Mais um dia de Pascoa contou em nossa vida, na linha tradicional, em mais uma página da vivência comunitária. Passando a ser mais um decorrido dia de festividade anual, entre bons costumes que continuam a fazer parte das sucessivas gerações. Pois, tal como nem só de pão vive o homem, também a vida deve ter razões naturais, de complemento ao sentido espiritual. Sendo, no caso pessoal, um dia bem vivido, um Dia Pascal de bom sentido e ambiente familiar, tradicional, à boa maneira como eu gosto!
Ora, após os dois recentes anos em que foi interrompida essa
ancestral tradição, devido ao necessário confinamento social pelas precauções
derivadas da pandemia do Covid-19, voltou este ano a haver Compasso Pascal.
Desta vez, porque o vírus ainda não passou totalmente, com certas limitações,
levando a receber-se o Compasso ao ar livre à porta de casa, mas dentro de cada
respetiva propriedade habitacional, quando possível, ou em locais de
confluência social e familiar. Assim como em vez do beijar da cruz paroquial foi
feita vénia à mesma cruz, em saudação de Aleluia.
Voltando a haver então o “correr do Compasso” em Rande, e já
podendo haver reunião das pessoas em casa, esta Páscoa foi mesmo outro Dia de convívio
especial em família, desde a reunião em torno da mesa familiar, até ao culminar
na receção ao Compasso Pascal.
Então, este domingo de Páscoa passa assim a ser algo mais de
recordação, já. Tendo, felizmente, havido mais uma Visita Pascal, na realização
do costumado Compasso. Cuja realização na paróquia do autor destas linhas, em
S. Tiago de Rande, desta vez foi levada a efeito através de uma família que
acedeu à solicitação paroquial, numa louvável iniciativa que tornou viável tal ação, quão garantiu a manutenção de tão antiga tradição.
Também na linha que aqui tem sido uso desde há alguns anos,
assinala-se neste espaço de memorização a apreciada ocorrência, registando
visualmente, através de cliques fotográficos, alguns instantâneos da ocasião. Em que mais uma vez a
cruz paroquial, devidamente ornamentada, chegou às casas a saudar a ligação da
representatividade paroquial.
Assim sendo, na vivência dum belo Dia de Páscoa, após a
Visita do Compasso Pascal de Rande, a coroar este passado domingo soalheiro proporcionador
de tão bons momentos familiares, regista-se a memória da bela ocasião: Do dia festivo de apoteose à semana maior do ano, como faz parte da sensibilidade
cristã e do maravilhoso clássico de sentido coletivo, no sentimento
humano que deu novamente ênfase ao semblante entusiasta de voltar à normalidade.
Então, mais um dia de Páscoa passou e assim já decorreu esse
acontecimento anual. Tendo-se mantido a tradição do Compasso, com o é usual
pela região nortenha e particularmente tem sido vivido por terras de Rande-Felgueiras.
Tal como costuma acontecer e, pelo conhecimento pessoal, continuou a fazer
parte da vida comunitária, na vivência paroquial e arreigo pelo que dos
antepassados vem. Conforme fica a assinalar a pagela desta Páscoa, entregue na
Visita Pascal respetiva, com a qual fica encimado e encerrado este apontamento.
Isto tudo em registo deste ano, ainda, como quem escreve mais uma
página no livro comunitário de afinidade comum, juntando-se algumas imagens
relacionadas ao caso. Enquanto se ilustra esta memorização através de algumas
fotos da Visita Pascal à chegada e durante a mensagem de Aleluia, em casa do
autor signatário.
Armando Pinto
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