Espaço de atividade literária pública e memória cronista

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Uma Recordação dos Tempos da Secretaria da Casa do Povo da Longra…


Ainda hoje entre o povo, como se costuma dizer, o Centro de Saúde local é mais conhecido por Casa do Povo. Porque, recorde-se, até não há muitos anos o antigo Posto Médico da Longra (criado em 1941) funcionava no edifício da Casa do Povo da Longra (fundada em 1939) e durante muitos anos coabitou em junção de serviços, funcionando na secretaria da mesma instituição quer a parte da Previdência Rural e Associativa da Casa, quer os Serviços Médico-Sociais, conforme era o nome anterior (e está historiado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”). 

Até que houve separação oficial e passou a haver a Segurança Social, ficando a secretaria da Casa do Povo no 1º andar do prédio e o Posto Médico no rés do chão. Por fim, a administração social foi transferida para a cidade de Felgueiras, com a instalação do Serviço Local da Segurança Social e mais tarde, o Posto Médico, já como Centro de Saúde da Longra, ficou instalado em casa própria, o atual edifício de raiz da ARS, presentemente do ACES de Tâmega e Sousa (ACES Tâmega III - Agrupamento de Centros de  Saúde de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, com sede no C S Lousada).

Ora, de quando houve a separação de pessoal da secretaria da Casa do Povo  é o artefacto da imagem, tratando-se dum corta-papel (mais propriamente de abrir envelopes), então feito artesanalmente por um colega e que durante algum tempo serviu na mesma secretaria, à falta de melhor; e, como tal, depois, foi oferecido como recordação, ao autor destas linhas, pelos amigos e colegas aquando da separação e ida de alguns funcionários para a Segurança Social de Felgueiras.

Uma recordação de bons tempos da antiga Secretaria da Casa do Povo da Longra.


Armando Pinto

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Curiosidades e Recordações relativas à Indústria Longrina


Na continuidade a um remexer no fundo da arca de lembranças sobre coisas da Longra, no caso, revemos desta feita um antigo catálogo da  Mit / Metalúrgica da Longra, de 1945, ainda do tempo da fábrica velha do Largo da Longra. Sem necessidade de muitas mais palavras de apresentação, aqui, legendada que fica facilmente na explicação que se nota pelas imagens que partilhamos agora (da capa e, como amostra, mais duas de suas 84 páginas).


Armando Pinto


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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Caracterização Industrial da Longra: A propósito dum catálogo da IMO


Na sequência das diversas curiosidades relacionadas com a mística da Longra – e numa continuação ao artigo anteriormente postado – sendo o nome da antiga povoação e atual vila muito relacionado com a indústria metalúrgica criada e desenvolvida na mesma Longra, como é conhecida pelo país através da fama granjeada pelos antigos “Móveis Longra” da “Metalúrgica da Longra” (firma emblemática que originou diversos rebentos, como já historiamos no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”), damos continuidade à publicação neste blogue de aspetos relativos com essa característica Longrina. Desta vez através de um catálogo promocional que teve certo impacto.


Com efeito, em princípios do século XXI, a IMO editou um catálogo sobre a sua cama hospitalar, de cuidados continuados, mais diverso material de enfermaria e afins, numa brochura ilustrada. Catálogo esse que chamou a atenção por ter como figura de chamariz publicitário um antigo futebolista muito conhecido, mas entretanto retirado – o famoso guarda-redes Tibi. Sim, o “Tibi do Porto”, como era e ficou mais conhecido, além de sempre recordado pelos relatos radiofónicos do Amaro.

Tibi havia terminado a sua carreira desportiva há anos, já, contudo a sua aura permanece pelos tempos adiante e, como tal, esse catálogo saltou à vista, mesmo que a fisionomia de Tibi já fosse algo diferente do guarda-redes de cabelo farto que se vira em tempos a defender a baliza do F C Porto.

Assim sendo, essa foi uma publicação interessante e, afinal, histórica também. Que aqui e agora recordamos (ilustrando com imagens da capa e, como simples amostra, de duas das suas diversas páginas). Algo que deste modo registamos à posteridade.


Armando Pinto


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sábado, 5 de setembro de 2015

Características industriais da Longra: A propósito de mais um exemplo empresarial – e do rosto jovem da Codizo.


É sabido, pelo conhecimento histórico, que a Longra tem sido ao longo dos anos um importante alfobre de empresas industriais, podendo dizer-se ser a terra-mãe da indústria metalúrgica e importante centro de iniciativa empresarial, comportando significativas indústrias de calçado, também. Desde longas eras, dos tempos dos mestre de fabrico de calçado artesanal, ferrarias, serralharias, etc. – conforme está devidamente historiado no livro (por bons motivos, volumoso) “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, escrito durante longos tempos e publicado em 1997, como se sabe.

