Há alturas do ano em que vêm à memória antigas memórias,
como nesta da quadra atual, tantas as recordações das andanças pela freguesia
no Compasso Pascal e todo o ambiente terno da visita pascal presidida pelo
pároco, além das ocasiões em que foram seminaristas a substituir o respetivo pároco. Vindo então a talhe lembrar que sempre que havia seminaristas da própria freguesia isso
também acontecia. Lembrando que ainda foram alguns assim, dos que depois chegaram a ser ordenados padres, além de seminaristas
que não chegaram a subir ao altar para rezar missa. Sabendo-se que da paróquia de S. Tiago de Rande foram
naturais em bom número alguns antigos sacerdotes do último século, e só para referir
esse período, como os Padres João de Barbosa Mendonça, João Dias de Azevedo, José
Monteiro de Barros, Luís de Sousa Rodrigues, Joaquim Luís de Sousa Sampaio e
Marílio da Costa Faria. Ora, neste
quadro afetivo, vem a propósito fazer uma outra memória: Sabendo que os padres
referidos nasceram e viveram em Rande, haverá casos em que as casas em que residiram
enquanto seminaristas já nem existam. Tal o caso desta vez a lembrar. Como
aconteceu com o exemplo que agora se traz à lembrança, de uma habitação antiga e entretanto desaparecida, das que foram destruídas aquando da passagem da
auto-estrada pela parte média-alta da encosta da freguesia de Rande, no concelho de Felgueiras. Casa essa que então
estava já desabitada, mas em tempos idos foi habitada por sucessivas famílias,
uma das quais, em determinado período, a família do então seminarista Luís
Rodrigues. Não sendo a casa em que ele nasceu, na Fonte, que essa ainda existe
bem, mas uma das que depois foi onde a sua família também viveu, no caso em
Valdomar de cima, lugar que também desapareceu com a auto-estrada abrangente às
casas que ali havia.
Ora, a imagem remete a tal antiga existência, a propósito. Casa
essa fotografada em devido tempo, já nos seus últimos tempos em que esteve de
pé, incluída por fim no livro “Padre Luís Rodrigues: Uma Vida de Prece Melodiosa”,
publicado em 2004 (a fazer memória daquele célebre reitor da igreja da Lapa, do Porto, que foi musicólogo de renome, mestre de música gregoriana e compositor de cânticos litúrgicos). Que aqui se recorda. em mais um exercício de memória.
Armando Pinto
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