Páscoa em Rande – 1916: - Compasso Pascal na visita à Casa de Rande, da freguesia do mesmo nome. Com a Banda de Música de Felgueiras no terreiro fronteiro ao solar, a acompanhar o Compasso Pascal, em 1916 (como era costume nesse tempo, em respeito ao Conselheiro de Rande) - foto constante do livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997. E datada em cima assim: Paschoa - 23 - IV – 1916 (conforme constava no álbum da casa, feito pelo Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça).
Era Pároco de Rande, à época, o Padre Augusto Correia - conforme está também historiado no referido livro Memorial da região.
Nessa época estava já retomada a tradição do Compasso, que esteve interrompida a partir de 1911, após a lei da separação da Igreja e do Estado, e que em Felgueiras teve também contornos impopulares, inclusive com afastamento e prisão de alguns padres da região, enquanto outros se mantiveram nas paróquias, conforme está registado no jornal Vida Nova, do Padre Albino Magalhães (do Unhão, mas que à época residia na Aparecida, onde teve uma das sedes do jornal).
A “Banda do Aniceto”, como era popularmente conhecida a Banda de
Felgueiras (que o povo dizia do “senhor Anicetrinho”) era para o efeito “rogada”
pelo Conselheiro de Rande, que pagava a
vinda da mesma Filarmónica para acompanhamento do Compasso durante o dia na freguesia. Porém esse compromisso
dos músicos chegou a ser mesmo por respeito ao Conselheiro, incluindo casos em
que havia outros compromissos mas nunca faltavam a vir a Rande, ainda que por
vezes com menos elementos, sem deixar de cumprir com o Dr. Barbosa Mendonça de
Rande.
Armando Pinto
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