Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Rande-Felgueiras na comunicação social...


Com a devida vénia, de TâmegaSousa on line:


Proteção civil sinalizou quatro ninhos de vespa asiática em Felgueiras


As situações sinalizadas pela proteção civil foram localizadas em Idães, Vila Cova da Lixa, Rande e Sendim



A proteção civil de Felgueiras já identificou quatro ninhos de vespa asiática, mas admite haver mais casos no concelho, disse hoje à Lusa o vice-presidente da câmara, João Sousa.

“Temos conhecimento de relatos de outros casos, em vários pontos, que foram destruídos pelos proprietários dos terrenos onde estavam localizados”, explicou o autarca.

As situações sinalizadas pela proteção civil foram localizadas em Idães, Vila Cova da Lixa, Rande e Sendim.

Os serviços da autarquia, em colaboração do veterinário da Cooperativa Agrícola de Felgueiras, têm acompanhado e registado os casos, procurando, com a ajuda dos bombeiros, proceder à destruição dos ninhos”, assinalou João Sousa.

O autarca frisou que aquele inseto “só ataca os humanos e é agressivo quando se sente ameaçada, tal como as outras vespas ou mesmo as abelhas”.

À Lusa, avançou que a câmara e a cooperativa agrícola do concelho vão realizar, na segunda semana de Setembro, uma ação de sensibilização sobre o tema destinada aos apicultores e agricultores.

Nas últimas semanas, têm sido sinalizados e destruídos vários ninhos de vespa asiática em concelhos do interior do distrito do Porto, entre os quais Amarante, Paredes e Marco de Canaveses. Também em Celorico de Basto, no distrito de Braga, há relatos de ninhos daquele inseto.

Na quarta-feira, em Penafiel, o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza avançou à Lusa que, em setembro, serão anunciadas ações concretas para monitorizar e controlar a vespa asiática em Portugal.

APM.
Lusa/fim

N. R. : Foto captada numa conhecida casa antiga de Rande )

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ligação Filatélica - a propósito de recordar a 1ª Exposição Museológico-Postal da Longra...


1ª Semana Cultural / Mostra Filatélica e Documental da Longra - 1995

(Notícia divulgativa no "Semanário de Felgueiras" de 07/7/1995)

Foi um acontecimento, como não tinha ainda havido muitos por estas bandas, a Semana Cultural realizada na Longra em 1995, através de uma Mostra Filatélica e uma exposição documental que levou o nome da então povoação da Longra até horizontes interessantes, ao longe e também ao perto. Disso deram conta algumas notas noticiosas, como relembramos.

Do  "Sovela", de 14 de Julho de 1995:


in "O Comércio do Porto" de 20 / 7 e "Sovela" de 21 / 7:

e no "Semanário de Felgueiras" também de 21/ 7 / 95:


... Enquanto do programa e adereços, desse tempo em que o autor estava na Direcção da Casa do Povo da Longra e consequentemente meteu ombros à organização desta realização, guardamos alguns exemplares das iniciativas, como mostramos aqui, em imagens digitalizadas...



Aspecto do Desfile da Mala-Posta, alusiva aos inícios do Correio da Longra... e

...qual recordação pessoal, relacionada com envolvimento na organização, uma pose fixando cenário da exposição conjunta sobre Francisco Pimentel e Correio da Longra - na Casa do Povo da Longra = de 08 a 15 de Julho de 1995.



E tudo isso teve na época e pelos tempos adiante uma repercussão vasta, como se pode explanar.

Então, em referência à Mostra Filatélica organizada em 1995, na então povoação da Longra (agora vila), recorda-se aqui e agora algo dessa exposição, através de descrição e colocação de imagens relacionadas ao evento, como gravuras de edições alusivas dum inteiro postal e carimbo comemorativo, também.


No contexto, defina-se o motivo principal, para melhor explanação:

Ligação Filatélica - Passatempo deveras entranhado no quotidiano de muita gente é o coleccionismo, havendo quem junte os mais diversos tipos de objectos e valores por esse gosto afectivo, no sentido de historicidade e documentação ou no simples prazer de posse. E, entre os diferentes géneros de coleccionismo há a filatelia, relativa à colecção de selos postais, mas também de outras variantes derivadas, como inteiros postais, carimbos comemorativos e demais adereços. Faceta angariadora que é das modalidades temáticas coleccionistas que terá mais adeptos, ganhando a filatelia contornos muito vastos.


