Costuma-se dizer que quem não se sente não é filho de boa gente. E é verdade, pois quem sente o que é seu, tem raízes, descende de algo. Tal como quem sente a sua região defende os seus valores, as suas tradições, as suas representações. Ora, como sempre tivemos nossa terra mátria como integrante de nosso ser, fazendo parte de nosso carácter bairrista e entusiasta da valorização e preservação memorial, naturalmente somos pelos símbolos de nossa terra e sua região. Além de sempre apreciarmos o bem e gostarmos do que é bom com olhos de ver, de saber ver. Assim sendo, tendo o Porto como distrito e diocese e o azul como cor do céu, naturalmente que sou Portista!
Ontém e hoje, antigamente e agora, antes e depois, sempre, ser
Portista é algo especial, uma crença infinita, um sentimento verdadeiro… Uma fé
que até também já moveu um treinador adversário, a pontos que acabou por se ajoelhar diante de nós,
quando o clube protegido do regime sofreu um golo sobre a hora, em tempo extra,
de tal forma evidente e surpreendente que não pôde ser anulado pelo árbitro… E
é ainda, também, um entusiasmo superior que leva a suplantar historicamente o segundo
clube de Lisboa, sempre à espera de migalhas que caiem e se ufana como rico pedinte… Mas mais que tudo, ser
Portista é já ter vivido o tal minutos 92, depois de se ter visto levantar a inesquecível
taça que todos agarramos em nos sentirmos como o João Pinto, tal qual de ter sentido o frio de Tóquio de coração quente como o Gomes a sorrir para a Intercontinental,
idem aspas na Supertaça europeia que deu volta de honra nas Antas agarrada por
Gomes e Lima Pereira mais acompanhantes, tal qual fizeram Jorge Costa e Baía
anos depois em Sevilha, e tudo o mais que se seguiu… E também ter sentido o que
se passou de permeio, assim como atualmente.
Não serão precisas mais palavras que isto, para
enquadramento. Servindo-nos do exemplo dum lapidar panfleto distribuído há uns
anos largos, colocando nomes de antigos atletas e dirigentes. Como se tivesse
sido noutras épocas, em anos diversos, poderiam ter sido apontados nomes duns Araújo, Hernâni, Américo, Gomes, Pedroto, Baía e Pinto da Costa… contando com o sangue
que corre e pulsa em Portistas que se identificam nestas definições.
À atenção dos atuais timoneiros e de toda a massa adepta, em
suma. Sendo preciso conhecer a História do F C Porto, para reconhecer os nomes
antigos e entender o significado das respetivas associações, mas também a
história permanente de quanto custa quando o Porto perde… bem como o que representa
quando o Porto ganha!
Eis aqui, então, uma máxima dos Portistas que honrosamente são bairristas e sabem dar valor ao que tem valor.
Eis aqui, então, uma máxima dos Portistas que honrosamente são bairristas e sabem dar valor ao que tem valor.
Armando Pinto