Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 30 de dezembro de 2018

Sinais natalícios exteriores na igreja de Rande


Passou já o Natal, estando-se contudo ainda dentro da quadra festiva, antes da chegada da passagem de ano. Mas a tempo de referenciar marcas de expressão relevante  do espírito natalício, sendo que fora de época há maior perceção. Tal como se costuma dizer que antes e depois se apreciam mais as rabanadas e os formigos, pois durante o período natalício há mais atrações e fartura de tudo.

É assim de registar alguns dos sinais natalícios que exteriormente marcaram o tempo de Natal no ambiente externo da igreja paroquial de S. Tiago de Rande. Através da colocação de decoração assinalada por uma estrela na testeira da igreja, e seus raios extensíveis até um dos lados, no adro defronte, mais um presépio de feição peculiar, no exterior (além do tradicional dentro da igreja). Com destaque para o referido presépio do adro lateral, entre a igreja e o campanário, no âmbito da campanha dos presépios da Diocese do Porto e da Vigararia de Felgueiras.


Disso, registamos tudo em algumas imagens, que se anexam em legado à posteridade memorial.


Armando Pinto
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sábado, 29 de dezembro de 2018

Uma recordação melodiosa - A propósito de lembranças... Canção d' A Moleirinha (cantada por Maria de Lurdes Resende, pelos anos 60's)



Com o ano a caminhar para o fim, vem alguma nostalgia pelo tempo que corre tão depressa, ao longo de mais uns passos da caminhada da vida. Sendo época de alguns laivos de saudade, mas sobretudo de recordações. De memórias que molham os olhos do pensamento. Calhando assim, em mais um ano quase ultrapassado, recordar uma canção ouvida na infância. Que em passos largos faz recuar o tempo à lembrança de minha avó. Mas também a meu pai, que muito gostava de ouvir rádio pela manhã, ao acordar, antes de ir trabalhar. E de quanto eu gostava de ouvir, de minha cama, ainda no afago de meio sono, essas músicas saídas do rádio de meu pai. O resto são lembranças pessoais. Uma das quais esta canção, da Moleirinha…

Armando Pinto

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Presépio na Rotunda da Longra, a assinalar a ambiência do Natal



Numa interessante iniciativa, dentro da quadra natalícia e no âmbito dos presépios públicos colocados nas rotundas do concelho de Felgueiras, está exposto na rotunda da Vila da Longra, junto à reta da Arrancada da Longra, um presépio da lavra da Associação de Cicloturismo de Felgueiras. Sendo que a mesma associação felgueirense, criada em 1991, está desde 2004 instalada no edifício da Associação Casa do Povo da Longra, onde tem sua sede, em sala própria oficialmente inaugurada em 2005.

Essa representação monumental da gruta tradicional do presépio está pois desde meio deste mês de Dezembro a ilustrar a devida representatividade, embelezando a rotunda que desde a Vila da Longra dá acesso à via rápida para a cidade de Felgueiras e liga à auto-estrada A11. Com impacto visual – conforme a imagem documenta.

A. P.

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sábado, 15 de dezembro de 2018

Advento natalício caseiro


Aproximando-se na rapidez do tempo a boa nova do Natal, no espírito familiar e comunitário, eis  que chega a entrada da época natalícia também em nossos lares. E, se atualmente volta a haver ideia de construção  de presépios nas casas das famílias, em feliz lembrança da diocese do Porto, na representatividade da Igreja Portucalense, há muito que é feito pelo autor, na linha da tradição familiar.

Assim, mais uma vez, este ano já chegou ao domicílio do autor o ambiente decorativo próprio da quadra. com a construção do presépio natalício, onde o Menino Jesus abre os seus bracitos de aconchego aos netos e restantes membros da família.  

Armando Pinto
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

"Sapatinho Natalício" expresso em (mais um) artigo no Semanário de Felgueiras


Artigo publicado na edição de 14 de dezembro do Semanário de Felgueiras, em cuja versão normal se pode ler na sua página 16. Crónica essa que para aqui se transpõe, como de costume em registo da colaboração do autor ao mesmo jornal felgueirense, com o texto por extenso ladeado por imagem da respetiva coluna.

Sapatinho Natalício

Aí está o Natal quase a chegar, mais uma vez regressado o período natalício de animar semblantes interna e externamente. Acendidas que já estão de novo as luzes coloridas da quadra, depara-se natural envolvimento por encenações comunicantes aos sentimentos relacionados. Num ambiente com certa comunhão a reminiscências do Natal de tempos felizes, como por norma são guardadas nos arcanos da memória as lembranças da infância, e mesmo outras fases marcantes da vida, nas recordações comuns à época.

