A 3 de maio de 1960 decorreu no Porto a entrega do Prémio da
Associação Industrial Portuense de 1959. Entre cujos galardoados, trabalhadores
distintos da Industria do Distrito do Porto, estava um operário da grande
fábrica Metalúrgica da Longra. Sendo Joaquim Pinto o Felgueirense assim
distinguido, como autor da sirene da Metalúrgica da Longra (que se ouvia a
longas distâncias) e de diversas máquinas pioneiras da mesma empresa e de
outras também, reconhecido oficialmente com o "Prémio da Associação Industrial
Portuense"- AIP – o único felgueirense que teve essa distinção da
prestigiada Associação (instituição mais tarde agremiada como Associação
Empresarial de Portugal-AEP).
Aquando da entrega dos galardões, nessa sessão solene, em 1960 no Porto, era presidente da AIP o prestigiado dirigente associativo Mário de Sousa Drummond Borges que assinava apenas por Mário Borges, como ficou no diploma comprovativo.
= Foto alusiva ao ato, dos agraciados do distito do Porto. =
O Prémio, que era uma honra receber, tinha também a componente
atrativa duma agraciação monetária, de um conto de reis (como se dizia ao
tempo, da soma mil escudos, hoje reduzida a cindo euros, mas que á época era
bem melhor), podendo dizer-se que somava ordenado de alguns meses. Além do diploma que ficava a comprovar essa
distinção. Como continua, agora em mãos do filho a quem ele deixou esse documento
honrosamente estimativo. E honra a sua memória.
= Quadro com o Diploma do Prémio da Associação Industrial Portuense de 1959, outorgado a Joaquim Pinto, da Longra (n. 1916 - f. 2006). Em reconhecimento de seu mérito com obra feita como funcionário empreendedor. Com realce pela criação da Sirene da Metalúrgica da Longra (e da Ferfor da Serrinha, depois).
Algo que foi também uma honra para a empresa ML, tal distinção única. Além do reconhecimento da importância da famosa sirene da Metalúrgica da Longra (que era referência de sinal meteorológico em sítios distantes, quando ouvida longe).
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Na pertinência desta lembrança, juntam-se algumas imagens de
ilustração, com fotografias relacionadas, desde gravuras documentais, incluindo
cabeçalhos de ofícios das firmas antigas por que passou a
"Metalúrgica", quer nos anos trinta como na década de quarenta,
enquanto a fábrica esteve no Largo da Longra, como depois que em 1950 passou
para a reta da Arrancada da Longra, também. Mais o que por aqui se mostra e
recorda, como publicação celebrativa relacionada ao tema.
Armando Pinto
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