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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Exposição sobre Oliveira da Fonseca, benemérito felgueirense e republicano, na passagem de 150 anos de seu nascimento - na Biblioteca Municipal de Felgueiras



No âmbito comemorativo da implantação da República, e no vasto programa “Outono Cultural” em desenvolvimento na sede concelhia, foi no dia 5 de Outubro assinalada em Felgueiras a comemoração dessa histórica ocorrência, com a inauguração duma exposição, na Biblioteca Municipal, a fazer memória de um republicano felgueirense, José Joaquim Oliveira da Fonseca, juntando essa sua faceta de cidadania com o fator de ter sido um benemérito da antiga vila de Felgueiras.


Com efeito, Felgueiras comemorou a Implantação da República perante uma homenagem a um republicano e benemérito do concelho - José Joaquim Oliveira da Fonseca. Além de mais um ou outro número de programa, como sucedeu também através duma outra homenagem a um nome relacionado com o 25 de Abril de 1974 (Zeca Afonso), sem relação com o 5 de Outubro de 1910.

Ora, no dia 05 de outubro a Biblioteca e Arquivo Municipal foi palco da cerimónia de homenagem a José Joaquim Oliveira da Fonseca que se traduziu numa exposição que marca os 150 anos do seu nascimento.


No evento referiu-se que José Joaquim Oliveira da Fonseca nasceu em Felgueiras em novembro de 1869, emigrou para o Brasil e, após alguns anos, lá fez fortuna e regressou à sua terra. Construiu os edifícios de Belém e a Casa das Torres, esta última de arquitetura chamada brasileira, embora no caso mais propriamente em estilo Arte Nova. Destacando-se então como benemérito da terra, tendo oferecido terreno e mobília para a construção da escola primária de Margaride, da qual recebeu louvor da República Portuguesa; e como vereador da Câmara Municipal, onde exerceu os seus ideais republicanos. Além de ter feito parte de diversas comissões, como ficou referido no livro “Luís Gonçalves: Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres” (publicado em 2014), a memorizar também o arquiteto encarregado por Oliveira da Fonseca na edificação de seu palacete das Torres.


A família Oliveira da Fonseca esteve bem representada, tendo sido por um dos sucessores deveras bem narrada e justificada toda a envolvência que a figura de José Joaquim Oliveira da Fonseca transporta na memória coletiva felgueirense. Justificando sobremaneira o facto dele estar honrado na toponímia felgueirense com seu nome numa rua da atual cidade de Felgueiras. Aliás a mesma família Fonseca foi naqueles tempos de inícios do século XX preponderante na vida urbana da então vila de Felgueiras, como se nota num seu irmão, Henrique Oliveira da Fonseca, haver ficado ligado à construção do Coreto de ferro, erguido em 1912 a substituir os antigos do largo da Corredoura, poiso da feira e arraial de festas nesses lustros.

= Nota noticiosa n’ O Jornal de Felgueiras de 15 de Junho de 1912.

A exposição, inaugurada no sábado e feriado 5 de Outubro, patente ao público ainda durante mais algum tempo, mostra diversa documentação e imagens relacionadas com a vida e obra do homenageado, algo que é de interesse felgueirense.

De assinalar que as comemorações encerraram no dia 5 de outubro, na Casa das Artes com o Concerto Comemorativo da Implantação da República, interpretado pela Banda de Música de Felgueiras.


Armando Pinto
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