Tal a ideia mantida dos sonhos chegados ao sapatinho de Natal pela noite da consoada dentro, antigamente por idílica graça do Menino Jesus e posteriormente por mais prosaica obra do Pai Natal. Até à fase em que deixa de se acreditar num Pai Natal socialmente nada convincente, seja qual for a cor e meios com que apareça simbolicamente.

Ligadas então as luzes e instalados cenários das aldeias e praças natais de cada ambiente, paira ainda alguma esperança que pouse no sapatinho comunitário, também, algo que reforce o espirito da quadra, sobretudo por gestos de concretização. Na confiança do encanto que continua nos presentes que possam advir.

Ora, nesse sortilégio, não será demasiado que qualquer ser comum possa sempre aspirar a algo do género, mesmo que mentalmente em figurada ideia. Qual será de no sapatinho felgueirense serem depositadas concretizações dalguns dos anseios comunitários. Mas também alguns desejos mais personalizados. Na extensão da iluminação citadina, normalmente deveras circunscrita ao centro das duas cidades do concelho, quando parece que ainda não é desta vez, pelo que se tem visto, ao tempo destas anotações, que (não) chega qualquer estrela cintilante ou outra peça decorativa de iluminação ao centro histórico duma das vilas, por exemplo. Acontecendo aí até só aparecer decoração iluminada em frente dum edifício, a dar ideia de ser por iniciativa privada e não de feição oficial, senão não se entende tal.

Enquanto isso, no sapatinho junto à lareira, deixado para as prendas, a comemoração espiritual celebrará outros desejos, para que algo fortaleça a segurança anímica. Quantas vezes terá vindo à mente possíveis ocorrências, no pensamento que será de prever tudo e qualquer coisa que possa acontecer. E disso o que possa ser feito. Porque pontes e locais problemáticos não há só noutras regiões e a necessária revisão deve ser tomada em conta, pois por cá também há pontos de passagens para outras margens e mesmo estrangulamentos de confluências de vias terrestres. Assim como passeios onde as pessoas não podem passar, por servirem de estacionamentos que até vão destruindo as guias das bermas ainda em obras inacabadas. Neste acidentado ambiente, cuja paisagem lembra colinas da figuração dos presépios também próprios da festividade. Sendo que o presépio de Natal se revela um símbolo, transfigurado no espírito afetivo como “lugar de encontro entre todos e por todos os meios possíveis”.

Simbologia que, por outro lado de visão, além dos pratos e doces tradicionais, para a afetividade felgueirense lembra o pão de ló que não costuma faltar nas mesas da consoada, mas falta ainda em expressão pública. Podendo ser um outro desejo que venha a calhar para o sapatinho comunitário, de finalmente passar a haver em Felgueiras formas simbólicas, quais alusões como da histórica rosca, nalgum dos espaços apropriados de acesso, em modos de representatividade geral.

É pois este tempo de celebrações do Natal. Época em que aparecem à cena também espetáculos e filmes a preencher espaços de lazer. E, pelo que a magia natalícia representa, tudo se entende no significado de sonhos e grandezas aos olhos das crianças; que mais não são, afinal, que uma representação do mundo dos adultos.

ARMANDO PINTO
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Notícia duma festa de outros tempos… em Rande


Já vem de longe a máxima afirmativa que ler jornais é saber mais. Quão, com efeito, se pode ficar ainda a saber algo mais de coisas caídas no esquecimento, quais antigas existências desaparecidas e hoje desconhecidas das gerações atuais.

Assim, entre exemplos vários, em pesquisas por jornais de outras épocas, depara-se por exemplo uma curiosidade relacionada com o tempo de Advento em eras passadas, já também de Natal à vista, noticiando uma festa que pelos idos anos finais da década de trinta ainda se celebrava na igreja paroquial de Rande.

Ora, por notícia publicada na edição do jornal Notícias de Felgueiras de 26 de Dezembro de 1939, fica-se a saber que no dia 10 de Dezembro desse ano (portanto dois dias após o Dia Santo de 8 de Dezembro, dedicado a Nossa Senhora da Conceição, que antigamente era dedicado a assinalar o Dia das Mães), de seguida teve então lugar uma festa em honra do Sagrado Coração de Jesus, plena de brilho religioso e importância comunitária, conforme o respetivo articulista à época descrevia.

