Entre publicações que marcaram
épocas, pelos idos anos da década de 1960 havia a revista “Terras de Portugal”
a registar a evolução das terras portuguesas, descrevendo genericamente os
concelhos e enfatizando as cabeças de concelho, mais as vilas de cada qual.
Sendo que assim e então, em 1963 foi a vez de Felgueiras ter tido lugar na mesma
revista, em cuja capa era dado destaque ao Cruzeiro da independência, quase
como símbolo maior visto no centro da então vila sede do concelho felgueirense.
(Cruzeiro esse que há tempos já mereceu
um artigo no Semanário de Felgueiras, na colaboração do autor destas linhas com
aquele jornal há já uns bons anos, como também está registado numa das
publicações neste blogue). Com a curiosidade de no tempo dessa revista antiga,
em 1963, ainda o Cruzeiro-padrão de Felgueiras estar então colocado em seu
sítio original, junto à pérgula existente nesse tempo, antes da destruição
dessa “pérola” romântica da época e da recolocação do cruzeiro no centro do
jardim diante do edifício da Câmara Municipal.
Pois então Felgueiras teve lugar
de destaque nessa revista, que ia já em 36 anos de existência, quando em
Janeiro de 1963 apareceu na capa do seu nº 1 desse ano (e 560 total) o nome de Felgueiras em
letras grandes, sobre a legenda do referido cruzeiro. Com maior espaço que
outras terras, sabendo-se que na mesma publicação havia lugar para outras, como
no seu interior houve reportagens sobre temas de Braga, Ovar e Lordelo de
Paredes, também. Contando que Felgueiras teve muito mais ênfase e espaço divulgativo,
mediante diversas crónicas a versar motes e assuntos de apresentação, incluindo
narrativas sobre os Paços do Concelho, Monte de Santa Quitéria, o então ainda
novo edifício dos CTT, Bombeiros Voluntários de Felgueiras, assim como do Alto
da Lixa, figura do Dr. Eduardo Freitas, a então Vila da Lixa, Banda dos
Bombeiros e Associação dos mesmos Voluntários da Lixa, etc. Ficando nessas
páginas registada a situação local nesse tempo dos arrebatados anos sessentas, ao mesmo tempo que anunciadas algumas casas comerciais existentes ao tempo, através da publicidade inserida –
como se pode ver por captação fotográfica de algumas páginas dessa revista da
coleção do autor destas lembranças.
Armando Pinto
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