Felgueiras volta a ter uma equipa de ciclismo com o nome de Felgueiras. Como em tempos teve a equipa "Zala" e mais tarde também a "W52-Quintanilha-Felgueiras" (como está registado no livro "Ciclistas de Felgueiras", publicado em janeiro de 2020 e apresentado publicamente a 7 de março seguinte, na Biblioteca Municipal de Felgueiras).
Antes, até há meses ainda, Felgueiras tinha a sede da W52-FC Porto, equipa agora substituída pela "Fonte Nova - Felgueiras". Sendo com muita honra que o autor passa a seguir esta equipa, como próprio simpatizante, além da mesma até ter equipamento de cores de gosto pessoal, em azul e branco, com letras brancas da publicidade dos patrocinadores, mais do nome da equipa, também afetivamente por ter o nome do concelho de Felgueiras.
Havia sido anunciado que «”A W52 e o FC Porto vão (iriam) continuar a apoiar o ciclismo na próxima época desportiva, através de um novo projeto que terá uma equipa de sub-23 e apostará no ciclismo de formação” (como pode ler-se no comunicado divulgado pela formação, em finais de 2022). Segundo a nota, o projeto estaria “ancorado na associação ‘Fonte Nova – Clube de Ciclismo’” e quer “concertar a ação com entidades como a Federação Portuguesa de Ciclismo e outras dos setores desportivo, educativo e social”».
Mas… De surpresa, agora já em fevereiro de 2023, iniciou-se a nova época de ciclismo de estrada em Portugal sem a presença da equipa resultante da parceria oficial da W52 com o FC Porto, mas com a nova equipa Fonte Nova - Felgueiras. Apesar de em novembro ter sido anunciada uma nova aposta como equipa W52-FC Porto – Sub 23. Ficando-se agora a saber, afinal, que tal projeto foi alterado, segundo se constata pelo sucedido. De modo surpreendente, pois não houve qualquer informação pelos meios do FC Porto, quanto a haver continuação, embora nos moldes com que houvera a última informação, nem que ia deixar de haver ciclismo com o nome do FC Porto, nesta temporada. Tal como nem nas páginas informáticas da W52. Assim como não em qualquer local ou suporte da comunicação social felgueirense. Como também sem que tenha havido notícias pela comunicação social nacional, prova que o ciclismo sem o FC Porto perde impacto.
Ora, porque naturalmente o autor não tem qualquer contacto privilegiado, o caso caiu de surpresa. Apesar de alguma amizade pessoal noutras alturas ter dado para notícias quase em primeira mão (num dos blogues pessoais, por exemplo), desta feita e como adepto foi mesmo com a chegada do início da época que houve conhecimento do facto. Entendendo-se naturalmente isto pelas ocorrências recentes, que levaram a esta alteração, para já.
Assim sendo, através de pesquisa pessoal, nota-se que, em comparação com a apresentação anterior, ocorrida em novembro, a empresa Fonte Nova - Clube De Ciclismo foi constituída em dezembro seguinte, mais precisamente em 2022-12-12, tendo a sua sede no concelho de Felgueiras, exercendo «atividade de atividades dos clubes desportivos e está atualmente classificada como Ativa».
Então, este domingo 5 de fevereiro de 2023, quando o pelotão nacional embarcou na época de 2023, com a tradicional Prova de Abertura – Região de Aveiro – Taça Jogos Santa Casa, soube-se que a temporada de 2023 «trouxe algumas mudanças tanto em termos de equipas como em termos de provas. No campo das equipas este ano há somente 9 equipas Continentais UCI, sendo as mesmas estruturas da temporada transata, menos a W52-F.C. Porto que abandonou o escalão e se reconverteu em equipa de clube/sub-23, tendo como nova denominação Fonte Nova – Felgueiras». Verificando-se que na nova equipa se mantêm os nomes dos patrocinadores anteriores, mas não a W52. Tendo esta nova equipa a mesma formação anunciada anteriormente, reforçada com Francisco Campos (ex-Efapel, de cuja equipa havia sido afastado pelo responsável desportivo devido às investigações da época passada, mas acabou por ser ilibado de tudo). Por sinal ciclista que se classificou este domingo em 3º lugar e assim subiu ao pódio desta primeira prova da época, tal como a nova equipa se classificou em 1.º lugar em equipas de clube. Num bom início de época, a prometer futuro interessante, na competição da equipa de Sub-23 diante das equipas Continentais de Elite.