Recorde-se que em 1939 era pároco de S. Tiago de Rande o Padre Alberto (muito lembrado durante largos anos adiante pela geração de nossos pais), como era popularmente conhecido o Padre Alberto Brito, de nome completo Alberto do Nascimento Costa Brito. Padre Alberto que esteve na paróquia de Rande em grande parte da década dos anos trintas, do século XX, e mais tarde foi destacado elemento do clero da cidade do Porto, tendo pertencido a grupos de sacerdotes que apoiaram D. António Ferreira Gomes durante a sua ausência forçada da diocese (pelo seu exílio no estrangeiro, ditado por Salazar, por motivos da política do Estado Novo). Ligação essa que teve ligação à visita que o Padre João de Rande, entre finais dos anos cinquentas e na década dos anos sessentas, também fez ao exilado Bispo do Porto, indo em comitiva de padres da diocese portucalense que se deslocavam a Espanha confortar o seu Bispo.

Situando agora a ocorrência de 1939 e porque melhor que mais palavras será deitar os olhos pela referida notícia, anexa-se imagem da mesma, tal qual ficou impressa a pequena crónica do colaborador de imprensa concelhia que enviava “Notícias da Longra” como correspondente assinalado por S.

Atente-se então nessa curiosidade, que agora aqui se recorda, através de recorte dessa mesma notícia (dividida em dois recortes, para melhor leitura).


 Armando Pinto
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Musgo para o Presépio Familiar do Natal / 2018


Raiando uma alvazelha no tempo de início de Dezembro, com um dia de tarde soalheira, após dias intermitentes de chuva, foi esta quarta-feira a ocasião propícia para ir ao musgo, em vista à construção do tradicional presépio cá de casa.

Assim, já ficou a secar o musgo, que dentro de dias irá cobrir a lapinha de Belém costumeira na anual decoração do ambiente na época natalícia, tal como em tempos com entusiasmo perante o pensamento nos filhos… agora também pensando nos netos.

Daqui a dias, como é da tradição, voltará então a haver o presépio cá de casa, na casa-mãe da família do autor destas linhas, na Longra.


Armando Pinto
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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Artigo no SF - Imagem


Relativamente ao artigo anteriormente referenciado e textualmente anotado no artigo anterior deste blogue, atualiza-se a partilha respetiva com imagem fotográfica da correspondente publicação, conforme saiu na edição do jornal Semanário de Felgueiras nesta sexta-feira dia 16 de novembro.

Armando Pinto
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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Artigo no SF sobre identidade perdida


É mesmo, sobre identidade perdida e à espera de reposição, que versa o artigo de opinião do autor, desta feita para publicação no Semanário de Felgueiras, dentro do espaço normal da colaboração do signatário no mesmo periódico regularmente trimensal de Felgueiras.


Com fundo de cariz histórico, em virtude de ter subjacente uma apreciação pessoal à mais recente conferência sobre arqueologia realizada em Felgueiras, o artigo expande a atualidade da incompreensível aberração das uniões de freguesias que estão a tirar interesse às populações sobre a coisa pública, à vista do marasmo que se abate com o que tem feito marcar passo as antigas freguesias. Às quais foi e está sendo imposta uma gestão totalmente estranha e de interesses sectários. Além de fazer com que os naturais das mesmas freguesias extintas deixem de ter sua naturalidade normalizada.

Desse artigo, para a memorização do costume neste espaço, junta-se o texto por extenso. Com necessária explicação, por surgir no jornal com alguma desatualização, relativa à implícita referência à aproximação do tempo de lembrar os entes queridos, por o artigo ter sido escrito para publicação na edição do SF da sexta-feira dia 26 de outubro (antes portanto dos "Santos", como popularmente é indicada a quadra de Todos os Santos e Fieis Defuntos), correspondendo a solicitação nesse sentido, mas apenas teve lugar já com novembro entrado no calendário.

Eis então o artigo referido, que tem estado para ser publicado no Semanário de Felgueiras:

Arqueologia da Identidade

Caminha o ambiente natural para a mudança fisionómica da transição anual, entrado o Outono, com a chegada da época das desfolhadas e aproximação do tempo de lembrar os entes queridos já desaparecidos, entre tradições e afeições. Tempo que convida à reflexão. Tal como outrora no fazer do pão era costume assinalar com uma cruz manual as broas antes de meter ao forno, junto com uma oração popular, e após as colheitas no encher da abada de feijão e as prateleiras de batatas, no estender do milho na eira, ao dependurar as cebolas e no tirar o vinho do lagar se louvava a Deus isso, também no abeirar de nova época seja de celebrar o que de antepassados tempos vem. No resguardo do aconchego temporal, passada a espuma do tempo anterior. De modo a haver um sentido mais concludente na vida, perante a roda do tempo.

