Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Festa de S. Tiago de Rande no horizonte...


Neste fim de semana último de Julho tem lugar no calendário local  mais uma realização da tradicional festa paroquial de Rande, em honra do Padroeiro S. Tiago Maior. Com início já esta sexta-feira, no próprio dia litúrgico dedicado ao Apóstolo evangelizador da Ibéria, segundo a convenção dos tempos sepultado na mesma Pensínsula Ibérica, em Compostela. Para cujo local convergiram ao longo dos séculos itinerários de peregrinação, tendo um dos percursos historicamente tido passagem em Rande, nesta parte sul do concelho de Felgueiras.

Em tal época especial dos produtos da terra, como agora, costuma-se dizer que São Tiago pinta o bago. Daí que o andor do mesmo Orago da paróquia, que sai na procissão solene, costume ser engalanado com um pé de milho e um cacho de uvas, em sinal da primazia temporal das colheitas.

À chegada de tão querida festividade da paróquia de Rande, que se prolonga por sábado e domingo, ainda, vislumbramos o ambiente festivo com uma panorâmica noturna da iluminação, através de duas captações fotográficas à distância, com vistas algures desde o centro da Longra...


... e recordamos o livro que há alguns anos, mais precisamente no ano 2000, escrevemos sobre a mesma festividade anual.

- «Evocações da Festa Paroquial de S. Tiago de Rande» (Julho de 2000 - de promoção à festa desse ano, por solicitação da respectiva comissão organizadora, traçando panorâmica das festas antigas.)

ARMANDO PINTO

domingo, 20 de julho de 2014

Parada automobilística felgueirense, do “São Cristóvão” padroeiro dos motoristas


Numa das antigas tradições que se vão mantendo, realizou-se neste domingo mediano de Julho mais uma festa concelhia do S. Cristóvão, como popular e resumidamente é chamada a agregação festiva dedicada ao patrono dos motoristas, em terras de Felgueiras. 


Realização esta normalmente chamada também de cortejo automóvel, gincana, desfile, mas bastando dizer-se "o S. Cristóvão" para logo haver associação geral.

Como de costume, juntando grande número de automobilistas aderentes nos mais diversos meios de transporte, saiu assim então o habitual cortejo automóvel com o andor de S. Cristóvão, desde a sede do concelho até a um dos extremos de Felgueiras, percorrendo o itinerário desde a cidade de Felgueiras até à igreja-capela de S. Cristóvão de Lordelo, onde teve lugar a tradicional missa solene com sermão apropriado, dando-se depois o retorno em cortejo também, ao som estridente de sirenes e buzinas, em direção ao monte de Santa Quitéria para o sempre apreciado repasto de convívio.


Desta ancestral e sempre renovada festividade móvel que todos os anos passa na Longra em ambos os percursos, registamos alguns instantâneos, neste espaço de anotação e análise escrita, mas também  louvor memorial ao que une os bons ideais telúricos.

Armando Pinto


((( CLICAR sobre as imagens, para ampliar )))

Um instantâneo caleidoscópico… referente à Longra


Num destes dias, perante o estado a que chegou o parque de lazer da Longra, sito entre o antigo lugar das Cortes-Novas e os campos da zona da Misarela, por trás da zona industrial / Metalúrgica da Longra, espaço amplo esse em tempos começado a ser edificado pela última gerência da ex-Junta de Freguesia de Rande  caso vindo a terreiro agora, obviamente, por a atual gestão da chamada união de freguesias não se voltar para esses lados   foram publicadas diversas imagens captadas a dar uma visão de tal realidade, numa página do facebook com ligações informáticas à vila da Longra.


Para fixação dessa situação, possivelmente temporária, registamos o facto para memória futura, dum enquadramento no tempo do que entretanto foi e não foi feito e se está a deteriorar, mas também de possível visão comparativa com o que ainda pode vir a alterar-se.


Entretanto, fica para a história recente esse post, com seu quê de caricato. Colocando-se a imagem que mais comentários mereceu, de diversos setores.

A.P.

sábado, 12 de julho de 2014

História de atividades do Rancho e seu Festival da Longra em livros...


Aí está mais um festival de folclore da Associação Casa do Povo da Longra, um evento que desde a primeira hora ficou a atrair grande interesse e afluência de grandes assistências. Com especial chamariz no cuidado posto no cenário do palco, na representatividade manifesta no programa, etc.

De tal Festival de Folclore da Longra ficaram historiadas as respetivas edições e demais atividades, através de livros escritos e editados pelo autor, como em simples exercício de recordação aqui se relembra.

Livros  com referências ao Rancho e seu Festival, ou a História do Rancho, suas atividades e do Festival, em livros:


- «1ª Mostra Filatélica e Exposição Museológico-Postal da Casa do Povo da Longra» (relativa a Semana Cultural de abrangência comemorativa do centenário de Francisco Sarmento Pimentel e octogenário do Correio da Longra - Julho de 1995). Com inerentes referências à participação do Rancho da casa...


- «1º Festival Nacional de Folclore “Longra/97”» (englobando partes historiadoras e galeria directiva da Associação - Maio de 1997).