Registe-se
- Fonte Nova Felgueiras:
Prova de Abertura – região de Aveiro – Taça Jogos Santa Casa - Domingo, 5 Fevereiro
Francisco Campos 3° Geral Individual
🏆 1º Equipas de Clube
Classificação Geral Individual
3º Francisco Campos - mt
32º Diogo Saleiro - mt
46º Javi Moreno +10 s
90º Sérgio Saleiro +8 m
96º Tiago Clemente +8 m
98º António Cunha +8 m
107º Rui Silva +8 m 13s
OTL - José Dias
OTL - Pedro Pinto
OTL - Diogo Mendes
Geral Equipas Clube - 1º
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Está pois na atualidade a nova existência duma equipa de ciclismo competitivo de estrada em Felgueiras. Pena que como equipa de Sub 23 não possa competir na Volta a Portugal, a prova rainha do ciclismo em que Felgueiras tem tradições: desde local de metas de passagens (tendo ficado célebre a vitória na meta volante da então vila de Felgueiras do Fernando Moreira, no ano em que esse então grande ídolo das multidões venceu a Volta a Portugal em 1948), bem como metas de inícios e fins de etapas, mas mais ainda por ter tido um famoso camisola amarela, Artur Coelho, que liderou a classificação da Volta diversas vezes, ao longo da sua carreira em que participou na Grandíssima Volta Portuguesa de 1955 a 1961 (com exceção do ano de 1957 em que foi ao Brasil, onde foi vencedor da "Clássica 9 de Julho/Volta a São Paulo"). Em cujas edições da Volta a Portugal nos anos sessenta participaram os também felgueirenses Joaquim Luís Costa e Albino Mendes, mais a meio dos anos setenta o também felgueirense Miguel Magalhães. Mais ainda na linha histórica de ter tido importantes provas de nível nacional, como foi o Circuito de Felgueiras, disputado em 1950 e 1951 no âmbito do programa festivo da Feira de Maio nesses anos, com os mais famosos ciclistas nacionais desse tempo. Além das saudosas chegadas ao alto de Santa Quitéria, quer na Volta a Portugal como no antigo Grande Prémio do Minho, após subida da encosta do Monte das Maravilhas, perante grande entusiasmo popular manifestado em ruidosa mole humana da assistência monte acima e chegada delirante no cimo. Além da anterior existência de equipas com sede no concelho de Felgueiras. Até à realidade atual, em que esta jovem equipa de Sub 23, contudo, apesar de não poder competir nas corridas mais importantes, como sejam a Volta ao Algarve e a Volta a Portugal, poderá no entanto participar em muitas das provas em que entram também as equipas profissionais de Elite Continental UCI.
Armando Pinto
POST SCRIPTUM :
= Reações seguintes na imprensa, após consumação dos factos - 6 e 07/02/2023:
Dono da W52-FC Porto rejeita "veementemente"
acusação do MP por falta de fundamentos
Sportinforma / Lusa - FC Porto confirma que deixou ciclismo no final da temporada passada - Ciclismo · 6 fev 2023
FC Porto confirma que deixou ciclismo no final da temporada
passada
Ministério Público aponta Adriano Quintanilha como um dos
mentores de um esquema de dopagem naquela equipa de ciclismo.
Adriano Sousa, ‘patrão’ da W52-FC Porto, rejeitou “veemente” a acusação do Ministério Público (MP), que o aponta como um dos
mentores de um esquema de dopagem naquela equipa de ciclismo, considerando que
carece de “fundamentos”.
