O tempo voa e o pensamento ainda esvoaça mais. Como se nos depara neste dia a recordação e saudade. Passados dez anos da morte de meu pai, efeméride que hoje não podemos deixar de evocar, como tal.
Faz-nos falta a sua presença e companhia amiga, tudo o que
tínhamos com ele. Mesmo nas perguntas que lhe fazíamos constantemente, a
indagar o que nos lembrava de esclarecer, por exemplo. Algo que hoje nos lembra
sempre que há qualquer assunto que não chegamos a ter de tempos idos, de sua
época ou temporadas antepassadas, do que chegara conhecimento pela tradição
oral. E histórias de família, mais conselhos de experiência de vida.
O meu pai, Joaquim Pinto, autor da sirene da Metalúrgica da
Longra e Premio da Associação Industrial Portuense, único felgueirense aliás
com esse reconhecimento entre operários da indústria concelhia, era figura
pública da região, como eu me orgulhava de apreciar vendo como era apreciado
entre conterrâneos e pessoas conhecidas, sendo então um daqueles antigos
personagens locais que foram referências da memória coletiva.
Faleceu a 10 de Março de 2006, com 89 anos, meses antes de
completar noventa. Perfaz agora dez anos desde esse dia, em que esteve sempre
em nossos pensamentos. Como, entretanto, houve aqui algumas oportunidades de o
evocar (e se pode relembrar, clicando sobre os links seguintes:)
e
Em memória de quanto representou a sua existência, juntamos
algumas recordações pessoais, desde documentação, a fotografias de sua ligação
fabril e outras (que inclusive estão descritas no capítulo da história da
indústria na Longra, dentro do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de
Felgueiras”), passando por fotos de motores iniciais e maquinaria para fábricas da Longra, até à mensagem que foi lida na sua missa fúnebre, e poses familiares, sem
necessidade de mais legendas pelo que exprimem.
O meu pai foi sempre o meu herói. Como sempre pensei: - Não
há pai como o meu Pai!
Armando Pinto
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