Estava a tornar-se maçadora, aos olhos e sentimentos
felgueirenses, a fatalidade de Felgueiras só aparecer na comunicação nacional e
estrangeira por motivos infelizes. Como foi ainda em finais do século XX o caso
do trabalho infantil reportado em peças televisivas, mostrando crianças a coserem
peças de calçado em casa, através de reportagens chegadas ao resto do velho
continente; mais o caso do famoso “saco azul” de antiga administração
municipal, que tão mau nome deu a Felgueiras. Até ao início da pandemia do
Coronavírus, nos princípios de 2020, cujos primeiros casos chegaram por via dos
intercâmbios da indústria de calçado, e os primeiros infetados surgiram a 5 de
março na fronteira entre os concelhos de Felgueiras e Lousada, em Barrosas de
cima e de baixo. Se bem que entretanto, antes e depois, coisas boas por aqui
houve, sem que pela comunicação de fora e nalguns setores também cá de dentro, tivesse
sido dado o devido relevo. Até que, finalmente, já em plena primavera também de
2020, apareceu na televisão portuguesa uma reportagem a dizer bem de algo de
Felgueiras.
Pois, estava-se ainda nos primeiros dias de abril, quando houve
surpresa de aparecer na Longra um carro de reportagem da TVI estacionado em
frente à IMO, e nesse dia à noite se ter podido ver na televisão, no noticiário
de horário nobre do canal 4, na TVI, uma passagem com imagens da mesma fábrica
IMO, da Longra, a dar conta de a mesma empresa ter conseguido superar a crise derivada
do Coronavírus e haver passado a não ter mãos a medir para atender às
encomendas. Sob título de “FABRICO DE CAMAS HOSPITALARES EM FELGUERAS e
referindo que a EMPRESA IMO RECEBE PEDIDOS URGENTES DE HOSPITAIS DE QUASE TODO
O MUNDO… foi então difundido que na atualidade passara assim a IMO a ser uma FÁBRICA SEM MÃOS A MEDIR DEVIDO AO COVID-19, pois
DUPLICOU A PRODUÇÃO DE CAMAS HOSPITALARES NO MÊS DE MARÇO…
Na linha da mesma constatação, agora já em finais deste
mesmo mês de abril foi o jornal Semanário de Felgueiras a referir destacadamente tal realidade, em
peça de página inteira, numa entrevista com um dos novos rostos da empresa, como que registando o
estado de graça que essa firma trouxe ao ego conterrâneo. Sendo uma honra assim
vermos que a carreira industrial iniciada há setenta e tal anos pelo fundador da empresa tem
continuidade e de modo particular como está a dar bom nome à terra.
Disso, para memória historiadora, se regista tal
interessante novidade, com imagens da referida reportagem televisiva e da página respetiva do Semanário de Felgueiras de 24 de abril, recente.
Armando Pinto
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