- Livro (volume monográfico) «Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras»; publicado em Novembro de 1997. Edição patrocinada pelo Semanário de Felgueiras.


- «2º Festival de Folclore do Rancho da Casa do Povo da Longra» (contendo Lendas e Narrações das freguesias da área da instituição - Setembro de 1998).


- «Associação Casa do Povo da Longra-60 Anos ao Serviço do Povo» (alusivo ao respectivo sexagenário, contendo a História da instituição - Abril de 1999).


- «3º Festival de Folclore da Longra-Memória etnográfica do sul Felgueirense e afinidades concelhias» (Julho de 1999).


- «4º Festival de Folclore da Longra-Celebração Folclórica do sul Felgueirense» (Julho de 2000).


- «Evocações da Festa Paroquial de S. Tiago de Rande» (Julho de 2000 - de promoção à festa desse ano, por solicitação da respectiva comissão organizadora, traçando panorâmica das festas antigas.) Incluindo referências à  colaboração do R I J da C P Longra.


- «Rancho da Casa do Povo da Longra-Sete anos depois... em idade de razões» (Maio de 2001 – livro comemorativo do 7º aniversário do mesmo agrupamento e também alusivo ao 5º Festival de Folclore da Longra, de Julho seguinte – incluindo texto de fundo narrativo do “Conto de um Rancho Amoroso”, sobre a história do grupo em questão.)


- «6.º Festival do Rancho da Casa do Povo da Longra – Desfile de Oito Anos de Vida» (Junho de 2002).


- «7.º Festival da Associação Casa do Povo da Longra – Danças Mil em Nove Anos de Folclore» (Junho de 2003).


- Livro (alusivo da) «Elevação da Longra a Vila» - Julho de 2003. Edição do autor. Incluindo referências à  colaboração do próprio R I J da C P Longra e de alguns dos seus elementos desse tempo.


- «8.º Festival da Associação Casa do Povo da Longra – Alcance duma Década Etno-partilhada» (Junho de 2004).


- «9.º Festival da Associação Casa do Povo da Longra – Comunhão de Tradição Associativa» (Junho de 2005).

= O livro correspondente ao Festival de 2006, apesar de escrito e acabado, com toda a respetiva informação e cronologia histórica, não chegou entretanto a ser publicado, por motivos diversos, mas o original ficou guardado na biblioteca do museu etnográfico da mesma instituição, para constar (e, a relação atualizada até à campanha de 2006 , em quadro emoldurado).

Armando Pinto

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Agradecimento: pelas lembranças e atenções dos parabéns!


Foi um dia porreiro! Melhor dizendo, um dia bem passado, com as pessoas que mais gosto, naturalmente, junto a mim. Festejando mais um ano, à entrada na ternura dos sessenta, sem lembrar a conta mas a companhia de quem quero sempre comigo. E cá sopramos a mais velas, como queremos, em ambiente azul!

Apesar da manhã chuvosamente esquisita, na medida contrária ao que é anualmente costume, a tarde já se portou melhor neste tempo habitualmente de verão. Interessando, contudo, que foi sempre dia especial, pleno de calor humano, à medida das nossas afeições, na companhia de familiares chegados, com quem temos os mais estimados motivos existenciais.

Entretanto, agradecemos a todos os amigos e restantes familiares que nos enviaram mensagens de parabéns, e a todos os amigos da blogosfera e do facebook que também nos tiveram presentes em suas lembranças. E em tudo o mais que era e é para bem.

Na impossibilidade de agradecermos a todos, pessoal e particularmente, fica este agradecimento geral, mas com sentido de que reparamos e apreciamos tudo e todos.

Obrigado.
E é agora a minha vez de retribuir a todos, dando os meus parabéns, também, pela amizade e sinceridade demonstradas.


Armando Pinto

sábado, 5 de julho de 2014

Mais uma crónica no SF: Temas felgueirenses de ontem e hoje…


Com a festa concelhia de S. Pedro como denominador comum, entre diversas situações que viraram factos memoriais e fastos históricos, recordamos desta feita algumas facetas dignas de menção nos anais felgueirenses, em mais uma crónica no Semanário de Felgueiras.

Na pertinência de se verificar atualmente a união clubista do futebol em Felgueiras, com a anteriormente tão adiada e agora finalmente concretizada fusão, aproveitamos a maré para focar assuntos de interesse relacionado, em vista a procurar puxar pela mística Felgueirista.


Mas, porque pensamos ter discorrido o essencial, o melhor é ler, pois está lá tal intenção com algum desenvolvimento.


Ora, desse artigo, cujas palavras escorridas no texto têm realidade, poderá ver-se a respetiva coluna em imagem digitalizada - do que foi publicado na edição de sexta-feira dia  4 de Julho, na página 10 do jornal Semanário de Felgueiras.


… E, do mesmo, de seguida colocamos o texto datilografado, para melhor leitura:

Quando S. Pedro ia mais à bola…

Ainda está na retina o colorido vistoso do cortejo das flores que mais singular torna a festa do concelho de Felgueiras. Todavia a festividade já passou por este ano, diluindo-se no tempo as tonalidades que alegraram o ambiente. Porém a essência de tais festejos comunitários permanecem como festim de união, qual elo de aproximação coletiva, pese a importância que possa ser dada por cada qual.