Então, de enaltecer tem sido o ciclo de conferências em marcha sobre temas arqueológicos relacionados com Felgueiras e sua área envolvente, sob mote da Arqueologia em Terras de Sousa e Tâmega. Iniciadas as sessões, por ora, com alguns interessantes temas, o mais recente dos quais evocando o possível conhecimento sobre a defesa do espaço de fronteira diocesana, quanto à eventual Castelologia de Felgueiras. Embora sem novidades, obviamente, por não haver vestígios e muito menos certezas, mesmo porque não é por se ver um penedo que possa ter havido uma fortificação, tal como não seja certo que a toponímia explique tudo, ainda que os nomes que perduraram devam ter seu significado. Contudo, interessa, sim, que tais formas de reflexão comum trazem temáticas que fazem parte da História de todos.

Assim sendo, pela cartografia se pode refletir sobre diversas possibilidades, ficando ideias nos mapas sobre fronteiras da região, desde limites da antiga ligação à diocese de Braga e posteriormente à diocese do Porto. Sem se poder esquecer que pelo meio houve ainda a diocese de Meinedo, também da área sousã, como de permeio o território de Anégia primou na zona do atual Vale do Sousa. Enquanto em pleno Entre Douro e Minho, na zona da antiga Felgaria, propagada na Felgarias Rúbeas e sucessora Felgerias da área de Felgueiras, já havia há muito povoamento. Entre avanços e recuos de fixação de povos, levando e trazendo usos e costumes, falares e crenças da cultura galaico-portuguesa. Ao passo que durante a afirmação nacional, no alastrar do território sob domínio dos reis portugueses, já havia paróquias integrantes de Honras, Julgados e Coutos que volvidos tempos se fundiram na região concelhia, sendo as mais antigas freguesias da parte do posterior concelho de Felgueiras mencionadas nas Inquirições de 1220 e 1250. Em cujo decurso também se ia moldando a alma portuguesa e as bases da Pátria. Portugal nascera como Estado praticamente no Tratado de Zamora, em 1143, mas a sua independência só foi reconhecida internacionalmente em 1179, pela Bula do Papa Alexandre III; e as fronteiras, as mais antigas da Europa, apenas foram definidas em Alcanizes já no ano de 1297. Estes alguns dos fundamentos históricos da Pátria, de Portugal como Nação. Na qual, como concelho temos Felgueiras e a freguesia natal nossa terra Mátria. Com matrizes das raízes de outrora, por entre brumas da memória, de quanto é nossa identidade.

Eis que nos dias que correm, esquecido tudo isso por quem regeu entretanto a nação e teve o poder de administração na região, a identidade local e patriota foi mandada às malvas; a ponto de agora, com a reorganização administrativo-territorial imposta, muita gente ter perdido sua naturalidade, por freguesias onde tanta gente nasceu terem sido extintas. Como comunidade, mas com particularidades identificativas, urge pois voltar ao encanto de todos terem sua identidade reposta. Para que a terra que viu nascer cada qual possa voltar de novo a ser terra mãe própria de cada um.

ARMANDO PINTO

OBS.: Afinal, contrariamente à informação anteriormente dada ao autor, este artigo ainda não foi publicado no jornal - até à edição do dia 9 de novembro. Talvez por ser incómodo o assunto das freguesias. Mas, por se ter contado com a publicação antes informada, já que o texto aqui ficou, deixa-se mesmo assim, para não se andar mais com outros "tira e põe".

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domingo, 21 de outubro de 2018

O Futebol na frente da promoção felgueirense


Acontece hoje Taça em Felgueiras. Havendo este domingo de meio de outubro de 2018 importante jogo de futebol no estádio maior de Felgueiras, desta feita a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal do futebol de 2018/2019, no panorama do futebol nacional de alto nível. Voltando o nome de Felgueiras e a lembrança da terra felgariana a andar nos meios de comunicação em Portugal e a passar pelo conhecimento dos portugueses. Longe dos tempos da passagem do Felgueiras pela 1ª Divisão, de quando o histórico clube FC Felgueiras andou no meio dos clubes da lusa elite, volta agora a haver futebol de maior interesse mediático com a vinda do Sporting de Braga a Felgueiras, para o encontro com o atual FC Felgueiras 1932, no mítico Estádio Machado de Matos.

Retorna assim este domingo por cá o fenómeno futebolístico, sendo que, quer se queira ou não, o futebol é um meio dos mais importantes para a promoção de tudo e mais alguma coisa, sem passar ao lado o nome das terras e extensão das suas potencialidades.