Américo Martins, Luís de Sousa Gonçalves, Aurélio Pacheco, Fernando Machado, Artur Pedro Ferreira, entre outros, foram e são nomes marcantes na história da indústria "made in Longra". Mas novas gerações estão aí a surgir no horizonte.

Ora, por tudo o que merece atenção e apreço quanto diz respeito à nossa região, e para lá de outras curiosidades, entre as que já foram referidas neste blogue, de acrescento a outros escritos do autor, merece agora relance rememorando uma caixa jornalística há anos tratada no Jornal de Notícias. Num testemunho de como a história deve sempre fixar rostos pessoais que fazem algo de relevante. Perante a realidade que a economia faz mover a vida e a sua direção toma rumos consoantes as pessoas.

Assim, como marcação histórica, atendendo á gestão que a partir do meio da primeira década deste século passou a ser impresso a uma das fábricas de implantação Longrina, recorde-se o que publicou o diário nacional Jornal de Notícias no caderno Empresas, em sua edição de 08 de Novembro de 2007:



Armando Pinto

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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Parque de Lazer da Longra


Imagens do parque de lazer, constituído por pequeno recinto desportivo e zona de convívio, com mesas e bancos de pedra para merendeiros, existente na área urbana central da vila da Longra, entre o lugar das Cortes Novas e campos da Misarela, perto da Casa do Povo e zona da Arrancada (junto à margem do rio que passa ao lado da quinta da Casa de Rande).


Fotos captadas em 02 de Setembro de 2015, após colocação de terra de saibro, espalhada em intervenção de melhoramento atual.

Armando Pinto

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ATM da Longra – na efeméride dos 30 anos de Multibanco em Portugal…


Nesta data, ao segundo dia de Setembro, faz trinta anos que existe Caixa Multibanco em Portugal. Realidade que (como é normal em Portugal, onde o resto do país costuma ser paisagem…) teve início em Lisboa, através da primeira caixa de levantamento automático de dinheiro – que teve lugar no largo do Rossio, local denominado pelo nome do poeta assim chamado, mas mais conhecido pelo local onde Fernando Pessoa passava muito tempo ( e por isso ali tem a famosa estátua dele sentado), à porta do café que usualmente frequentava.

Após isso, começou por haver inicialmente menos duma dezena de caixas dessas. Sistema desde logo chamado ”ATM” e que hoje em dia se espalha por cerca de treze mil de tais unidades, mais conhecidas por “multibanco”. 

Por aqueles tempos demorou aquilo a chegar ao resto do país. Recordamo-nos ainda da renitência com que as gentes de Felgueiras ficaram de pé atrás quando apareceram as primeiras caixas no centro urbano felgueirense. Enquanto para se levantar dinheiro de contas próprias era necessário ir pessoalmente aos bancos e esperar longo tempo por atendimento. Passados uns anos, de alongado período, cá chegou finalmente à baixa... Pois na Longra, onde os bancos parece que não querem ganhar clientes e tardam em se instalar, então isso só foi possível, e apenas como caixa multibanco, sem qualquer dependência ou balcão, pouco tempo antes da elevação a vila.

Assim, porque não apareceu qualquer outra possibilidade, a instalação duma Caixa Multibanco na Longra só foi possível por iniciativa e parceria entre a Junta de Freguesia de Rande, presidida por Pedro Ribeiro, e a Associação Casa do Povo da Longra, liderada por Armando Pinto, num processo iniciado em 2002 e concluído em princípios de 2003.

Antes, qualquer pessoa tinha que se deslocar a Felgueiras, propositadamente para o efeito, como ainda é de memória não muito distante.

A propósito, recorde-se que no livro “Elevação da Longra a Vila”, no capítulo  “Algumas datas e factos memoriais  da Longra”, ficou registado: - «- Abertura da primeira Caixa Multibanco na Longra, nas instalações da Casa do Povo, a 7 de Março de 2003. Nesse dia  publicava-nos o SF  um artigo de fundo  intitulado “Futura Vila da Longra” – tema que serviu de mote de alegoria  principal ao Corso  Carnavalesco da Longra, dias antes.»

Ora, a Caixa Multibanco desde 2003 existente na Longra é a única da região, servindo a todas as pessoas desta área e a quem passa…

Como curiosidade, refira-se que ATM quer dizer (pela sigla inicial, do inglês) “ Automated Teller Machine”. Isto é, um terminal bancário ou remote banking, também por vezes referenciado por caixa eletrónica, caixa multibanco e caixa automática.

 Moral da História: Não se deve deixar esquecer o desenrolar histórico, para se poder apreciar os valores ainda existentes.

Armando Pinto