É assim que pessoas antigas por muitos anos recordaram e transmitiram uma festa do São Pedro terminada debaixo de violento temporal; como outros avivavam, pelos tempos adiante, memórias dos antigos cortejos com gente rogada pelas freguesias, enquanto de véspera eram guardados lugares, no terreiro frondoso, para no próprio dia, e finda a deposição das flores em torno do monumento da Imaculada, todos comerem os farnéis sentados sobre mantas estendidas por tudo quanto era sítio, no monte da Santa.

Ora, também por isso, com um motivo algo particular, ficou na memória aquela festa do São Pedro de Felgueiras do ano da primeira subida de divisão do Futebol Club de Felgueiras (pois era assim ainda inglesado que normalmente era escrito, nessas eras), a meio da década de sessenta, do século XX.

Muito tempo decorreu, entretanto. Embora lá no alto de Santa Quitéria ainda não haja mesas e bancos para comer merendeiros, passados tantos anos. Pois não falta já muito para perfazer meio século, desde então. Tendo naquele ano toda a festa, por assim dizer, haver fluído com todos mantendo o futebol no sentido, estando sempre presente na cabeça o que se jogava no ainda pelado terreno da Rebela, no Campo Doutor Machado de Matos. A pontos de em plena caminhada pela encosta acima, durante o trajeto do cortejo das flores, muito bom folião quase ter deixado as mulheres a cantarem entre elas, com as cantorias por sua conta, porque muitos acompanhantes, apesar de levarem cravo ao peito e alfádega na orelha, por baixo do chapéu, irem entre eles a conversar, antevendo o que podiam fazer Sabú, Pimenta, Rodas (como popularmente era tratado César Roda), Estebaínha, Mário, Cardoso, Pacheco, Zé Maria, Mendes, Mamede, etc… e como o Monteiro surpreendera inicialmente a malta assistente, por ter aparecido a divisar o ponto central da baliza, até à pequena área, com marcação pelo próprio pé duma risca para sua orientação – coisa que até ali se não vira por estes lados… como aqui o autor destas notas se recorda de ter escutado, petiz ainda, mas desenvolvido já em ouvidos bem abertos, por quanto interessava aquele tema, que até fazia esquecer o refusto provocado pela camisa de linho colada ao corpo suado… em traje folclórico, como mandava a ocasião.  

Passara também aquela época do S. Pedro, em Felgueiras, sem contudo ter acontecido de imediato a ascensão ansiada, como é sabido pela história memorizada e também escrita. Tanto que teve de se esperar pelo início de Julho seguinte, para a tal subida de divisão acontecer. Sob calor estival e peripécias inesquecíveis, em que finalmente se verificou a primeira subida, da então 3ª Divisão para a 2ª Distrital. Faz para o próximo ano cinquenta anos.

Este ano o ciclo festivo do S. Pedro de Felgueiras fica ligado à atualidade de passar a haver de novo um só clube, decidida que está a fusão dos recentes dois clubes de futebol com nome de Felgueiras.

Ora, estando prestes a ser oficializada assim a união do futebol da sede do concelho, finalmente, pode-se dizer que de novo volta a existir o Felgueiras, clube de futebol felgueirense, sucessor do histórico Futebol Clube de Felgueiras. E, nada melhor que, de modo a vincar o facto, para o ano possa conjuntamente ser evocada a passagem de 50 anos da 1ª subida de divisão do F C Felgueiras. Podendo até, se possível, ser isso assinalado com homenagem pública aos obreiros ainda vivos, dos que protagonizaram um dos mais memoráveis momentos da vida felgueirense de meados do século XX, fazendo reviver na ternura da idade a gloriosa época de 1964/65, do clube azul-grenã. Porque daqui a um ano, sensivelmente, fará 50 anos desde que o Felgueiras subiu pela primeira vez. Quando S. Pedro ia mais à bola… E daqui em diante pode voltar a vir, trazendo melhores dias ao panorama do futebol felgueirense.

Armando Pinto


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terça-feira, 1 de julho de 2014

A Longra faz anos, nesta data!


Perfaz hoje a soma de onze anos, desde que a Longra passou oficialmente a vila. 

Neste tempo de crise social e de valores, sente-se o ambiente algo acabrunhado, perante antigas aspirações e perspetivas. Mesmo assim a Longra é sempre Longra, e será a Longra de todos nós os que nos sentimos afeiçoados a esta terra. A atual vila da Longra. 

Pelas 18 horas e um quarto, sensivelmente, como é costume, no Largo da Longra deverão rebentar bombas-foguetes em número correspondente à efeméride. Assinalando a comemoração da elevação da Longra a vila, quando, há 11 anos, precisamente numa terça-feira, também, foi declarada a aprovação da lei que criou a vila da Longra, na Assembleia da República. Conforme está historiado no livro "Elevação da Longra a Vila", publicado em Julho de 2003 (e esgotado logo na apresentação, mas que está referenciado na faixa lateral direita deste blogue).

A. P.