Recorde-se então… Na substância das recordações de todos e cada qual, em toda a envolvência relacionada à mística local, tal como a imagem antiga do edifício dos Paços do Concelho, integrado num panorama que deixava ver atrás o Monte de Santa Quitéria e suas capelas pela encosta acima, qual quadro que logo trazia à ideia a festa concelhia dedicada a São Pedro, maila peregrinação de Agosto, a motivar arraial de merendeiros, tudo retoma à recordação. Pela visão entretanto alterada, perante o que foi edificado, a estragar o que havia antes naquela fisionomia quase familiar. Agora como que fazendo parte das conversas de recordações contadas aos filhos e netos, já. Quão está na recordação geral a mais antiga pérgula, também retirada das vistas do povo que por aqui anda. E certas mais ocorrências, que jamais se apagarão da memória coletiva. Como ainda há muita gente, por exemplo, que se lembra e fala do Sabú e equipa do seu tempo que há mais de meio século subiu o F C Felgueiras pela primeira vez de divisão, mais do Caiçara de forte pontapé, do Pimenta, também Zé Carlos “Mãos de ferro” e outros que entretanto ficaram na história do futebol de Felgueiras...


Assim, como tal, e porque tudo tem um princípio, recordamos aqui e agora o início da expansão terrena do futebol felgueirense, não quanto à cronologia existencial mas desde o momento das primeiras ascensões, através de algumas fotos coevas. Deixando falar a voz dos sentimentos, pese ida ou não ao estádio no dia de hoje, à falta de bilhetes para entrada, para tanto interesse.

Armando Pinto

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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A propósito duma exposição: Artigo sobre fotos histórico-felgueirenses


Reportando ao mais recente artigo do signatário (para publicação jornalística), regista-se aqui, entretanto, mais essa narrativa.


O assunto remete à atenção da generalidade de tudo e todos, por quanto deve merecer salvaguarda todo e qualquer elemento do património que afinal se revela coletivo, como são as fotografias testemunhais do passado e presente, quer de tempos idos como de tempo atual que no futuro também será já passado. Tal como noutras eras se guardava muita recordação resguardada em álbuns de fotografias de família e hoje com o que se vai perdendo pelas vias informáticas se nota ser necessário retomar em processos mais duradouros e ao alcance de todas as vistas.

Eis aqui, assim, algumas anotações tendentes a esse desiderato, para que nem tudo se perca e algo se transforme, a bem da memória coletiva.

Ora, conforme se procura expressar através de mais esta crónica, o que está no texto deixa correr a ideia da devida valorização pela preservação memorial e extensivamente respetivo conhecimento derivado.

Cujo artigo se partilha também aqui, para efeitos normais deste espaço de memorização, junto com algumas imagens captadas da referida exposição.


Memória fotográfica

No animatógrafo da memória tem lugar de relevo a existência de imagens, fixas e de movimento, capazes de guardar reproduções visuais de tudo e mais alguma coisa além de seu tempo. Em virtude do processo desenvolvido ao longo do século XIX pela invenção da câmara escura e fixação de imagens, até seguinte criação do cinematógrafo e por aí adiante. Chegando assim à posteridade retratos do passado, quer em fotografias à la minute, daquelas feitas em caixas de tripé, a mostrar pessoas e sítios, como fotografias tiradas em máquinas de mão, entretanto amarelecidas a figurar testemunhos visíveis de eras antepassadas, mais fitas de filmes com figuras movimentadas, em câmara lenta ou ligeira, na lentidão e evolução para movimento real.


Vem assim através do tempo reproduzidas impressões de outras épocas. Possibilitando rever coisas que não conhecemos nem vivemos, mostrando como eram ambientes do passado e fisionomias de outrora. Então, na ideia que uma imagem vale por muitas palavras, como é uso dizer-se e se entende, as fotografias complementam a preceito o que há documentado em papelada antiga, como sói dizer-se. Se notícias remotas chegaram e existem por meio de papiros e pergaminhos, mais sucessoras páginas de livros e jornais, em narrativas descritivas, melhor se completa a visão memorial com ilustrativas imagens, como são as fotografias históricas.


Assim sendo é de registar uma exposição foto-documental patente na Biblioteca Municipal de Felgueiras com o intuito de dar a conhecer algo da memória coletiva felgueirense por meio de fotos antigas, junto com documentos escritos. Decorrendo, no âmbito das Jornadas Europeias do Património 2018, entre outras vertentes do programa, uma mostra relacionada ao tema “Partilhar Memórias”. Cuja exposição, subordinada ao mote “Partilhar memórias através dos documentos”, «composta por documentos textuais e fotográficos sobre acontecimentos e eventos que ocorreram no concelho e de alguma forma marcaram os felgueirenses» desperta atenções e releva a importância dos testemunhos visuais, merecendo ser vista por quem se interessa pelos valores da memória comunitária e passar ao conhecimento mais vasto da população em geral.