... Concentração popular, em frente ao edifício da Casa do Povo, para ver um voo simbólico, quando depois, conforme programado, uma avioneta sobrevoou a Longra, relembrando a viagem pioneira do personagem que estava também a ser homenageado (F. Sarmento Pimentel).…


Vista parcial da 1ª exposição filatélica realizada no concelho de Felgueiras – Mostra da Longra/95

O fenómeno do coleccionismo filatélico, juntando a função utilitária de artefactos de correio com a sua preservação e valorização, tornou-se assim marcante numa sociedade dada a valores. Abarcando proximidade a aspectos estudiosos de assuntos identificativos, pela memória que é preservada em estampilhas e marcas postais, podendo estimular outra atenção pelo património dos mais diversos campos da cultura, contribui, dentro do seu género, para o enriquecimento de tudo o que faz parte da memória terrena.

Ora, assim sendo, também por terras de Felgueiras sempre houve e ainda há filatelistas, coleccionadores de selos e mesmo amantes das outras diversas modalidades filatélicas, mas sobretudo, há ligação Felgueirense à história da filatelia nacional. Tendo-se realizado no concelho de Felgueiras eventos característicos de mostras filatélicas, numa das quais inclusive com exposição de afinidade museológica, bem como Felgueiras viu gerados em si personagens que se revelaram salientes dentro do mesmo meio, dois dos quais estão considerados historicamente como Vultos da Filatelia Portuguesa – o Coronel Andrêa Ferreira e Henrique Barbosa Mendonça (este natural de Rande, onde residiu às portas da Longra), incluídos que foram estes dois Felgueirenses de tempos idos em galeria inserta num livro do Dr. Paulo Sá Machado, englobando selecção de personalidades do sector, com sintomático título de “Vultos da Filatelia - I Volume”.


- No dia da Abertura da I Mostra Filatélica da Longra – chegada, à Casa do Povo, do cortejo etnográfico a recrear a Mala-Posta (relacionando ao tempo da abertura da Estação do Correio da Longra, a que respeitava a comemoração paralela).

