Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 10 de dezembro de 2016

Centenário Natalício de Joaquim Pinto (10-12-1916/2016)


Cerca de meio ano antes de Nossa Senhora aparecer em Fátima, aos pastorinhos videntes da Cova da Iria, nasceu em Rande-Felgueiras Joaquim Pinto. Faz precisamente 100 anos neste dia 10 de Dezembro presente, perfazendo um centenário desde essa graça.


Ora, quando estão já em curso as comemorações jubilares do centenário das Aparições de Fátima, lembra também este outro centenário. Ou seja, faz hoje cem anos que meu pai nasceu.
Foi num domingo, há 100 anos, durante a Missa de Rande,  enquanto na igreja de S. Tiago de Rande decorria a missa paroquial domingueira. Contava ele que, segundo ouvira, se celebrava a missa dominical de Rande aquando do seu nascimento. E, conforme se tornou público, porque o parto de sua mãe estava difícil, o pároco dessa época, Padre Augusto, pediu do altar a todos uma oração. Então foi feita conjuntamente uma sentida prece, para que nascesse em boa hora. Facto passado a 10 de Dezembro de 1916, na mesma igreja onde depois foi batizado, participou nos atos da comunidade paroquial até ao seu falecimento, ocorrido a 10 de Março de 2006; em cujo templo por fim, no seguinte dia 11, foi encomendado a Deus.

Assim sendo, porque se fosse vivo meu pai fazia agora cem anos de idade, e porque ele está e continuará sempre vivo em minha memória saudosa e na memória familiar e coletiva, assinalo tal facto, a efeméride e natural lembrança.


Na pertinência desta passagem de seu centenário natalício, prestes a chegar também o natal comemorativo do nascimento de Jesus, como que continuando no sentido da caminhada entretanto iniciada na vivência do Ano Santo da Misericórdia, pelo caminho que somos chamados a percorrer, aqui evoco meu pai.


O meu pai sempre foi o meu herói, minha referência maior. Sem precisar de ter deixado marca nos passeios da fama, mas dentro do meu ser. Com orgulho de saber que foi reconhecido pelo seu valor em vida, tanto que é o único felgueirense que foi agraciado com o Prémio da Associação Industrial Portuense (instituição mais tarde agremiada como Associação Empresarial de Portugal), ele que foi o criador da famosa sirene da Metalúrgica da Longra (que era referência de sinal meteorológico em sítios distantes, quando ouvida longe), assim como da idêntica da Ferfor da Serrinha, por exemplo.


Como tal, entre imagens de ilustração, junto algumas fotografias relacionadas com essas e outras facetas, desde gravuras documentais, incluindo cabeçalhos de ofícios das firmas antigas por que passou a "Metalúrgica", quer nos anos trinta como na década de quarenta, enquanto a fábrica esteve no Largo da Longra, como depois que passou para a reta da Arrancada da Longra, também, mais o que por aqui se mostra e recorda, como publicação celebrativa.

Até sempre!


Armando Pinto
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