Ali vimos, então, fotografias de raro conhecimento público, que pensamos fazerem parte de acervo do Arquivo Histórico da Biblioteca Municipal. Recuperando memórias perante a vista de acontecimentos do passado, incluindo pessoas que ainda conhecemos e outras de conhecimento historiográfico, mais panoramas remotos e vistas panorâmicas antepassadas.


Naturalmente, numa exposição temporária do género, o caso revela ser como que uma amostra, com apenas algumas das muitas fotografias de outras eras que existirão arquivadas, sobre variados motivos de apreço e personalidades salientes. Dando contudo para ser divulgados retalhos da história concelhia. Documentos físicos, como tanto mais, a não perder de vista na lembrança, nem deixar diluídos nos arcanos da memória. Na linha de valorização do que faz parte do sentimento felgueirense, na preservação do que ilustra o que une o caráter felgueirista. Do que ficou de antanho e deverá chegar aos vindouros, em herança afetiva.


ARMANDO PINTO
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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Tradição de Alminhas em Terras de Felgueiras


No território concelhio, pese não existirem atualmente castelos roqueiros, que está levemente historiado até terem existido, mas infelizmente desapareceram na erosão dos tempos, ainda há algumas construções que como testemunhos de eras antepassadas se podem considerar património coletivo. Além das igrejas românicas e solares, templos setecentistas e ermidas, pontes e calçadas seculares, como ainda igrejas de eras oitocentistas, também perduram pequenos monumentos, entre os quais, sóbrios ou simples que sejam, merecem particular atenção os que marcam épocas, mesmo que não distantes por demais.

Em ideia de fixação extensiva sobre tais afinidades e vínculos memoriais, mete-se assim em rol de sabor ancestral a tradição da existência das Alminhas, dos Cruzeiros e dos Nichos - dotações religiosas com elos de ligação entre si e que, dentro do campo das edificações comunitárias, por assim dizer, desempenham papel especial no lugar que ocupam.

Deambulando por qualquer parte do nosso país, com maior incidência no norte e particularmente, no caso, pelo concelho de Felgueiras, num qualquer recanto, mais propriamente junto a confluências e nas bermas de caminhos e estradas, encontram-se numa profusão assinalável motivos escultóricos de tradição religiosa como são as Alminhas, os Cruzeiros e os Nichos de tipo capela.
(…)

As Alminhas são antes um marco de religiosidade, construídas em votos de “promessa” ou erigidas para fazerem lembrar o culto dos mortos.

No concelho de Felgueiras, parcela nacional que nos é mais familiar naturalmente, deparam-se nesse género muitos pequenos e singelos monumentos ou capelinhas votivas, sendo autênticos padrões sacros. Podem considerar-se típicas formas de escultura popular, existentes em estradas nacionais e municipais, vielas urbanas, caminhos e atalhos rurais, como ancestrais exemplos de arte iconograficamente expressiva, além de enternecedores temas de fé piedosa.

Primitivamente continham no seu interior “frescos” impressos na cal ou retábulo de madeira a formar painel pictórico de belas pinturas de arte popular em lugar de destaque, representando cenas religiosas. Retábulos votivos algo ingénuos e modestos por vezes, ou mais clássicos noutros casos, mas que de qualquer forma induziam incitamento à devoção do passante em vista à oração pelos falecidos.

Supõe-se haver alguma relação com antiquíssima existência de painéis havidos no tempo do império romano, numa espécie de altares em honra dos chamados lares viales e capitales, génios protetores de caminhos de encruzilhadas e dos campos, aos quais eram dedicados tais oratórios fundidos na crença do povo, quais intuitivas formas de expressão pitoresca do sentir religioso de então. E como a romanização se estendeu também a estes sítios portucalenses do velho condado, pode enquadrar-se extensiva, sem rigores cronológicos, esta necessidade que se expressou publicamente em imagens personificadas de veneração, convidando à devoção e à prece por meio de imagens e legendas capazes de tocar a piedade espiritual.

Contudo, embora tivessem acontecido adaptações dos ritos pagãos com o novo credo, aquando da chegada do Cristianismo, a interligação será apenas de alguma continuidade que não de motivo, sem raiz direta portanto. Aliás essa sua origem confunde-se no tempo, fazendo parte da fisionomia local desde eras mais ou menos recuadas, enquanto a possível ligação sofreu longo desaparecimento pois, dos que existem, os mais antigos, conforme as Memórias Paroquiais de 1758 (in Torre do Tombo), foram erigidos por Confrarias das Almas, instaladas antigamente em algumas das paróquias-freguesias, como foi o caso de Rande com as Alminhas da Renda de Santiago.