Pautada com essa vertente de pesquisa lúdica, reunião e catalogação, que é afinal o coleccionismo de valores postais, o concelho de Felgueiras também teve realizações divulgativas de áreas filatélicas, mediante exposições dedicadas a essas formas de arte. Primeiro aconteceu na então povoação da Longra, com a organização da 1ª Mostra Filatélica e Exposição Museológico-Postal da Casa do Povo da Longra, realizada na Casa do Povo local em Julho de 1995, comemorativa do centenário do aviador Francisco Sarmento Pimentel e do octogenário da Estação do Correio da Longra (onde, durante uma semana e entre numeroso material, esteve exposto precioso selo de D. Maria II, um exemplar do 1º selo português, saído em Julho de 1853, e houve carimbo comemorativo alusivo do evento).
Depois, em Outubro seguinte, a sede concelhia seguiu as pisadas com o 1º Salão Filatélico da Cidade de Felgueiras, exposição inserida então, em Outubro de 1995, na comemoração da outorga do Foral Manuelino de 1514.
E, por fim, em Junho de 1996 houve a 1ª Mostra Filatélica da Lixa, realizada no âmbito das comemorações do primeiro aniversário da Cidade da Lixa.

~~~ + ~~~
Sobre a ocorrência da Mostra da Longra / 95, convirá acrescentar, para memória e reposição da verdade, que, tendo sido comemorada a efeméride do correio da Longra no tempo em questão, isso aconteceu naquele ano para, a pedido dos responsáveis dos CTT (que incluíram a comissão organizadora da Exposição inserida na semana cultural de 1995), assim fazer coincidir com o âmbito da realização da Mostra Filatélica então realizada. Estando aquela época ainda dentro do período de um ano relativamente à oficialização, de 1914, da estação do correio local. Porém, anteriormente, em 1913, tinha havido recolocação desse serviço através de Despacho de 1913 (quando houve nomeação oficial de um funcionário, que anteriormente funcionava noutro regime), com respeito à criação do correio que foi em 1911 – conforme está historiado no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras". Por esse motivo, na ocasião, ficou assente que se houvesse organização de qualquer comemoração em tempo seguinte, e, atendendo às entidades que por tradição costumam organizar eventos na região, ou seja a Junta de Freguesia de Rande e a Casa do Povo da Longra, quais representantes à época mais recente, deveria haver atenção que se os organizadores fossem os mesmos ou pessoas conhecedoras da história local e do facto em questão (além de entusiastas de preservação da identidade local e direitos históricos), seria tido em conta, a partir dali, o ano do princípio, ou seja a verdadeira criação em 1911. Apenas que o que se passou depois alterou toda a panorâmica, visto em 2011, no ano em que o Correio da Longra perfazia 100 anos, ter sido oficialmente encerrada a respetiva Estação, substituída que foi por um posto adstrito ao edifício da Junta de Freguesia de Rande.

Sobre o início do Correio na Longra, aliás, já ficou também, e desde logo, registado o facto no livro editado aquando da Mostra Filatélica e exposição Museológica, em apreço.

Livro comemorativo, esse - esgotado no próprio dia da apresentação - que escrevemos para a ocasião e foi publicado em Julho de 1995, com as respectivas páginas ilustrativas, exceptuando as restantes páginas de imagens e anúncios das empresas patrocinadoras):

Como recordação documental - atendendo a haver sempre interessados em colecionismo postal que, se na altura devida não tiveram oportunidade, gostarão de ver algo relacionado - juntamos aqui diversos artefactos devidamente obliterados com o carimbo alusivo, desde provas e projetos anteriores, como inteiros postais e outras lembranças. 


Armando Pinto
(Clicar sobre as imagens para ampliar / ler)

sábado, 2 de agosto de 2014

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre Marílio – Filho de Rande: “Sacerdote para sempre" há cinquenta anos


Uma Nação só vive porque pensa, como discorreu Eça de Queirós. Vincando pela escrita que uma identidade, qual Pátria, a terra mátria ou torrão natal e afetivo, faz parte do sentimento, como parte integrante do que define a humanidade, que pensa e por isso existe. Quer dizer, quem pensa, procurando ver e meditar na razão existencial, valoriza o que torna o sentido afetivo especial, sabendo valorizar o que é seu, da comunidade, de modo a saber e sentir o que é próprio dessa analogia.

Num misto de familiaridade conterrânea, do género, ocorreu em 1964 um caso assim, que hoje apraz lembrar. Tal o que se passou, ao início de Agosto desse ano, com a ordenação sacerdotal do Padre Marílio, ao tempo amigo morador da Longra, junto aos moinhos da Torre, beirando o rio Sousa, na parte baixa da freguesia de Rande. Indo até ao Porto uma excursão, expressamente organizada pelo pároco Padre João, para se assistir à cerimónia da ordenação do Padre Marílio de Rande.


Temos ainda bem presente esse dia, pois, catraio ainda, com dez anos, o autor também foi nesse passeio de camioneta até ao Porto. A que, inclusive, se reporta a foto junta, de um momento de paragem pelo caminho, testemunhando algumas caras coevas de pessoas desse tempo… E cuja ocorrência, aliás, também ficou registada num dos contos do livro “Sorrisos de Pensamento” (publicado em 2001).

