmente dedicaram edições especiais
sobre a subida do Futebol Clube de Felgueiras à Primeira Divisão Nacional do futebol português: o
Notícias de Felgueiras em seu número de 1 de Junho, mais o Semanário de
Felgueiras e O Sovela a 2 de Junho.
A meio de 1997 surgiu o
semanal “Jornal de Barrosas”, que teve como Diretor José Quintela e apenas
durou de Junho até Dezembro do mesmo ano. Em cujos finais, durante a campanha
para as eleições autárquicas/97, o acervo foi engrossado com uma revista denominada
“Rubeas”, do Partido Socialista concelhio, tendo por Diretor o Dr. Lemos Pires
(publicação profusamente ilustrada pelas suas variadas páginas coloridas, que
viu a luz pública apenas em dois números); assim como também houve um “Boletim
Informativo do Partido Social Democrata de Felgueiras”, em número único
ostentando como Diretor o Dr. Manuel Faria.
De âmbito estudantil, com
indicação de 1998/1999, houve número de uma série do periódico “Contacto”, da
Escola Secundária de Felgueiras.
Anos mais tarde, em
Dezembro de 2001, durante a campanha para as eleições autárquicas desse tempo,
apareceu um jornal intitulado “A Voz de Felgueiras/ Finalmente” (em cabeçalho
sobreposto por aquele acrescento), tendo Leonor Teixeira como nome diretor e
patrocinado pela coligação partidária concelhia do C.D.S./Partido Popular com o
Partido Popular Monárquico (PP-PPM/Uma Voz para Felgueiras). Jornal que,
posteriormente, veio a ter outra sequência.
De permeio, o “Gazeta de
Felgueiras” fez sair um número especial, com data de Agosto de 2002, intitulado
“Felgueiras, Lixa e Barrosas / em festa de aniversários”.
Passados tempos, apareceu
em Junho de 2003 com nova roupagem e título o “Voz de Felgueiras”, de
publicação quinzenal e ostentando como Diretor o Dr. Marques da Silva.
Nessa época, no âmbito
comemorativo do 13º ano de publicação do jornal Semanário de Felgueiras, houve
uma edição literária e gráfica especial, inserida no panorama editorial
jornalístico concelhio, tratando-se de uma revista de tiragem e distribuição a
grande escala, saída em Junho de 2003 – edição essa, conforme o título da
revista, “Semanário de Felgueiras-13 Anos”.
A nível autárquico de
freguesias, como primeiro exemplo do género (pelo menos não houve qualquer
notícia na imprensa concelhia de algo similar), surgiu em Dezembro de 2003 o
n.º 1 do anual “Boletim Informativo da Junta de Freguesia de Rande”. Enquanto a
nível paroquial, dentro das mesmas condições, apareceu em Janeiro de 2004 o
primeiro “Boletim Informativo da Comissão Fabriqueira de S. Tiago de Rande”.
Seguiram-se posteriormente prospetos idênticos noutras freguesias como, por
exemplo, os Boletins das Juntas de Margaride e Idães.
De permeio, em edições
anteriores e posteriores, porventura, tiveram e têm existência outras
publicações de estabelecimentos de ensino do concelho, desde Escolas Primárias
às Preparatória e Secundárias (de que servem como exemplos, entre escolas
secundárias, o “Caça Notícias”, desde 2001 órgão da EB 2, 3 de Airães e “JACI”
a partir de 2006 da EB 2, 3 de Lagares, como, entre as Primárias, desde 1999 o "Jornal Escovinhas" da EB 1 do Outeiro da Longra-Rande, entre outros casos), bem
como alguns boletins e revistas de associações e outras coletividades (podendo
referir-se o “Palavra do Foca”, a partir de 1999 órgão do clube de natação
desse nome e da piscina municipal de Felgueiras).
