Em mais um exercício de memória, desta vez sobre vestígios de
“coisas” que existiram em tempos passados, recorda-se dois casos diferentes, na
diversidade das curiosidades integrantes da memória coletiva.
Entre diversos exemplos, e de matérias de eras passadas. Num
caso sobre tema paroquial, nos contornos da vivência em torno da igreja e toque
paroquiano. E outro sobre tema escolar de antigamente.
Quanto ao tema eclesial, sem ser de hagiografia mas mais de
simbologia, embora sendo da história da igreja local, recordamos o caso de ter
havido em Rande um relógio de sol granítico, fotografado pelos idos anos noventas e como
tal fez parte visual e descritivamente do livro da história da freguesia,
paróquia e região – "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", edição que então foi possível editar através de patrocínio do jornal Semanário de Felgueiras, e volume há muito esgotado.
Desse exemplar antigo juntam-se fotos, da original fotografia
captada em 1991, a cores, depois entretanto incluída a preto e branco no livro “Memorial
Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997. No qual se
anotou, no livro original que ficou na posse do autor, algumas notas de
lembrete, para memória futura, em anotações pessoais.
Antigo relógio de sol, esse, em pedra trabalhada, existente até finais do século XX, pelo menos, nas traseiras da Residência Paroquial de
Rande, onde se encontrava sobre muro de suporte à eira da mesma casa. Cuja peça encontrada era vestígio do antigo templo, que existiu no local da igreja atual. Sendo pedaço de pedra que
no tempo do Padre João Ferreira da Silva foi colocado ali, na ideia de ficar
salvaguardado tal testemunho histórico-memorial. Mas que, afinal, deixou de estar no local, mais tarde – como,
para atualização, se apontou, também.
Mudando de assunto, quanto ao outro tema, de mote escolar, recorda-se
também ter havido pelos idos anos de inícios da década de sessenta uma
biblioteca interna da antiga Escola Primária da Longra, com empréstimo de
livros aos alunos para leitura em casa.
Dessa benesse de tempos de escola do signatário destas
linhas (escola velha, mais tarde apeada para crescimento da fábrica IMO), juntamos imagem de comprovativos de algumas requisições, de livros
requisitados, com a devida chancela da minha professora primária, D. Fernanda,
esposa do então presidente da Câmara Municipal de Felgueiras… em 1964.
Armando Pinto
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