Estivemos, ao final da tarde de sábado, dia 7, na
apresentação pública do livro “A Terra das Árvores com Pés de Gente”, do nosso
conterrâneo Artur Barros, numa sessão realizada na Casa das Artes de
Felgueiras. Tendo então oportunidade de ficar a conhecer e possuir mais um
livro do referido autor da Longra, nascido na freguesia de Rande, do concelho de
Felgueiras - que como felgueirense quis lançar esta sua obra também em
Felgueiras, onde mantém casa e suas raízes, embora estando desde há alguns anos
a residir em Gaia.
Tratando-se de um romance de costumes sociais, numa
apreciação genérica, esse é mais um livro escrito e publicado por Artur Barros, num trabalho volumoso que, no caso, se recomenda sobremaneira por conter diversos aspetos memorandos,
das características vivenciais de outrora na área de naturalidade comum, dele e
nossa. Algo contado numa história de fio condutor definido pela narração de memórias abrangentes,
num enredo romanceado, através de contornos de ficção literária. Bastando reparar que a trama, da história recriada, é descrita passando-se numa localidade do interior nortenho do país, denominada para o efeito por nome generalizado de Quatro Barrocas... ou seja, transportando a uma antiga povoação onde havia um lugar conhecido por quatro barrocas, como que tomando o todo pela parte...
E não adiantamos mais, pois o melhor é ler, analisar e apreciar.
Acresce quanto representava o sítio, sabendo-se que
naquela zona decorria muito do quotidiano público da vida local, sendo que nas
quatro barrocas se juntavam crianças e rapazes em brincadeiras e passatempos
(permanecendo sempre nas recordações do autor destas linhas tudo isso, por volta dos anos sessentas, visto
haver duas gerações que então se cruzavam, a dos rapazes em idade da puberdade,
onde se incluíam os irmãos, primos e amigos, e a dos moços mais novos, em idades
escolares…), tal qual ali se juntavam os rapazes e raparigas mais espigadotes para danças e
folguedos, de que resultou a criação do grupo folclórico popularmente conhecido
precisamente por Rancho das Quatro Barrocas, fundado pela família das Padeiras,
por ocasião da bênção do nicho das Alminhas, colocado nesse entroncamento de
caminhos por algumas ligações das transcendentes lendas associadas… entre
curiosidades que saltam a nossa mente, ao correr das páginas do livro, em
apreço. Percebendo-se a existência de figuras e situações conhecidas, embora
com outros nomes e dados baralhados, na conformidade da ficção.
E não adiantamos mais, pois o melhor é ler, analisar e apreciar.
Como amostra, além da página da capa, e ainda da dedicatória autógrafa
que o autor fixou no interior do nosso exemplar, complementamos esta
nota informativa com uma imagem da sessão do respetivo lançamento, mais uma mostra da breve apresentação contida na contracapa.
Armando Pinto