Desses tempos de inícios da década de sessenta, do século XX, é um aspeto das casas do adro da igreja de Rande, como mostra uma imagem dessas eras.


Ora, com muitas lembranças a bailar no mais amplo livro mental de nossas recordações, relembramos essa ocasião, tal como, volvida uma semana, a missa nova do Padre Marílio celebrada em Rande, na igreja matriz da paróquia de S. Tiago de Rande. Vindo de imediato ao semblante recordatório aquela semana antecedente, porque então se viveu na Longra um ambiente terno e alegre com o grupo de seminaristas que vieram para abrilhantar o cerimonial litúrgico, e, de permeio, encheram a Longra com sua alegria e encanto, em seu mavioso canto, qual bando de passarinhos chilreando, por entre esfusiantes brincadeiras e momentos de convívio com a juventude longrina. Enquanto, esses jovens que andavam a estudar para padres, também aprendiam cantos do conhecimento dos rapazes da Liga Eucarística de Rande, como a melodiosa cantiga do “Rouxinol adormeceu” (cantado repetidamente pelo César Ferreira, para melhor ficar nos ouvidos), e mesmo alguns cânticos que, com surpresa de um lado e de outro, se vinha a saber então serem da autoria do Padre Luís Rodrigues, da Lapa (Porto), que também nascera em Rande e a mocidade do seminário portucalense apreciava…

O Padre Marílio enquanto seminarista sempre que vinha de férias à Longra convivia muito com a rapaziada amiga e conhecida da terra (andando sempre acompanhado pelos filhos do sr. Machado, os irmãos Pinto, mais os César, Basílio, João Isaías, etc.), além de ajudar ao saudoso Padre João Ferreira da Silva nas missas, procissões, outros atos religiosos e na catequese ainda. Sendo desses tempos a imagem em que se vê o seminarista jovem ao lado do pároco, na organização da representação de Rande e Sernande para a peregrinação concelhia até ao monte de Santa Quitéria, em Felgueiras.


Ele, por esses tempos, gostava muito de patinar e recordamo-nos de o ver a jogar hóquei em patins na ampla esplanada de cimento da Casa da Padaria, a servir de rinque, à falta de melhor, junto com seus amigos Vítor Verdial, Fortunato Machado, Hernâni Carvalho (seu colega e depois padre, também) e outros; enquanto depois alguns pequenos, como o autor, iam todos contentes, levar-lhe a casa os patins e os sticks… e recebiam “santinhos”, como alguns dos que ainda guardamos.

Passaram muitos anos e muita água correu por baixo da ponte da Longra. E foi já há cinquenta anos que, com alguma admiração, naquele longínquo Agosto, beijamos as mãos perfumadas do senhor Padre Marílio, num misto tocante e conservante, por termos ali diante de nós aquele amigo que nos habituamos a ver a passar a nossa casa (normalmente ao lado do Adélio Machado, do Deodato Martins, e alguns outros), indo e vindo para sua casa, sempre rodeado de amigos e saudando conhecidos.


O Padre Marílio era filho da Virinha da Ponte, senhora muito risonha e simpática, e do muito respeitado senhor António moleiro, um daqueles homens de antigamente, cuja presença marcava consideração e apreço geral. Não sendo de admirar que tivesse sido incluído no lote de estudantes a quem, naquele tempo, a família Sarmento Pimentel, da Casa da Torre, pagava o curso canónico. E merecesse estima das boas famílias da terra, como era acarinhado pela D. Emília, esposa do sr. Américo Martins da Metalúrgica da Longra, e no mais fosse muito querido de toda a população.

Houve festa na terra, por isso, no dia da sua Missa Nova. Tendo o Padre Marílio ido em procissão desde sua casa, na Longra, até à igreja paroquial, em passeio a pé, pelo Montebelo, ou seja à volta, de maneira a passar pela Casa da Torre, com acompanhamento de muita gente sua amiga e conhecida. 

Da chegada à igreja e aproximação ao altar é o instantâneo fotográfico (colocado a seguir) que temos em nosso álbum pessoal e para aqui ilustramos tal memória de tão solene dia. 


Ora, o Padre Marílio é assim um Ilustre Filho de Rande. Que nestes dias, 2 e 9 de Agosto, está de parabéns, com honra e orgulho de quem sente o que respeita especialmente a Rande, a nossa terra. Tal qual se relembra com o verso da pagela alusiva, da ocasião - o "santinho" de recordação das respetivas Ordenação e Missa Nova.


Assim sendo, homenageamos deste modo o nosso conterrâneo Padre Marílio da Costa Faria, cujo percurso curricular se justifica fixar (deitando mãos, a partir daqui, à biografia oficial indicada por ocasião do reconhecimento que lhe foi prestado oficialmente pela Câmara de Penafiel, de permeio com alguns acrescentos):

Nasceu a 22 de Janeiro de 1940 na freguesia de Rande, concelho de Felgueiras. Aos seis anos de idade, iniciou o seu percurso religioso na catequese paroquial de S. Tiago de Rande, sendo admitido, aos onze, no seminário de Ermesinde, passando, também, pelos seminários diocesanos de Trancoso e Vilar.
Foi no seminário da Sé que concluiu o curso de Teologia, em 1964. Nesse mesmo ano, a 2 de Agosto, foi ordenado sacerdote, na Sé Catedral do Porto. Iniciou a sua vida pastoral como sacerdote na paróquia de Paranhos, no Porto, como coadjutor, de 1964 a 1966. Em Março de 1966 foi colocado como pároco na freguesia de Canelas, concelho de Penafiel. Posteriormente foi também Pároco das freguesias de Capela, Figueira, Sebolido, Rio Mau e Pinheiro, todas em Penafiel.
