Luís Vaz de Camões poetou nos Lusíadas, lembrando como se
lhe falasse, que a linda Inês posta em sossego ensinava «aos montes e às
ervinhas o nome que no peito escrito tinhas» (sobre a paixão de Inês de Castro,
quão até onde mexesse dizia o nome de seu amado D. Pedro)… Ora, sem qualquer parecença,
mas com algum ardor entusiasta, sempre que aparece o nome Felgueiras em
qualquer coisa de jeito isso entusiasma, mesmo… também.
Pois surgiu agora um exemplo assim, com a publicação de
qualquer coisa sobre Felgueiras numa revista acompanhante do jornal considerado
mais lido em Portugal, através da revista Evasões, integrante do Jornal de Notícias
nas edições das sextas-feiras.
Ora, no respetivo número semanal, vindo com o JN de sexta 23
de outubro, aparece-nos diante dos olhos o nome Felgueiras logo na capa, a
despertar curiosidade, e depois no interior mais material a causar interesse. Numa reportagem bem alinhada, embora sem aludir mais alguns locais de natural
apreço e mesmo não alongando a lista de restaurantes além dos indicados ali nas respetivas páginas, contém material de grande nível. E especialmente depara-se, entre essas páginas
sobre Felgueiras, a agradável visão de vermos o amigo Dr. Manuel Faria e a
esposa Dr.ª Eufémia, que bem merecem destaque por tudo quanto têm feito pelo progresso
de Felgueiras e detêm sucesso com seus empreendimentos, como é bom exemplo a
sua quinta de Maderne.
Assim, entre bocados da felgaridade que faz eriçar o
sentimento felgueirista, a “Evasões” publica, então, espaços da história
felgariana, lembrando parcelas patrimoniais, belezas da paisagem e paladares da
gastronomia, à espécie de propostas mostradas a quem possa visitar estas nossas
idílicas paragens.
Esgravatando assim o chão que dá uvas, cosendo sapatos, amassando
a massa donde leveda o pão-de-ló, mais aponteando lavores dos bordados e fabricando
os móveis metálicos, mas também chegando ao coração pelo estômago, Felgueiras
luta contra a adversidade do desdém dos governantes do país, mantendo a fé em
melhores dias, em que por cá voltará tudo a ficar bem.
Armando Pinto
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