Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Honra ao Mérito, em crónica no SF…


Porque uma comunidade e sua identidade também se fazem de simbologia e respeito, foi numa ideia de complemento identificativo que, desta feita, explanamos algumas considerações na habitual crónica de colaboração no Semanário de Felgueiras.

Desse artigo, para constar, aqui reproduzimos a respetiva coluna, saída a público na edição do SF desta semana. E seguidamente deixamos o texto legível, quanto ao que nos apraz transmitir através das linhas que têm visibilidade pública na página 12 do mesmo número do jornal de Felgueiras deste dia.

Galardões de Reconhecimento Municipal

Na roda do ano passa por estes dias a quadra dos Santos Populares, saltando a fogueira do tempo atual. E chega também a época da tradicional Festa do nosso Concelho, com o Dia de Felgueiras, como é o Feriado Municipal ainda com significado, afinal.

Ora, as festas de concelho e feriados municipais, por vezes, são ocasião propícia para um avivar do sentimento coletivo e fazer ressaltar a identidade conterrânea, como acontece em concelhos onde nesses dias são atribuídas distinções e galardões de apreço a quem merecer reconhecimento. Tal o caso de atribuição e colocação de medalhas atribuídas, por exemplo. Algo que em Felgueiras já ocorreu esporadicamente, no dia, embora as mais das vezes tenha decorrido noutras alturas.

Lembra tal caso o facto de em Felgueiras também haver medalhas atribuídas. Em oficial distinção, que confere a um felgueirense de apreço o título de “Cidadão Honorário de Felgueiras”, sendo conferidas por decisão unânime do executivo municipal, baseada no Regulamento das Distinções Honoríficas. Segundo proposta em que assenta tal decisão do executivo, atendendo a que há cidadãos que, pelo seu esforço, dedicação e doação às causas que abraçaram, não podem ser esquecidos pela comunidade que os viu nascer, sob pena dessa mesma comunidade vir a ser considerada insensível e ingrata para quem devotou toda uma vida ao serviço de causas felgueirenses. Além de instituições com relevantes serviços públicos prestados ou com representatividade concelhia evidente.

Extravasando a distinção-mor, que é a Medalha de Ouro, há ainda Medalhas de Mérito Municipal (sem especificar o metal, ou seja a distinção, que assim deve ser na categoria bronze) e a Medalha de Prata de Mérito Municipal.

No rol de medalhas de ouro felgueirenses, alguns casos fizeram história, como quando, a meio dos anos oitenta, do século XX, foi atribuída a medalha superior, com a categoria de mérito municipal, a um Ministro do Equipamento Social que havia feito promessas que não chegou a concretizar, e por isso o próprio não aceitou tal honraria, depois. Como ainda na década seguinte o mesmo aconteceu para com um outro Ministro do Equipamento Social, de cuja ação Felgueiras não sentiu benefícios à posteriori. Assim como outros casos, de que a história um dia se encarregará de fazer análise devida.

Intercalando com esses factos, é digno de registo que também houve medalhas de ouro justas, como as que foram atribuídas ao Dr. José Maria Machado de Matos, ainda quando Presidente da Comissão Administrativa da CMF; à Associação Humanitária dos B. V. da Lixa, pelo seu 100° Aniversário, em 1989; ao Futebol Clube de Felgueiras, pela subida à 2.a Divisão de Honra do Futebol; a D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto; à Cooperativa Agrícola de Felgueiras, pelo 50° Aniversário da Fundação, em 2007; à Associação da Banda de Música da Lixa, pelo 200° Aniversário da sua Fundação, também em 2007; ao Externato de S. Vicente de Paulo (Santa Quitéria); à Santa Casa da Misericórdia do Unhão; à Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras; à Associação Humanitária dos B.V. de Felgueiras; e Associação da Banda de Música de Felgueiras, por Serviços prestados ao concelho; à Fábrica de Pão‐de‐ló de Margaride, por Promoção do Concelho; D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito e antigo Auxiliar do Porto; Padre Rodrigo da Costa Ferreira, antigo pároco da sede do concelho; à Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras do Instituto Politécnico do Porto, pela Promoção da formação, estudo e investigação; bem como à Associação de Municípios do Vale do Sousa, por Promoção do desenvolvimento económico, social e ambiental / Proteção e promoção do património histórico, cultural e turístico da região do Vale do Sousa, entre mais. Contando tudo, por haver uma faculdade chamada memória.

ARMANDO PINTO