É propositadamente que se juntam aquelas duas denominações de paróquias/freguesias, com que são referenciadas as terras conforme a indicação religiosa ou civil, pela explicação necessária: os termos Paróquia e Freguesia são ambos de origem religiosa, embora o vocábulo paróquia nunca se tenha tornado popular (profano), um tanto ao invés de freguesia, mais usado e que terminou por ser oficializado sensivelmente na segunda década do século XX, no período transformador da sociedade verificado após a implantação da República.

Mas retornando ao assunto, pode notar-se que com o decorrer dos tempos, os retábulos aludidos foram sendo alterados por painéis de azulejos, mas sempre com o mesmo sentido bondoso, convidando ao recolhimento em oração pelas almas do Purgatório.

Estes lindos e rústicos pequenos monumentos tradicionais têm por tema central, nos mais antigos, Nossa Senhora do Carmo estendendo o escapulário às almas suplicantes; havendo-os também com motivos da Paixão, ou S. Miguel Arcanjo a suspender a balança da justiça alusiva ao juízo; bem como, em alguns casos, com os santos invocados na região. Os mais recentes foram construídos por meio de promessas de fiéis, cujo incremento resultou de campanhas que atingiram cariz nacional, embora de lavra de sacerdotes da diocese do Porto, primeiro em nova iniciativa do Padre-Monsenhor Francisco Moreira das Neves (a juntar à sua faceta de incansável apóstolo da Cruzada Eucarística das Crianças); e por fim incentivada depois pelo Padre Francisco Babo (natural de Amarante, tendo sido confrade de curso de D. António Ferreira Gomes). Houve então, nessa renovada fase um fomento de restauro aos mais antigos e edificação de novos oratórios. E entre esses, feitos desde as décadas de cinquenta e sessenta, sobretudo, sobressaem alguns com dedicação a Nossa Senhora de Fátima, com e sem os pastorinhos videntes da Cova da Iria. Todos eles, os temas referidos, têm de comum ostentarem legendas alusivas a encimar as chamas e as almas em penas purificadoras.

No carácter puramente estilístico estes motivos escultóricos representam, por assim dizer, expressão sincera de natureza especialmente elevada, sem ligar muito a escolas, como quem diz processos de arte, antes singelidade exalada na fé consubstanciada nas cenas traduzidas e introduzidas nos conjuntos trabalhados em cantaria granítica, na arte nata do povo antepassado. Em construções menos antigas aparecem, porém, alguns edificados em materiais recentes, em especial de cimento.


Na obra literária de índole monográfica, “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, fazemos outra abordagem geral e debruçamo-nos mais distintamente aos dois exemplares de Rande, as Alminhas da Renda de Santiago, de edificação do século XVIII (pois vem referenciada nas Memórias Paroquiais de 1758), e as Alminhas das Quatro Barrocas da Longra, de construção existente desde 1961 – entre os diversos espalhados no território concelhio onde, praticamente, não há freguesia que não tenha pelo menos um desses monumentozinhos de arte da religiosidade local, integrantes da paisagem Felgueirense e Sousã.

Muito ou pouco cuidados, os modelos de Alminhas que perduram pela região, autênticas belezas conterrâneas, erguem-se formosos, em relevo da tradição. A merecerem catalogação e sobretudo conservação. Porque, como se cantava nestes sítios em anos recuados: “O Cruzeiro e as Alminhas, / desde há muito na nação / foram da alma lusitana / a mais terna devoção”.
(…)

( Texto que, com certas adaptações, conforme o tempo de publicação, teve já lugar no livro “Encontr’Artes 99 – VII Encontro de Autores do Vale do Sousa-V Colectânea de Textos de Autores do Vale do Sousa”, editado em 1999 pela Câmara Municipal de Paredes; bem como no “Monumento do Nicho nas Mais-Valias de Rande”, edição de autor de 2003; quer sob tema e título de Tradição de Alminhas no Vale do Sousa e Felgueiras; quer como Tradição de Alminhas, Cruzeiros e Nichos em Terras de Felgueiras. Para aqui transposto apenas na parte das Alminhas, a propósito de por estes dias de finais de setembro de 2018 ser comemorado em Felgueiras no âmbito das jornadas Europeias do Património o tema das Alminhas. )

Armando Pinto


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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Mural de homenagem memorial à história humana do antigo Colégio de Santa Quitéria


No âmbito do programa comemorativo das diversas valências que passam por datas jubilares no mítico Monte de Santa Quitéria, emblemático local sobranceiro à cidade de Felgueiras e ex-libris felgueirense, como ponto geo-afetivo da mística do concelho de Felgueiras, foi inaugurado no passado fim-de-semana, durante as cerimónias decorridas no terceiro domingo de setembro, um mural com os nomes dos alunos, mestres e responsáveis do antigo Colégio de Santa Quitéria. Fazendo assim memória pública dessa realidade de tempos antepassados. Em cujo memorial fica patente a identidade dos antigos discípulos do ensino ali ministrado.


