Faleceu recentemente um senhor que faz parte efetiva da história felgueirense: o Dr. José Dias de Sousa Ribeiro. Salientou-se sobremaneira por ter sido Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, em plena década de 60, do séc. XX. Era distinto advogado, muito dado à cultura e dotado poeta, sendo deveras premiado em concursos de quadras populares e outros géneros de poesia. Residiu em Guimarães nos seus últimos anos.
Em homenagem a esse simpático personagem da História de Felgueiras contamos publicar proximamente um artigo jornalístico, embora a necessária pesquisa sobre seu currículo biográfico não seja fácil, por escassearem referências públicas, em publicações dos últimos trinta anos, pelo menos, sobre tal figura. Entretanto, deixamos aqui uma composição poética de sua autoria, que ficou famosa e provocou grande impacto, aquando da implantação (em 1988) da estátua de Nicolau Coelho em Felgueiras, por ter ficado no meio dum descampado (como era e foi durante tempos a depois Praça das Comunidades, em frente à Biblioteca Municipal), além do conjunto escultórico mais parecer uma campa, tipo jazigo de sepultura térrea - coisa que, afinal, anos depois foi alterada parcialmente… dando razão ao seu irónico poema.
O sucesso desse poema em sextilhas foi tal que, sucessivamente, teve publicação nas mais variadas edições locais e regionais.
Eis aqui, em transcrição digitalizada, o mesmo – conforme foi publicado em 1989, sem assinatura, como popular que já era, num jornal para as Autárquicas / 89.
Armando Pinto
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