“Venho, por este meio, rejeitar veementemente a acusação
contra mim deduzida que, em bom rigor, carece em absoluto de fundamentos,
inexistindo qualquer meio de prova capaz de a sustentar, o que na sede própria
ficará cabalmente demonstrado”, defende Adriano Sousa, mais conhecido como
Adriano Quintanilha, em comunicado enviado às redações.
O dono da W52-FC Porto considera que a acusação do MP
“assenta em presunções desfasadas da verdade, seguindo raciocínios pouco
lógicos e que […] não encontram sustento na prova que foi carreada para tais autos
ao longo da investigação”.
O Ministério Público acusa Adriano Sousa, Nuno Ribeiro, diretor desportivo da equipa à data da operação ‘Prova Limpa’, e o contabilista e diretor geral Hugo Veloso de terem elaborado “um esquema” de dopagem na W52-FC Porto, para “aumentarem a rentabilidade” dos ciclistas, segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.
“Sem prejuízo, mantenho-me, como sempre, colaborante com as autoridades, reforçando a minha confiança nas instituições judiciais as quais caberá analisar a inépcia da Acusação Pública contra mim deduzida e, por conseguinte, provar a minha inocência”, termina o comunicado assinado pelo dirigente.
FC Porto saiu do ciclismo – Nova equipa Fonte Nova
Felgueiras
O JOGO - 7. fev. 2023
Contrato com a Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo
- o clube na origem da equipa W52-FC Porto - terminou e a nova equipa designa-se
Fonte Nova-Felgueiras
O FC Porto saiu do ciclismo, decisão tomada em meados de
janeiro, colocando-se assim um ponto final no contrato que unia o clube à
estrutura anteriormente denominada W52-FC Porto.
O contrato com a Associação Calvário Várzea Clube De
Ciclismo - o clube na origem da equipa W52-FC Porto - terminou em dezembro,
tendo sido criada a Associação Fonte Nova, responsável pela equipa de sub-23
que se estreou no passado domingo, com Francisco Campos a conseguir o terceiro
lugar na Prova de Abertura/Região de Aveiro.
Mantendo inicialmente a designação W52-FC Porto, essa
formação mudou nas últimas semanas para Fonte Nova-Felgueiras, pois o
empresário Adriano Quintanilha decidiu, em acordo com Pinto da Costa,
afastar-se de vez do ciclismo, ao que O JOGO apurou por se sentir magoado ao
ser constituído arguido no processo "Prova Limpa".
A equipa de sub-23 não tem atualmente patrocinadores
principais, mas irá manter-se toda a época, já que Quintanilha honrará o
compromisso feito com os corredores.
A estrutura, embora do último escalão de formação, utilizará
as viaturas e bicicletas da agora extinta W52-FC Porto, equipa mais vitoriosa
da última década no ciclismo português.
A última corrida da W52-FC Porto foi o Grande Prémio Douro
Internacional, em julho do ano passado, e terminou com a vitória de José Neves,
a correr sozinho devido à suspensão dos colegas em plena prova.
A equipa criada em 2013 em Sobrado, como OFM-Quinta da Lixa,
passou a ter o patrocínio da W52 a partir de 2014 e ligou-se ao FC Porto em
2016.
Quintanilha, que permanece em silêncio, não quis abandonar
os ciclistas que contratara – alguns para esta época e a próxima – e, embora
deixando de ter ligações à equipa, decidiu honrar os compromissos e manter a
equipa na estrada, Sem patrocínios, pois Fonte Nova é apenas o nome do clube e
a Câmara de Felgueiras ainda não decidiu apoiar a equipa, mas com a qualidade
que caracterizava a W52-FCPorto, nas
bicicletas, carros de apoio e autocarros, e até nos estágios que, sabe O Jogo,
já foram três.
O JOGO
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