Entretanto alguns títulos
da imprensa local deixaram de se publicar, não se sabe por enquanto se em
definitivo. Inicialmente desapareceu “O Jornal de Felgueiras” (após a morte do
seu último diretor, Dr. Miguel Mota); depois eclipsou-se o “Notícias de
Felgueiras”, tendo este deixado primeiro de aparecer nas caixas de correio em
2002, depois que andou algum tempo a sair com atraso na sua edição semanal
irregular e por vezes tiragem momentaneamente suspensa (fora os poucos números
de edições exigidas por lei, para envio à Biblioteca Nacional e de distribuição
restrita, ou seja sem colocação pública generalizada; como foi acontecendo
durante anos também com “O Jornal de Felgueiras”, desaparecido em 1988 e
suspenso posteriormente). Seguiu-se “O Sovela”, que em certas alturas aparecera
e desaparecera fugazmente, mas desde finais de 1997 tinha andado com tiragem
semanal regular, evaporou-se em 2003 aquando da Primavera Quente de Felgueiras,
envolvido no chamado “caso saco azul”... Depois, o “Gazeta de Felgueiras”, que
irregularmente ia saindo com intervalos de publicação, sensivelmente entre duas
a três semanas, e viveu último período com escassos números em longos períodos,
acabou por desaparecer quase sem ninguém se aperceber, deixando de chegar ao
público. Assim como o “Voz de Felgueiras”, que foi publicado durante escassos
dois anos e meio, com tiragens de quinze em quinze dias, terminou seus dias
após a campanha eleitoral autárquica de 2005.
Até que, contrariando a tendência que se estava a apoderar da comunicação social concelhia, surgiu um título a juntar-se aos resistentes, tendo aparecido a público no final de Março de 2006 o jornal “Expresso de Felgueiras”, de edição quinzenal, sob a direção de Armindo Mendes. No âmbito do respetivo lançamento deste jornal, foi anteriormente publicado um jornal especial dedicado à Longra, sob título “Vila da Longra”, cujo número extra teve edição única a 19 de Março. Posteriormente houve “destacáveis” dedicados a outros motivos e terras, a começar por uma edição dedicada à Feira de Maio de Felgueiras, no correspondente mês; e depois a Barrosas, a quem foram dirigidas quatro páginas centrais integrantes na paginação do E. F. de 26 de Maio do mesmo ano, num número extra intitulado Expresso de Barrosas, alusivo à festa anual do Espírito Santo, daquela vila (para a partir daí o mesmo suplemento ter ficado estruturado como mensal, mas dentro da sequência da paginação do EF, durante apenas mais cerca de dois meses).
De permeio, em Maio de
2006 apareceu um boletim informativo dos deputados à Assembleia de Freguesia do
Partido Social Democrático de Airães, sob título “Repórter de Airães”,
inicialmente de periodicidade trimestral, onde logo se notou o dinamismo e dom
comunicativo de Victor Vasconcelos. Depois disso, num retorno de edições político-partidárias,
surgiu em Maio de 2008 um Boletim Informativo do PSD-Felgueiras, na comemoração
do primeiro aniversário da respetiva comissão política liderada por João Sousa.
Até que, entretanto, em Setembro de 2009 houve primeiro número do Jornal AEF, da Associação Empresarial de Felgueiras. E, de seguida, durante a campanha para as eleições autárquicas, apareceram dois boletins direcionados aos eleitores do respetivo acto de Outubro imediato, um intitulado Somos Felgueiras, do Movimento Sempre Presente, de Fátima Felgueiras, e outro sob título Nova Esperança, da coligação PSD/CDS com o mesmo nome.
Culminando os sucessivos desaparecimentos, aconteceu em 2017 o encerramento do histórico Jornal da Lixa.
Passado isso, também veio a desaparecer o Expresso de Felgueiras, jornal de feição quinzenal que, uma vez por outra ainda apareceu de tempos a tempos, até que passou a formato apenas digital, por meios informáticos através de site informativo.
Presentemente, passadas as fases de publicações episódicas e de jornais extintos, por ora, mantem-se na atualidade (2023), em formato clássico de papel, como jornal concelhio de publicação normal, de forma a chegar às mãos dos interessados em saber sempre mais: O Semanário de Felgueiras, atualmente não semanal, havendo entretanto passado por três edições por mês e agora duas, em modo quinzenal na atualidade, também intitulado SF Felgueiras Jornal – trazendo novidades concelhias e evocando curiosidades Felgueirenses, qual andorinha a anunciar a Primavera dum ainda encanto existencial.