Num primeiro olhar, com a curiosidade própria do interesse coletivo, depara-se, logo no primeiro ano da existência desse famoso estabelecimento de ensino e formação, o nome de António Barbosa Mendonça, mais tarde Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça, o popular Conselheiro de Rande, que foi Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Administrador do Concelho, fundador do Sindicato Agrícola e proprietário e diretor do antigo jornal Semana de Felgueiras; assim como seu irmão João Barbosa Mendonça, o depois Padre João Barbosa Mendonça que, entre diversas curiosidades, tem seu nome gravado num artefacto de sua paróquia natal, porque ofereceu a naveta do incenso da igreja de Rande (conforme está gravado na respetiva peça). Assim como se consegue aperceber de outros nomes, tal qual o de Américo Aguiar, que se tornaria depois no célebre Padre Américo fundador das casas do Gaiato. Entre tantos nomes, alguns dos quais mais familiares a quem tem algum conhecimento da história local, e outros com alguma relação através de pesquisas que se têm conseguido realizar. Algo que poderia ser mais identificável caso tivesse referência do local de naturalidade ou residência, de cada um, ao tempo da respetiva frequência do colégio. Sendo, acima de tudo, uma louvável concretização atinente à memorização que engrandece a alma felgueirense.


Desse Memorial junta-se aqui algumas imagens, do que foi possível captar, por ora, visto o local ser de momento ocupado por aparcamento automóvel (quando pela sua significação deveria estar livre aos olhos interessados e à curiosidade pública).

Armando Pinto

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Comemorações Jubilares Vicentinas em Felgueiras


O concelho de Felgueiras está umbilicalmente ligado à influência religiosa. Sem recuar muito no tempo, além da criação de antigos cenóbios e desenvolvimento local em torno das antigas capelas resultantes nas paróquias subsequentes, também na instrução derivada de conventos e escolas sob hábitos das ordens religiosas que por Felgueiras professaram ideais sacros. Em cujo percurso de boa moral, além de diversas outras ordens, como as irmãs Hospitaleiras e os Padres Carmelitas, por exemplo, mais naturalmente os párocos provindos do clero diocesano, se destacam os ramos da Ordem Vicentina. Sendo a Ordem da Missão desta feita a estar na ordem do dia.


Pode dizer-se que Felgueiras sem os Padres e as Irmãs da Ordem de S. Vicente de Paulo não seria a mesma coisa, quer pelo labor intelectual dos Padres Lazaristas na implementação e consolidação do carisma do santuário de Santa Quitéria, assim como por sua atividade seráfica a partir do seminário de Oleiros, em Lagares, mais no antigo grande edifício conventual de Pombeiro, até à Casa da Comunidade Vicentina do monte de Santa Quitéria, nos laços do antigo colégio de meninos, mais o outro colégio feminino e a casa das Irmãs de Caridade ali à beira. Com acrescento memorial das "Irmazinhas do Hospital do Unhão", como popularmente eram conhecidas as Irmãs de Caridade da Ordem Vicentina que estavam também no antigo convento da casa dos condes e mais tarde da Misericórdia do Unhão, inicialmente hospital e posteriormente estabelecimento de ensino. Comunidade essa que ainda recentemente saiu desse edifício, ficando desde então as mesmas Filhas de Caridade de S. Vicente de Paulo em Felgueiras somente no monte de Santa Quitéria.  


Assim sendo, é de destacar a atualidade jubilar na presença Vicentina entre nós, de forma marcante em localização carismática felgueirense. Estando a Comunidade dos Padres Vicentinos de Santa Quitéria, no caso, a assinalar a passagem de 150 anos de sua presença no monte felgueirense das maravilhas. Num programa entretanto divulgado e a que correspondeu a população, dentro dos parâmetros normais do povo felgueirense. Tendo decorrido no sábado uma conferência atrativa e muito concorrida, na Casa das Artes da cidade de Felgueiras...


... e no domingo no alto do monte da Santa uma eucaristia solene de invocação à memória relacionada e de seguida a abertura duma exposição sobre os 150 anos da presença do Carisma Vicentino em Santa Quitéria e a inauguração de um mural com os nomes dos estudantes do antigo Colégio de santa Quitéria.


Desses factos, para já, juntamos algumas imagens da exposição entretanto inaugurada e colocada à disposição pública na Casa de Apoio ao Peregrino, também popularmente chamada sala de exposições, ao lado do santuário. Realçando tal realidade como homenagem de apreço, no sentido da mística felgariana.


Armando Pinto
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