Foi delegado ao conselho presbiteral da Diocese do Porto (órgão consultivo do Bispo) em representação da Vigararia de Penafiel durante 12 anos.
 A sua vida religiosa caracterizou-se sempre pelo seu empenho, vivacidade, alegria, amizade, compreensão companheirismo e proximidade, principalmente para com os mais jovens. As suas características pessoais e sociais destacaram-no na sua vida religiosa, sendo um dos sacerdotes mais queridos não só da sua e nossa terra, bem como, especialmente, no concelho de Penafiel, onde se enraizou.
Em 1970, cumpriu o serviço militar obrigatório, frequentando, durante um ano, a academia militar em Lisboa, como preparação para os dois anos que se seguiriam, como capelão militar na guerra colonial, em Moçambique. Regressou depois, por fim, às suas paróquias no Verão de 1973.
Paralelamente ao seu percurso religioso, sempre foi um cidadão muito ativo. Aos vinte e seis anos, foi jogador federado de hóquei em patins, pela Associação Desportiva de Paredes, tornando-se no primeiro padre federado. Foi vice-presidente e chefe do departamento de futebol do Futebol Cube de Penafiel, e refundador do Futebol Clube de Canelas, tendo liderado o processo de construção de um campo para a prática desportiva. Desenvolveu, também, a sua vida profissional como professor de Educação Moral, Religiosa e Católica, durante 25 anos, e foi Presidente do conselho executivo da Escola Secundária de Paredes, entre os anos de 1993 a 1995. Foi, ainda, Provedor da Escola Secundária de Paredes em 2001 e 2002. Em 1996, foi Vereador com os pelouros de Juventude, Desporto e Cultura da Câmara Municipal de Penafiel. Socialmente, procurou sempre responder aos desafios que lhe eram propostos, tendo fundado, em 1974, o Grupo de Jovens da Capela (CECA). Mais tarde, em 1993, foi fundador do Rotary Club de Paredes e Secretário da direção da Apadimp. Desde 2006 até à presente data, desempenha o cargo de Vice-presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios.

Atualmente, com 74 anos de idade continua com a sua missão de sacerdote, sendo responsável pelas freguesias de Canelas, Capela, Sebolido e Rio Mau.

Numa das esporádicas suas vindas a Rande, o Padre Marílio, de uma das vezes, teve oportunidade de concelebrar no altar onde celebrou sua primeira missa, no caso aquando duma visita pastoral do então bispo-auxilar do Porto e felgueirense D. João Miranda, ao tempo da administração religiosa do Padre Jorge - como se vê na foto seguinte, estando dos lados do altar dois padres naturais da paróquia de Rande, de um lado o Padre Marílio Faria e do outro o Padre Joaquim Sampaio.


Recentemente, o Padre Marílio foi agraciado pela Câmara Municipal de Penafiel com a Medalha de Ouro do próprio concelho, aquando do 243º aniversário de elevação de Penafiel ao estatuto de cidade. Ato ocorrido, corria Março de 2013, em sessão solene evocativa do “3 de Março” penafidelense, realizado no Museu Municipal local. Na ocasião, entre as atribuídas medalhas honoríficas a instituições do concelho, foram reconhecidos méritos também a personalidades, como o P.e Marílio, com a medalha de ouro da cidade de Penafiel, referenciando: «Marílio da Costa Faria, padre, responsável pelas freguesias de Canelas, Capela, Sebolido e Rio Mau».


Agora, na passagem do cinquentenário em apreço, o atual bispo do Porto, o simpático D. António Francisco dos Santos, celebrou condignamente as respetivas bodas de ouro sacerdotais onde, há cinquenta anos, o Padre Marílio e seus companheiros de curso completaram o percurso presbiterial, na Sé do Porto – como, ao cimo, mais aqui  e no fim, se regista em imagens correspondentes.

No caso, houve missa solene na Sé Portucalense, para assinalar as bodas de ouro dos sacerdotes que festejavam essa conta jubilar de há 50 anos terem sido ordenados por D. Florentino Andrade e Silva – como se pode reter pela descrição da Ecclesia, agência noticiosa cristã:

« D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, afirmou este sábado na celebração de Bodas de Ouro de oito sacerdotes que o ministério que desenvolveram ficou marcado pelo Concílio Vaticano II, por “pontes de diálogo” e “novos caminhos na missão da Igreja”. “Estabelecestes pontes de diálogo com o mundo da cultura e abristes caminhos novos na missão da Igreja”, disse D. António Francisco aos sacerdotes ordenados no dia 2 de agosto de 1964, “contemporâneos” da “primavera de esperança” que Vaticano II significou para a Igreja. “O Senhor escreveu convosco uma bela página da Igreja do Porto, em tempos exigentes e em lugares de periferia, onde é necessário levar a alegria do Evangelho, como nos convida o Papa Francisco”, acrescentou.

Neste sábado, no dia em que se assinalavam 50 anos de ordenação sacerdotal de Amadeu Ferreira da Silva, Domingos de Lima Milheiro Leite, Joaquim Maia Moreira de Sousa, José de Almeida Campos, José Pereira (C.M.), Manuel Dias da Silva, Marílio da Costa Faria e Rui Osório de Castro Alves, o bispo do Porto presidiu a uma eucaristia na Catedral. “Quero, com a minha presença, dizer-vos que a alegria que aqui nos traz é alegria de toda a Igreja do Porto”, referiu D. António Francisco dos Santos.»


Armando Pinto

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