Embora se diga e seja mesmo que “recordar é viver”, nem só o
que se viveu diretamente se presta a fazer reviver. Tal o que vem a propósito,
na continuidade das anteriores evocações sobre o grande industrial metalúrgico Américo
Martins e sua epopeia da MIT/Metalúrgica da Longra. Pois, no caso pessoal, ainda
que apenas isso tenha sido mais do tempo ativo de meu pai e irmãos mais velhos,
a Metalúrgica foi um autêntico mundo de atração no tempo das crianças do meu
tempo infantil, por quanto proporcionava a toda a população e sobretudo aos
familiares dos operários (tal como descrevi pormenorizadamente no capítulo da
indústria local no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”,
publicado em 1997). Além que era a segunda casa de meu pai, que inclusive foi
ali um elemento saliente, como demonstra ter sido agraciado com o Prémio da Associação Industrial Portuense, como «operário da Metalúrgica da Longra», algo que entre os membros
da MIT/Metalúrgica da Longra e mesmo entre Felgueirenses só ele, Joaquim Pinto, recebeu.
Ora, como tal, apraz relembrar esse universo empresarial que
foi a ML, através de coisas respeitantes a esse cosmos metálico que foi na sua
dimensão a Metalúrgica da Longra. De cuja memória “falam” alguns artefactos e
adereços alusivos, do que há guardado no recanto arquivístico aqui do autor
destas linhas.
Armando Pinto
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