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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Fim da “Guerra Colonial” com o 25 de Abril – em 1974… E relacionada “Exposição Memórias da Guerra”… em Felgueiras - 2022 !

 

O 25 de Abril, entre todas as cambiantes relativas a esse acontecimento de período tão marcante na vida portuguesa, teve como especial referência afetiva o fim da Guerra Colonial, que levava os jovens para a guerra do então Ultramar, na guerrilha nas Províncias Ultramarinas de África. Coisa que a partir dali deixou de acontecer. Sendo esse o foco principal que logo despertou a atenção geral, à época. Algo também pessoalmente muito apreciado, mesmo porque eu, após o recenseamento militar de 1972, já estava apurado para a tropa desde 1973, ao tempo em espera de ser chamado ainda para esse serviço obrigatório. Mas então, após 2 anos de longa espera, em que com essa situação indefinida nem conseguia arranjar emprego, isso felizmente ficou sem efeito… acabando depois por ter passado à "Reserva Territorial", sem ter sido necessário passar aquele martírio. Tendo no entanto de pagar ao Estado por isso… conforme ficou registado na Caderneta Militar.

Ora, passados estes anos, além das lembranças do 25 de Abril, também pelo concelho de Felgueiras, convém não esquecer o que era isso da guerra, pelo facto da juventude ao atingir a maioridade ter de ir combater para África e sabe-se lá se por lá morrer, como aconteceu a tantos. Pese o facto de se dizer nesse tempo que a maioria das mortes eram por acidentes, como se as balas, granadas e as minas de bombas não fizessem mal algum… na oficial transmissão noticiosa e na popular passagem oral! Vindo assim agora bem a propósito vincar toda essa envolvência, como está agora patente na cidade de Felgueiras, em pleno jardim municipal fronteiro aos Paços do Concelho, a “Exposição Memórias da Guerra que os levou”. Mostra visual, documental e ilustrativa que estará patente até dia 31 de maio.

Armando Pinto

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Lembranças do 25 de Abril de 1974 em Felgueiras...!

25 de ABRIL DE 2022 

Passaram já 48 anos desde que aconteceu o 25 de Abril, desde o dia do golpe militar que derrubou o regime do Estado Novo, que por sua vez durara 48 anos.

Assim sendo, já estamos há tantos anos no chamado sistema da democracia, como os que viveram esse tempo conheceram e afinal o país esteve no chamado regime fascista, a ditadura de Salazar e que Caetano ao lhe suceder chegou a entreabrir com a primavera Marcelista, entretanto depressa desaparecida, ante recuo político que deu origem a descontentamentos e consequentemente ao derrube, em 1974. Saltando logo no íntimo das pessoas o facto dos jovens deixarem de ir para a guerra, o que foi a melhor coisa então surgida.

Passados estes anos, contudo, o espírito de Abril de 74 que abriu novos horizontes, como se dizia, também despareceu entretanto e hoje já nem se sabe ao certo em que regime se vive em Portugal, a não ser que está a ser um país de corrupção de altos poderes, a pontos de ser considerado um regime de domínio de sistema, quer politica, como social e até desportivamente, com a capital do país a dominar tudo e o resto a ser paisagem, apenas.

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De permeio, o 25 de abril em Felgueiras foi um tempo romântico, de grandes esperanças. Tendo passado demasiado tempo sem se cumprir tais anseios. Bastando ver que à época a vila de Felgueiras não era inferior a outras vilas vizinhas e os concelhos se equiparavam, enquanto até anos ainda bem recentes se acentuaram diferenças, como se sabe. 


Exemplo disso é a imagem que a anexa foto transmite, em coeva reprodução fotográfica, vendo-se parte do terreiro do antigo campo da feira – onde nesse tempo, ao que se dizia, ia haver uma intervenção urbanística condizente para dar outro aspeto ao centro da então vila. Enquanto passados anos foi feito o que foi… até a estragar a fisionomia do cenário de enquadramento (por trás) ao edifício da Câmara Municipal, que por sua vez também sofreu por tabela, depois, como é familiar aos olhos da atualidade.


E pelas freguesias, em parte, então nem é bom falar, como se diz, mas tem de se lembrar... chegando ao cúmulo de terem feito desaparecer algumas freguesias oficialmente, estando para se saber ainda como foi o diferente tratamento entre umas e outras – assim como estará a ser ou não feita qualquer coisa para repor a justiça e igualdade que se pensava advir do 25 de abril, sempre.

Coisas que são do domínio público. Algo que um dia a história analisará devidamente em mais distância de tempo. Com culpas não apenas de um partido, mas vários, afinal dos partidos e políticos ao tempo no poder e com representações nas Assembleias, mais membros das Juntas e Assembleias de Freguesia da época, etc. 


Posto isto, recorde-se o discurso do Dr. Machado de Matos, figura localmente associada a esses tempos, na sua oração entusiasta na primeira manifestação ocorrida em Felgueiras, passados dias, em abril de 1974, sobre os novos tempos dessa época. 


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Ora, o 25 de Abril ocorrido em 1974 representa um marco da História da Pátria Portuguesa e um tempo de recordações diversas de índole particular e coletiva, contando também a nível local e regional. Algo acontecido numa época de transição dos românticos tempos da música popular para a yé-yé, de receio da ida para a tropa por causa da guerra colonial, onde a mocidade perdia seus melhores tempos; assim como era de ampliação da vida laboral, quando a metalurgia começava a dar espaços à mecanização do fabrico do calçado pelas terras do concelho de Felgueiras, e mais umas quantas situações que fazem parte da memória das pessoas que viveram essas peripécias ou através de alguém ouvem contar.


Passados agora 48 anos desses tempos bonitos, quando o espírito do 25 de abril se diluiu quase já pelas políticas de anos mais ou menos recentes, sobretudo, apraz recordar algo do que também aconteceu em Felgueiras nessa era, onde quase nada acontecia,praticamente. Mas logo nos primeiros e seguintes dias também na terra do pão de ló houve ocorrências relacionadas com a transformação social operada no país, naqueles idos de meio da década de setenta, no já passado século XX. De cujas recordações aqui deixamos algumas imagens e colunas noticiosas, que apraz registar à posteridade.

Armando Pinto

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